2ª edição do Festival Carioca de Fotografia Analógica acontece nos dias 9 e 10 de dezembro no MAM

Evento gratuito promove oficinas, exposições, debates e mostras de filmes

por Redação
Olhar sobre a metrópole - por Getulio Ribeiro - Getulio Ribeiro

Após repercussão bastante positiva em sua edição de estreia, com um público estimado de 2 mil pessoas em dois dias de evento, o Festival Carioca de Fotografia Analógica ganha mais uma edição na Cinemateca do MAM, o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, nos dias 9 e 10 de dezembro. Repetindo a fórmula de sucesso do primeiro ano, o evento promove, gratuitamente, uma ampla programação para todas as idades, com oficinas de fotografia, exposições, mesas de debates e mostras de filmes, com a presença de fotógrafos profissionais, pesquisadores, empreendedores e entusiastas da fotografia em suporte analógico no Brasil.

Idealizado pelo sócio da Sambacine Produções Artísticas, Tiago Morena, com coprodução da Saraguina Filmes, e parceria do Coletivo Analógico de Janeiro, da Cinemateca do MAM Rio, e do Centro Técnico Audiovisual do Governo Federal, o CTAv, o Festival Carioca de Fotografia Analógica tem a proposta de democratizar o universo da arte analógica, seja através dos diálogos que promovem a troca de informações, do compartilhamento de conhecimentos e técnicas através dos workshops com o público, e da exposição de trabalhos representativos no cenário da fotografia e do audiovisual.

“A nossa ideia é fazer com que o festival marque presença no calendário cultural da cidade, tornando tudo o que ele apresenta mais acessível a um número cada vez maior de pessoas. E, nesta edição, viemos com a proposta de destacar a diversidade da produção fotográfica em suporte analógico no país, trazendo à tona questionamentos como “quem são as pessoas que fazem analógico?”, “existe um analógico periférico, queer, preto, feminino?”, “existem trabalhos com temáticas relevantes sendo criados no suporte, ou se trata apenas de uma questão estética?”. Por isso chegamos ao tema ‘Vivências Analógicas’, que pretende revelar vivências diversas de pessoas diversas”, explica Tiago.

A proposta de abarcar a diversidade se reflete nas atividades elaboradas para o festival, como a exposição individual da fotógrafa drag Betina Polaroid, a mesa Novos Horizontes Analógicos, e os debates sobre a Fototeca Fluminense, projeto apresentado por Dani Balbi, primeira deputada transexual da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), com presença confirmada no evento.

Entre as novidades deste ano está a Mostra Vivências Analógicas, que vai exibir, no hall da Cinemateca, 36 fotografias selecionadas por um time de curadores em chamada pública. Foram mais de 500 imagens enviadas para os organizadores, de todas as regiões do país, nos vários formatos permitidos pelo analógico.

Outra inovação desta edição são as oficinas de fotografia para crianças “Revelando imagens mágicas” (6 a 9 anos) e para jovens com “Introdução a foto para adolescentes” (10 a 13 anos), além de atividades que unem toda a família, como a oficina de câmara escura “Luz quer brincar” para pais e filhos, com aulas de revelação, cianotipia, “film swap”, antiotipia, entre outras técnicas. A programação para os pequenos conta, também, com a “Matinê 35mm”, com exibição de seis curtas-metragens clássicos brasileiros para crianças, divididos em dois programas. No sábado, dia 9, o tema é futebol, com programação direcionada para crianças a partir de 12 anos, e no domingo, dia 10, serão exibidos clássicos da animação, como Meow!, de Marcos Magalhães, e Chifre de Camaleão, de Marão – todos no suporte original 35mm. Todas as oficinas e exibições de filmes da programação infantil têm participação por ordem de chegada.

“A inclusão do público infanto-juvenil é natural e significativa para um festival que pretende, também, formar novas gerações de fotógrafos analógicos”, afirma Tiago.

Para os que procuram conhecer e adquirir equipamentos fotográficos, o Festival também promove uma feira analógica, que reúne algumas das principais lojas de produtos analógicos do Rio e do Brasil, com câmeras, filmes e acessórios diversos.

A fotógrafa Thaís Monteiro, diretora do festival e fundadora do Coletivo Analógico de Janeiro, destaca a importância da continuidade do projeto com esta segunda edição, que promete, mais uma vez, reunir pessoas interessadas em adquirir conhecimento, apoiar iniciativas e produzir conteúdo nesse campo. “Mais do que promover atividades de entretenimento para todas as faixas etárias, nosso maior desejo é disseminar conhecimento, acolher e abrir portas para quem está começando no universo da fotografia analógica, oferecer espaço para fotógrafos mostrarem seus trabalhos para o público e gerar boas conexões”, ressalta ela.

O 2º Festival Carioca de Fotografia Analógica tem atividades entre 11h e 19h30, nos dias 9 e 10 de dezembro. A programação completa pode ser acessada em  www.analogicodejaneiro.com.br.

Programação completa 2º Festival Carioca de Fotografia Analógica

SAB 09 DEZ

11h

Sessão Matinê. 

A distração de Ivan, de Cavi Borges e Gustavo Melo. Brasil, 2009.
Com Rodrigo Costa, Luciano Vidigal, André Gonçalves, Mirian
Pérsia, Jhonatan Azevedo e Marcelo Melo Jr.. 16’. Exibição em
35mm.

+ Uma História de Futebol, de Paulo Machline. Com Andréa
Di Maio, Anselmo Stocco, Eduardo Santos e Frederico Betcher.
21’. Exibição em 35mm. Classificação indicativa 12 anos.

13h

Abertura do 2o Festival Carioca de Fotografia Analógica. Apre-
sentação do Coletivo Analógico de Janeiro. Seguido de exibição do
filme Por que analógico? de Pedro Freitas. Brasil, 2023. Docu-
mentário, 15 min. Exibição em DCP. Classificação indicativa 12 anos.

14h

Palestra. Apresentação do Coletivo Deriva Cartográfica. Com exibição do
filme A palavra distância é o espaço entre dois corpos. 13’22”.
Direção de vídeo: Yuji Kodato. Classificação indicativa 12 anos.

15h

Lançamento de livro e sessão de autógrafos. 

Do clique à Pagina: um bate papo sobre o fotolivro. Com os fotógr-

afos André Arruda, Ricardo Siqueira, Ricardo Beliel e Yuji kodato.

No LAB da Cinemateca. Classificação indicativa Livre.

15h15

Novos Horizontes Analógicos, com a participação de Catarina
Ribeiro, Mavs, Edilson Junior, Tiago Dias, Helena Zimbrão e Tiago
Pedro. Mediação: Barbara Copque.

17h15

Mesa redonda:

Futebol em Filme. Com a participação de Marcus Philippe, Diego
Ferreira, Gabriel Wisniewski, João Müller, Mariana Barros, Davi e
Andrés Ribeiro (Uruguai). Mediação: Sérgio Moraes.

18h

Ação poética e fotojornal com Francisco Valdean/Museu MIIM no
laguinho da Cinemateca. Classificação indicativa Livre.

19h30

Programa Canal 100. Seleção de trechos sobre futebol do cinejornal
Canal 100, de Carlos Niemeyer. 25’. Exibição em DVD. +
Mostra Postal. Seleção de curtas-metragens criados a partir de
fotografias. 45’. Exibição em DCP. Classificação indicativa 12 anos.
Sessão seguida de debate com Carla Niemeyer e diretores da Mostra
Postal. Mediação: Ruy Gardner.

DOM 10 DEZ

11h

Sessão Matinê. 

Uma Casa Muito Engraçada, de Toshie Nishio. Brasil, 1996.
Animação. 3’. Exibição em mp4 (h264). + Meow!, de Marcos
Magalhães. Brasil, 1981. Animação. 8’. Exibição em 35mm +
Animando, de Marcos Magalhães. Brasil, 1983. Animação. 13’.
Exibição em 35mm + Chifre de Camaleão, de Marão. Brasil, 2000.
Animação. 7’. Exibição em 35mm. Classificação indicativa Livre.

13h

Documentação, Memória e Fotografia Analógica.
Com a participação de Francisco Valdean, Joaquim Marçal
e Cláudia Guerra. Mediação: Janaina Damaceno

15h

Apresentação de Fototeca Fluminense.
Com a participação de Dani Balbi, Vitor Vogel e Hernani Heffner.

16h15

Inventando Caminhos no Analógico. Com a participação de Lucas
Cesário, Patrick Marinho, Gabriel Ferreira, André Bolin e Sara Sulami-
ta. Mediação: Dante Gastaldoni.

18h15

Encerramento e premiação (parceiros do Festival):
prêmio Rössler Fine Arts e prêmio Centro Foto Copa.

19h15

Programa Mestres da fotografia. Muito Prazer, Walter Firmo, de
Vicente Duque Estrada e Zeka Araujo. Brasil, 2009. Documentário. 17’.
Exibição em mp4 (h264) + Evandro Teixeira – Instantâneos da Reali-
dade, de Paulo Fontenelle. Brasil, 2003. Documentário. 76’. Exibição
em 35mm. Sessão seguida de debate com Vicente Duque Estrada,
Paulo Fontenelle e Evandro Teixeira. Mediação: Ruy Gardnier.

Serviço:

2º Festival Carioca de Fotografia Analógica

9 e 10 de dezembro de 2023

Cinemateca do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro

Av. Infante Dom Henrique, 85 – Praia do Flamengo, Rio de Janeiro 

Gratuito 

www.analogicodejaneiro.com.br

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