por Redação

Guia Cultural Rio: Destaques de Abril de 2025

Introdução: Um Rio de Cultura em Abril

O Rio de Janeiro, cidade de efervescência cultural perene, apresenta em abril de 2025 uma programação artística particularmente rica e diversificada. Em um ano especial, em que ostenta o título de Capital Mundial do Livro concedido pela UNESCO , a cidade pulsa com eventos que atravessam as artes visuais, a música lírica e o teatro contemporâneo, refletindo sua vocação para o diálogo entre o clássico e o moderno, o local e o universal. Este guia se aprofunda em três dos eventos mais promissores do mês: a instigante exposição “Arte Subdesenvolvida” no Centro Cultural Banco do Brasil, a adaptação com sabor brasileiro da opereta “A Viúva Alegre” no Theatro Municipal, e a comédia estrelada “Férias” no Teatro Claro Mais RJ. Juntos, esses eventos oferecem um panorama da vitalidade cultural carioca, demonstrando uma dinâmica que envolve grandes instituições públicas, como o CCBB e o Theatro Municipal, e espaços comerciais relevantes, atendendo a uma ampla gama de interesses e públicos. A designação como Capital Mundial do Livro parece catalisar um impulso cultural ainda maior, permeando a atmosfera da cidade para além dos eventos estritamente literários e convidando moradores e visitantes a mergulhar em suas múltiplas manifestações artísticas. Outras opções, como concertos , festivais , eventos de poesia e diversas outras exposições e peças , completam o cenário vibrante deste mês.  

Exposição “Arte Subdesenvolvida”: Um Mergulho Crítico na Identidade Brasileira no CCBB Rio

Abril de 2025 oferece uma oportunidade singular para refletir sobre a complexa identidade brasileira através da exposição “Arte Subdesenvolvida”, em cartaz no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) do Rio de Janeiro. Com um título que por si só provoca, a mostra chega à capital fluminense após temporadas bem-sucedidas em São Paulo e Belo Horizonte , propondo um exame aprofundado e crítico da produção artística nacional entre meados da década de 1930 e o início dos anos 1980. Este período foi marcado pelo intenso debate em torno do conceito de “subdesenvolvimento”, termo que emergiu no pós-Segunda Guerra Mundial para categorizar nações consideradas econômica e socialmente vulneráveis.   

Um Conceito Sob Análise Artística

O cerne da exposição reside em investigar como artistas e intelectuais brasileiros dialogaram, confrontaram e reagiram a essa noção de subdesenvolvimento. A mostra reúne um acervo expressivo de mais de 130 obras , que não se limitam à pintura, mas se expandem para incluir documentos históricos, fotografias, livros, discos, cartazes de cinema e teatro, áudios e vídeos. O objetivo, como aponta o curador Moacir dos Anjos, é mapear as reações artísticas a essa condição, evidenciando as contradições do país e a busca por caminhos para superar a falta de condições básicas de vida que afetava (e ainda afeta) parcela significativa da população.  ]A exposição problematiza a própria transição terminológica – de “subdesenvolvido” para “emergente” ou “em desenvolvimento” – que ocorreu a partir dos anos 1980. Moacir dos Anjos reflete sobre como essa mudança pode ter levado à perda da consciência de que a condição subdesenvolvida persiste. Nesse sentido, revisitar o conceito torna-se um ato de relevância cultural e social, convidando o público a um olhar crítico sobre o passado e o presente do Brasil. A itinerância da mostra por diferentes capitais (São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e, futuramente, Brasília ) sublinha sua importância no cenário cultural nacional.  

A curadoria articula trabalhos de mais de 40 artistas , buscando uma representação plural que tensiona a relação entre a vibração artística e a escassez material e de urbanidade, do litoral ao interior. Nomes canônicos das artes visuais e da cultura brasileira figuram ao lado de outros talvez menos conhecidos do grande público, compondo um painel multifacetado. Entre os artistas representados estão Cândido Portinari, com obras como “Enterro” (1959) , Hélio Oiticica, Lygia Clark, Cildo Meireles, Anna Bella Geiger, e a ítalo-brasileira Anna Maria Maiolino, vencedora da Bienal de Veneza, com seu “Monumento à Fome”.  

Crítica Social e Relevância Contemporânea

Uma das vertentes analíticas importantes da exposição, destacada em reportagem do portal Alma Preta , é a conexão intrínseca entre a discussão sobre subdesenvolvimento e o racismo estrutural no Brasil. A presença de artistas negros como Abdias Nascimento, Solano Trindade, Rachel Trindade e Carolina Maria de Jesus é fundamental nesse aspecto. Quatro pinturas de Abdias Nascimento, selecionadas por Moacir dos Anjos, dialogam com referências afro-diaspóricas e oferecem uma leitura crítica da realidade brasileira nas décadas de 1960 e 1970, combatendo as desigualdades raciais. Obras como “O Santo Guerreiro contra o Dragão da Maldade: Ogum (1971)” e “Exu Trifacético (1968)” são exemplos de como a arte buscou formas originais de capturar o ambiente contraditório e violento do país.  

Ao trazer à tona essas discussões, a exposição não apenas revisita o passado, mas também lança luz sobre questões persistentes na sociedade brasileira contemporânea. Ela oferece uma perspectiva para entender a recente “virada política” na arte contemporânea brasileira, que tem se voltado com mais intensidade para as questões sociais e raciais. O potencial impacto da mostra reside em estimular uma reflexão coletiva sobre as desigualdades que marcam o país e sobre o papel da arte como ferramenta de comentário e transformação social.  

Para Além da Contemplação: Educação e Acesso

O CCBB Rio complementa a experiência da exposição com seu programa CCBB Educativo , que visa promover espaços de troca e a construção de novos olhares sobre as mostras. Embora os detalhes específicos das atividades para “Arte Subdesenvolvida” não estejam totalmente elucidados nas fontes consultadas, a programação geral do Educativo inclui laboratórios criativos, contação de histórias, atividades para a primeira infância (“Pequenas Mãos”) e visitas mediadas. Uma palestra com o curador Moacir dos Anjos sobre “arte e subdesenvolvimento no Brasil” está prevista, aprofundando a discussão temática.  

Um aspecto notável desta exposição e do CCBB como um todo é o seu compromisso com a acessibilidade. A entrada para “Arte Subdesenvolvida” é gratuita , removendo uma barreira econômica significativa. Além disso, o centro cultural possui infraestrutura adaptada, com rampas, elevadores e banheiros especiais. O CCBB Educativo promove ações inclusivas, como visitas mediadas em Língua Brasileira de Sinais (Libras) para pessoas surdas, e visitas mediadas cognitivas, que exploram diversos sentidos e ritmos, voltadas para o público cego ou com baixa visão e para públicos neurodivergentes. A biblioteca do CCBB oferece ainda o dispositivo OrCam MyEye para pessoas com deficiência visual. Essa combinação de gratuidade e múltiplas ferramentas de acessibilidade demonstra um esforço institucional consistente para democratizar o acesso à cultura, alinhado ao papel de um centro cultural mantido por uma instituição como o Banco do Brasil e apoiado por leis de incentivo.   

Ficha Técnica: Arte Subdesenvolvida

Categoria Detalhes Fonte(s)
Nome Oficial Arte Subdesenvolvida
Curador Moacir dos Anjos
Artistas Principais (seleção) Abdias Nascimento, Cândido Portinari, Hélio Oiticica, Lygia Clark, Cildo Meireles, Anna Bella Geiger, Anna Maria Maiolino, Carolina Maria de Jesus, Paulo Freire, Glauber Rocha, Solano Trindade, Elza Soares, Graciliano Ramos, Ferreira Gullar, etc.
Realização/Patrocínio Banco do Brasil, BB Asset Management (via Lei Federal de Incentivo à Cultura)

Serviço: Arte Subdesenvolvida

Categoria Detalhes Fonte(s)
Local Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro (CCBB Rio)
Endereço Rua Primeiro de Março, 66 – Centro – Rio de Janeiro – RJ
Datas Em cartaz em Abril de 2025 (Período completo: 19 de fevereiro a 5 de maio de 2025)
Horários Quarta a segunda, 9h às 20h (Fechado às terças)
Ingressos Entrada gratuita. Retirar na bilheteria ou online.
Venda Online (retirada) ingressos.ccbb.com.br ou bb.com.br/cultura
Classificação Etária Livre
Contato (21) 3808-2020 / [email protected]
Website/Redes Sociais bb.com.br/cultura / Redes sociais do CCBB
Acessibilidade Rampas, elevadores, banheiros adaptados. OrCam MyEye (biblioteca). Visitas mediadas em Libras e cognitivas (CCBB Educativo). Acesso para mobilidade reduzida pela Porta Presidente Vargas.

“A Viúva Alegre”: Opereta Clássica Ganha Sotaque Carioca e Brilho de Carmen Miranda no Theatro Municipal

O palco histórico do Theatro Municipal do Rio de Janeiro (TMRJ) se ilumina em abril de 2025 para receber a célebre opereta “A Viúva Alegre” (Die lustige Witwe), de Franz Lehár. Marcando o retorno da obra à casa após mais de uma década , esta nova produção promete uma abordagem singular, infundindo o clássico vienense com um toque decididamente brasileiro, incluindo uma homenagem à icônica Carmen Miranda.   

Uma Adaptação com História e Homenagens

A trama, conhecida pelos amantes da opereta, gira em torno da rica viúva Hanna Glawari, cujo casamento é crucial para salvar o pequeno principado de Pontevedro da falência, e do Conde Danilo, seu antigo amor, que reluta em se declarar por medo de ser visto como interesseiro. No entanto, a montagem do TMRJ vai além da narrativa tradicional. Sob a direção cênica de André Heller-Lopes, a produção se reveste de um significado especial ao celebrar múltiplos marcos: os 70 anos do falecimento de Carmen Miranda, os 120 anos da estreia da opereta e os 170 anos do nascimento do escritor e teatrólogo brasileiro Arthur Azevedo.  

A homenagem a Arthur Azevedo se materializa na utilização de sua tradução para o português das partes cantadas da opereta, um texto datado de 1909 e redescoberto para esta produção. Heller-Lopes complementou este resgate histórico traduzindo ele mesmo as partes faladas, baseando-se em um programa de sala da época. A figura de Carmen Miranda, por sua vez, é integrada conceitualmente à encenação, trazendo um ícone da cultura popular brasileira para o universo da opereta europeia, numa interessante fusão cultural. Segundo Clara Paulino, presidente da Fundação Teatro Municipal, a escolha da obra também visou seu apelo junto ao público, sendo uma produção grandiosa, porém com ingressos acessíveis, ideal para o período do feriado de Páscoa.  

Relevância Cultural e o Palco do Municipal

A apresentação de “A Viúva Alegre” reafirma o papel central do Theatro Municipal do Rio de Janeiro na vida cultural da cidade e do país. Palco de grandes estreias e temporadas líricas, o TMRJ representa a tradição e a excelência nas artes cênicas e musicais. A decisão de montar uma opereta europeia com uma tradução histórica brasileira e uma homenagem a Carmen Miranda demonstra uma busca por diálogo cultural, ressignificando o cânone estrangeiro a partir de uma perspectiva local. O resgate da tradução de Arthur Azevedo , em particular, confere à produção um valor de patrimônio cultural. Embora existam debates sobre a programação lírica do teatro , a escolha de um título popular como “A Viúva Alegre” sugere uma estratégia de atrair um público mais amplo, equilibrando tradição e acessibilidade.   

Uma Produção de Grande Porte

A montagem conta com um time criativo de destaque. A direção musical e regência estão a cargo do maestro Felipe Prazeres , conduzindo os corpos estáveis da casa: o Coro e a Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal. A direção cênica inventiva é de André Heller-Lopes. Completam a ficha técnica nomes como Renato Theobaldo na cenografia, Marcelo Marques nos figurinos, Paulo César Medeiros na iluminação e Rodrigo Negri na coreografia.   

O elenco vocal reúne uma mescla de cantores experientes e jovens talentos, divididos em dois elencos que se alternam nas récitas. Entre os nomes anunciados estão as sopranos Gabriella Pace, Tati Helene, Carolina Morel e Thayana Roverso; os barítonos Igor Vieira e Santiago Villalba; e os tenores Fernando Portari, Guilherme Moreira e Geilson Santos. A produção conta ainda com a participação especial da atriz Alice Borges , reforçando a integração entre o canto e a atuação.  

Expectativas e Experiência do Público

A expectativa é de um espetáculo vibrante, que combine o charme e a melodia contagiante da opereta de Lehár com a brasilidade proposta pela direção. A fusão da estética vienense com referências a Carmen Miranda e o uso do português de Arthur Azevedo prometem uma experiência única e potencialmente muito divertida. A grandiosidade da produção, envolvendo orquestra, coro, solistas e bailarinos no palco suntuoso do Municipal, é um atrativo adicional.

Para enriquecer a experiência do público, o TMRJ oferece palestras gratuitas de introdução à ópera antes de cada apresentação, com a importante inclusão de intérpretes de Libras, ampliando o acesso à informação. Além das récitas principais, estão programados um Ensaio Geral aberto ao público no dia 16 de abril e uma sessão do Projeto Escola no dia 24, iniciativas que visam aproximar novos públicos da linguagem da ópera.  

Essa combinação de um título popular, preços de ingressos que se iniciam em valores acessíveis , homenagens a figuras culturais brasileiras e ações educativas aponta para um esforço consciente da instituição pública em engajar uma audiência diversificada, indo além dos frequentadores habituais de ópera e buscando uma maior democratização do acesso ao Theatro Municipal.  

Ficha Técnica: A Viúva Alegre

Categoria Detalhes Fonte(s)
Obra A Viúva Alegre (Die lustige Witwe)
Compositor Franz Lehár
Libreto Original Viktor Léon e Leo Stein
Tradução (cantada) Arthur Azevedo (1909)
Tradução (falada) André Heller-Lopes
Direção Cênica André Heller-Lopes
Direção Musical e Regência Felipe Prazeres
Elenco Principal (seleção) Gabriella Pace, Tati Helene, Igor Vieira, Santiago Villalba, Carolina Morel, Fernando Portari, Thayana Roverso, Guilherme Moreira, Geilson Santos, Alice Borges (atriz convidada)
Orquestra Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal
Coro Coro do Theatro Municipal
Cenografia Renato Theobaldo
Figurinos Marcelo Marques
Iluminação Paulo César Medeiros
Coreografia Rodrigo Negri
Realização Fundação Teatro Municipal do Rio de Janeiro

   

Serviço: A Viúva Alegre

Categoria Detalhes Fonte(s)
Local Theatro Municipal do Rio de Janeiro
Endereço Praça Floriano, S/N – Centro, Rio de Janeiro, RJ
Datas (Abril 2025) Récitas: 17, 19, 22, 25, 26, 27. Ensaio Geral: 16. Projeto Escola: 24. (Nota: Fontes divergem ligeiramente nas datas das récitas; esta é a compilação mais abrangente)
Horários 19h (dias 17, 19, 22, 24*, 25, 26); 17h (dia 27). Abertura 1h antes. (Nota: Dia 24 é Projeto Escola)
Duração 2h 50min (com 1 intervalo de 15 min)
Ingressos Preços entre R$ 10 e R$ 90. (Nota: Fontes indicam R$ 10 ou R$ 20 como valor inicial. Verificar na plataforma de venda)
Canais de Venda Bilheteria do TMRJ; Site oficial www.theatromunicipal.rj.gov.br (Nota: Verificar funcionalidade do site ); Plataforma Feverup (pode oferecer ingressos).
Classificação Etária 16 anos
Contato Consultar site oficial ou canais do Governo do RJ
Website/Redes Sociais www.theatromunicipal.org.br / @MunicipalTheatroRJ (Youtube) / Página Feverup
Acessibilidade Palestra de introdução à ópera com intérprete de Libras. Informações gerais de acessibilidade do TMRJ devem ser verificadas diretamente com o teatro.

 “Férias”: Drica Moraes e Fabio Assunção Celebram o Amor e o Tempo em Comédia Afiada no Teatro Claro Mais RJ

O Teatro Claro Mais RJ, em Copacabana, torna-se palco de um encontro de estrelas em abril de 2025 com a estreia da peça “Férias”. Estrelada pelos aclamados Drica Moraes e Fabio Assunção, a comédia escrita por Jô Bilac e dirigida por Enrique Diaz e Débora Lamm marca um momento especial: a celebração dos 40 anos de carreira de Drica Moraes. A peça, que chega ao Rio após turnê por outras capitais , promete uma reflexão bem-humorada sobre relacionamentos duradouros, desejo, passagem do tempo e os dilemas da vida contemporânea.   

Uma Viagem Cômica e Reflexiva

A trama acompanha “H” (Assunção) e “M” (Moraes), um casal na faixa dos 50 anos, juntos há 25 e ainda sexualmente ativos, talvez até com “uma certa compulsão sexual”, como descreve o material de divulgação. Para comemorar suas bodas de prata, ganham dos filhos uma viagem de cruzeiro pelo Caribe. Livres da rotina, comportam-se como adolescentes, aproveitando cada canto do navio, até serem flagrados pelas câmeras de segurança e convidados a desembarcar em uma praia colombiana.  

A aventura, longe de terminar, ganha novos contornos quando são obrigados a dividir um apartamento com “X” e “Y”, um jovem casal de mochileiros (também interpretados por Assunção e Moraes) que vivem da renda de um canal “caliente” na internet e usam aplicativos de relacionamento. O choque geracional e de estilos de vida entre os “cinquentinhas” e os “millennials” moderninhos rende situações hilárias, que culminam até mesmo em uma passagem pela delegacia.  

Segundo Drica Moraes, a peça foi uma encomenda sua a Jô Bilac, buscando “falar sobre casais contemporâneos, numa comédia com alma e reflexão, que não fosse de humor inconsequente”. Aborda sexo, prazer, tempo, dinheiro, filhos e o mundo moderno, “tudo com muito humor, ao mesmo tempo que filosofa sobre o valor da vida e do nosso prazer”. Fabio Assunção complementa, afirmando que, em tempos de inteligência artificial e transumanismo, um texto que fala de amor é quase um ato de resistência, ressaltando a importância de se apegar à essência humana de amar e buscar alegria.  

Um Encontro de Talentos

“Férias” representa a primeira vez que Drica Moraes e Fabio Assunção dividem o palco, embora já tenham formado um casal na série “A Fórmula” (TV Globo, 2017). Para Assunção, marca também seu retorno à comédia teatral após mais de uma década. A colaboração se estende à direção, assinada por Enrique Diaz e Débora Lamm, ambos atores e diretores respeitados. Drica Moraes e Enrique Diaz compartilham uma longa história de amizade e trabalho, desde os tempos da Companhia dos Atores. Essa conjunção de talentos, tanto no elenco quanto na criação, confere à produção um selo de qualidade e desperta grande interesse no público e na crítica. A peça se insere no cenário do teatro brasileiro contemporâneo como uma comédia de relacionamentos que busca ir além do riso fácil, propondo camadas de reflexão.  

Recepção e Apelo ao Público

Embora as fontes disponíveis se concentrem mais na divulgação do que em críticas aprofundadas , a peça é destacada como um dos pontos altos da programação teatral carioca. As declarações dos atores e diretores enfatizam a inteligência do texto de Jô Bilac e a capacidade da peça de gerar identificação no público ao tratar de temas universais como amor, envelhecimento e as complexidades da vida a dois de forma leve e filosófica. O poder de atração dos nomes de Drica Moraes e Fabio Assunção, aliado à temática acessível e ao humor, sugere um forte apelo comercial, capaz de atrair tanto o público que acompanha a carreira dos atores na televisão e no cinema quanto os frequentadores assíduos de teatro.  

Ficha Técnica: Férias

Categoria Detalhes Fonte(s)
Título Férias
Autor Jô Bilac
Direção Enrique Diaz e Débora Lamm
Elenco Drica Moraes (como M e Y), Fabio Assunção (como H e X)
Idealização/Comemoração 40 anos de carreira de Drica Moraes

Serviço: Férias

Categoria Detalhes Fonte(s)
Local Teatro Claro Mais RJ
Endereço Rua Siqueira Campos, 143 – Copacabana, Rio de Janeiro – RJ (2º piso)
Datas 12 de Abril a 25 de Maio de 2025
Horários em Abril Sábados (12, 19, 26) às 18h e 20h30; Domingos (13, 20, 27) às 18h. (Nota: Confirmar eventuais sessões às sextas-feiras, mencionadas em )
Ingressos A partir de R$ 50,00. Outra fonte menciona R$ 19,80 a R$ 180,00. (Nota: Verificar valores atualizados na plataforma de venda)
Canais de Venda Uhuu.com (link direto no site do teatro)
Classificação Etária 14 Anos
Contato Teatro (21) 2147-5204 (website footer)
Website Teatro https://teatroclaromaisrj.com.br/
Acessibilidade Informações não detalhadas nas fontes consultadas. Recomenda-se contato direto com o teatro ou consulta à plataforma Uhuu.

Embora a programação do Teatro Fashion Mall liste uma apresentação do musical “Ismael Silva: Professor Samba” para 20 de abril de 2025 , existem inconsistências significativas nos dados disponíveis que impedem uma cobertura jornalística aprofundada e confiável neste momento. As fontes indicam que a data seria uma quarta-feira, porém 20 de abril de 2025 é um domingo. Além disso, um link de venda de ingressos associado a um evento com título similar na plataforma Sympla consta como encerrado. Diante dessas discrepâncias, que levantam dúvidas sobre a confirmação do evento ou a precisão das informações para abril de 2025, opta-se por não incluir um artigo detalhado sobre esta produção até que os dados possam ser verificados diretamente com o teatro ou a produção do espetáculo. A homenagem ao importante sambista Ismael Silva é, sem dúvida, relevante, mas a responsabilidade jornalística exige a confirmação dos detalhes de serviço antes da publicação.  

Um Mês de Descobertas Culturais

Abril de 2025 se revela um mês de intensa atividade cultural no Rio de Janeiro. Os eventos aqui destacados – a reflexiva “Arte Subdesenvolvida”, a adaptada “A Viúva Alegre” e a espirituosa “Férias” – representam apenas uma fração da diversidade que a cidade oferece. Desde as artes visuais que questionam a identidade nacional no CCBB, passando pela grandiosidade lírica com sotaque brasileiro no Theatro Municipal, até a comédia contemporânea que celebra o talento de grandes atores no Teatro Claro Mais, há opções para todos os gostos e interesses.

A gratuidade de eventos como a exposição no CCBB, aliada às suas robustas políticas de acessibilidade, e os esforços de instituições como o Theatro Municipal para oferecer preços mais acessíveis e programas educativos, indicam um movimento positivo em direção à democratização cultural. A efervescência é potencializada pelo status da cidade como Capital Mundial do Livro em 2025 , criando um ambiente propício para a exploração artística.   

Para além destes destaques, recomenda-se aos interessados explorar outras fontes e agendas culturais, como as plataformas Veja Rio , Songkick , Bafafa , ArtRio Agenda , Sympla e Eventbrite , para descobrir a miríade de concertos, festivais, peças, lançamentos e outras manifestações que farão de abril um mês memorável no calendário cultural carioca. O Rio de Janeiro, mais uma vez, confirma sua vocação como palco de encontros, reflexões e celebrações através da arte.  

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