Gabriel Guedes transforma lembranças em música e aponta novos rumos para a cena gospel

Novo EP 'O Amor Que Encontrei' mescla homenagens familiares e sonoridades contemporâneas como R&B, afrobeat e reggaeton

por Renata Pretti

A música, muitas vezes, é a ponte entre lembranças íntimas e novas possibilidades artísticas. É nesse espírito que Gabriel Guedes, um dos nomes de destaque da cena gospel, lança o EP ‘O Amor Que Encontrei’, pela Onimusic. Com mais de 4 milhões de ouvintes mensais no Spotify, o cantor apresenta um trabalho que revisita memórias afetivas e, ao mesmo tempo, abre caminho para novas experimentações musicais.

A faixa que abre o projeto, ‘Todos Devem Conhecer’, carrega forte carga emocional: trata-se de uma canção tradicional, muito cantada por seu avô, agora recriada como interlúdio com atmosfera nostálgica.

“Minha mãe me contou que meu avô pegava o violão e os filhos já corriam para cantar essa música. Quis resgatar essa lembrança e transformá-la em homenagem, com uma sonoridade simples, mas cheia de significado”, revela Guedes.

Essa conexão com o passado se contrapõe à ousadia de explorar ritmos contemporâneos. Conhecido por composições que ganharam espaço nas igrejas, como ‘Santo Pra Sempre’, ‘A Bênção’ e ‘Vitorioso És’, o cantor apostou em sonoridades como R&B, afrobeat e reggaeton para dar corpo ao novo projeto.

O repertório traz seis faixas, entre elas ‘Sê Forte’, ‘O Amor Que Encontrei’ e ‘Me Alegrar’, que juntas já ultrapassam 700 mil streams no Spotify e 800 mil visualizações no YouTube.

Para o encerramento, Guedes escolheu Canto Aleluia, em ritmo de afrobeat, que dialoga com outros clássicos do artista, como ‘Sou Feliz’ e ‘Santo’.

“’Canto Aleluia’ é a música que inspirou esse projeto inteiro. Já tinha o esboço dela há três anos, e foi justamente ela que me levou a pensar em um álbum mais pop. No estúdio, usamos até talkbox para robotizar minha voz em um trecho de ‘Sou Feliz’ e fechamos com a força de ‘Santo’”, explica.

Com ‘O Amor Que Encontrei’, Gabriel Guedes mostra que a música gospel pode ser ao mesmo tempo memória e reinvenção — preservando raízes, mas apontando novos rumos para uma cena em constante transformação.

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