Pessoal, desculpa a demora em subir o texto desta quarta-feira. É que ele ficou bem longo (põe longo nisso!) e por conta de todas as edições que precisei fazer e pesquisa, acabou saindo atrasado. Mas os horários continuam os mesmos: Quartas-feiras às 18h e sextas-feiras às 19h. Hoje foi uma exceção e já me desculpo antecipadamente. Espero que gostem do texto de hoje.
Semana passada, ao comentar sobre a minissérie “Hostage”, da Netflix, mencionei brevemente a talentosa Suranne Jones e sua impressionante filmografia britânica. Aquele comentário me fez refletir sobre quantas pérolas televisivas (e atualmente de streamings) perdemos por nos limitarmos apenas ao cardápio norte-americano. É verdade que Hollywood (e outras cidades dos EUA em geral) domina nossos algoritmos e conversas, mas existe um universo riquíssimo de produções internacionais, que merece nossa atenção.
O Reino Unido, por exemplo, continua sendo uma potência criativa inquestionável. Não é apenas sobre sotaque charmoso ou cenários pitorescos (embora admito que ambos tenham seu apelo cativante em meu coração). As produções britânicas trazem uma abordagem narrativa diferenciada: temporadas mais enxutas, roteiros sem gordura e uma habilidade única de equilibrar crítica social com entretenimento de qualidade.
Por que expandir horizontes na hora de escolher uma série para maratonar?
Assistir séries internacionais não é apenas uma questão de diversidade cultural (claro, conhecer novas culturas é parte fundamental desse nosso mergulho visual). É sobre descobrir diferentes formas de contar histórias, conhecer outras perspectivas sociais e, francamente, encontrar joias que ainda não viraram febre mundial.
As produções britânicas, por exemplo, têm uma tradição de criar narrativas complexas em formatos concisos. “Slow Horses” (uma série na qual irei me aprofundar em breve) prova que espionagem pode ser inteligente sem perder o humor ácido. “The Crown” transformou fofoca real em alta dramaturgia. “Fleabag” redefiniu o que significa quebrar a quarta parede* (no final explico o que é isso) de forma genuína.
Mas o Reino Unido é apenas a ponta do iceberg de séries, minisséries e filmes. A França nos presenteia com “Les Revenants“, uma reflexão melancólica sobre morte e retorno que supera qualquer tentativa norte-americana (sim, me recuso a chamar o povo dos EUA de ‘americanos’, pois, sendo da América Latina, também sou americana) de remake. A Alemanha entregou “Dark“, que fez nossas cabeças explodirem com viagens no tempo de forma mais inteligente que muitas produções hollywoodianas.
Séries como “Bebê Rena” abordam traumas pessoais de forma crua, sem romantização. “O Dia do Chacal” atualiza clássicos com elegância contemporânea. E nenhuma dessas é norte-americana!
O fenômeno brasileiro que conquistou o mundo
Aqui preciso fazer uma pausa especial para falar do nosso orgulho nacional. As séries brasileiras não são apenas um complemento nesta lista: elas se tornaram protagonistas globais. Estamos vivendo um momento histórico em que nossas produções finalmente romperam barreiras linguísticas e culturais, conquistando audiências internacionais de forma consistente.
“La Casa de Papel” pode ter aberto portas para produções em espanhol, mas foram séries como “3%” que provaram que narrativas brasileiras têm potencial universal. “Sintonia” se tornou um fenômeno mundial ao retratar a realidade das periferias paulistanas com autenticidade. “Dom” levou o Rio de Janeiro para telas globais de uma forma que poucos conseguiram antes.
O mais impressionante é a diversidade temática: temos “O Mecanismo” destrinchando nossa complexa realidade política, “Cidade Invisível” explorando nosso folclore de forma contemporânea, “Sob Pressão” humanizando o sistema de saúde pública. Essa variedade narrativa prova que o Brasil tem muito mais a oferecer do que estereótipos.
Guia prático para sua maratona internacional
Reino Unido, Irlanda e Irlanda do Norte

Reprodução AppleTV+
Imperdíveis recentes/atuais:
- “Slow Horses” (Apple TV+) – Espionagem com humor britânico
- “Outlander” e o spin-off “Outlander: Blood of My Blood” (Netflix / Disney+ / StarZ) – Drama histórico-romântico com viagem no tempo entre EUA e Escócia. (produção Estados Unidos e Reino Unido)
- “Black Mirror” (Netflix) – Antologia que explora de forma perturbadora os impactos da tecnologia na sociedade.
- “Black Doves” (Netflix) – Série de espionagem com Keira Knightley, sobre uma mulher que espiona seu marido ministro
- “Rivais” (Disney+) – Escapismo dos anos 80
- “Hunted” (Prime Video / Channel 4) – Competidores fogem enquanto caçadores profissionais tentam capturá-los.
- “Sex Education” (Netflix) – Adolescentes exploram sexualidade e relacionamentos com humor e drama
- “DI Ray” (Prime Video / ITV / BritBox) – Detetive britânica de origem indiana lida com preconceitos e crimes complexos
- “Grace” (Prime Video / ITV) – Inspetor Roy Grace investiga desaparecimentos em Brighton
- “Hope Street” (Prime Video / BBC) – Drama policial leve em uma pequena cidade da Irlanda do Norte
- “Prime Target” (Apple TV+) – Thriller em que jovem matemático descobre conspiração ligada a números primos com poder de hackear o mundo
- “The Bay” (Prime Video / BBC) – Detetive lida com assassinatos e dramas familiares em pequena cidade costeira
- “Dept. Q” (Netflix) – Policial que resolve casos arquivados com equipe improvável em Edimburgo (capital da Escócia)
- “The Tower” (Prime Video / ITV) – Crime misterioso envolvendo a queda de pessoas de um prédio em Londres
- “Ellis” (Prime Video / Channel 5) – Drama policial com Sharon D. Clarke como inspetora determinada em novos casos
- “Shetland” (Prime Video / BBC) – Investigador Jimmy Perez resolve crimes nas ilhas escocesas
- “Whitstable Pearl” (Prime Video / Acorn TV) – Ex-detetive vira dona de restaurante e resolve crimes à beira-mar.
- “Happy Valley” (Netflix / BBC One) – Drama policial focado numa policial lidando com crimes e questões pessoais
- “Lynley” (Prime Video / BBC) – Detetive aristocrata e sua parceira de origem trabalhadora unem forças para desvendar assassinatos, lidando com gênero, classe e dilemas pessoais

Reprodução HBO Max
Clássicos (canceladas e/ou concluídas) que resistem ao tempo:
- “Doctor Who” (Disney+ / BBC) – Clássico britânico de ficção científica, iniciado em 1963 e revivido em 2005, sobre um Senhor do Tempo que viaja pelo espaço-tempo enfrentando alienígenas e dilemas humanos
- “The Crown” (Netflix) – Drama histórico baseado na família real britânica
- “Sherlock” (Netflix / BBC) – Clássico detetive com uma pitada da modernidade
- “Fleabag” (Prime Video) – Comédia dramática revolucionária
- “Killing Eve” (Prime Video / BBC America) – Thriller sobre a perseguição entre uma agente de segurança e uma assassina internacional
- “Downton Abbey” (Prime Video) – Época com classe – Já finalizada e ainda em alta
- “Luther” (Netflix / BBC) – Policial psicológico intenso
- “Call The Midwife” (Prime Video / Netflix / BBC One) – Drama de época baseado nas memórias de Jennifer Worth, uma parteira recém-formada na zona leste de Londres nos anos 50
- “Mr Selfridge” (Prime Video / ITV) – Drama histórico sobre o magnata que criou a famosa loja de departamentos
- “Vera” (Prime Video / ITV) – Investigadora durona resolve crimes no norte da Inglaterra
- “Humans” (Prime Video / Channel 4) – Sci-fi sobre androides que questionam o limite da humanidade
- “Misfits” (Netflix / E4) – Jovens com superpoderes lidam com problemas cotidianos e sobrenaturais
- “Wallander” (Netflix / BBC) – Inspetor sueco enfrenta crimes sombrios e dilemas pessoais
- “Scott & Bailey” (Prime Video / ITV) – Dupla de detetives (uma delas é a Suranne Jones) enfrenta casos e dramas pessoais em Manchester.
- “Vigil” (Prime Video / BBC / Peacock) – Thriller policial dentro de um submarino nuclear britânico (com Suranne Jones como protagonista).
- “In the Flesh” (Prime Video / BBC) – Zumbis reintegrados à sociedade enfrentam preconceito e dilemas humanos.
- “The Office” original (Prime Video / BBC) – Comédia ácida sobre o cotidiano de um escritório inglês
- “Doctor Foster” (Netflix / BBC) – Médica (mais uma vez Suranne Jones) descobre a traição do marido e enfrenta dilemas sombrios
- “Good Omens” (Prime Video) – Anjo e demônio se unem para evitar o apocalipse
- “Torchwood” (Prime Video / BBC) – Spin-off de Doctor Who com uma equipe que enfrenta alienígenas
- “Unforgotten” (Prime Video / ITV) – Detetives reabrem casos antigos em busca da verdade (não sei onde classificar ela, pois cancelaram e salvam a série quase todo ano)
- “C. B. Strike Novels” (Prime Video / BBC / HBO) – Baseada nos livros de J.K. Rowling (sim, esta mesmo que está pensando, criadora de Harry Potter), sobre detetive particular (ainda no ar a série, mas já virou um clássico da TV britânica)
- “Peaky Blinders” (Netflix) – Drama intenso sobre gangue de Birmingham no pós-guerra liderada por Thomas Shelby.
- “The Fall” (Netflix / BBC Two) – Thriller psicológico sobre a caça a um serial killer em Belfast.
- “Bodyguard” (Netflix / BBC) – Série policial sobre um veterano de guerra designado para proteger uma ministra do governo (a série lançada em 2018 fez muito sucesso e até hoje não teve seu cancelamento oficializado, podendo voltar ou não para uma segunda temporada)
- “Broadchurch” (Netflix / ITV) – Drama policial investigando a morte de um garoto numa pequena cidade litorânea

Reprodução Netflix
Minisséries incríveis (eles são os melhores em fazer isso):
- “The Missing” (Prime Video/ StarZ / BBC One)
- “Catastrophe” (Prime Video / Channel 4)
- “Mr. Bates vs. the Post Office” (Apple TV+ / BBC) – Minissérie de impacto social
- “The Bletchley Circle” (Prime Video / Netflix / ITV) – Ex-criptógrafas da Segunda Guerra decifram crimes em Londres.
- “Gentleman Jack” (HBO Max / BBC) – História real da rebelde Anne Lister, pioneira LGBTQ+ no século XIX.
- “The Tudors” (Prime Video / Showtime) – Os amores e intrigas do rei Henrique VIII
- “Lovesick” (Netflix) – Jovem revisita ex-namoradas após diagnóstico inesperado
- “Adolescence” (Netflix / BBC) – Minissérie que venceu várias categorias do Emmy 2025 (Owen Cooper, de apenas 15 anos, levou o Emmy de Melhor Ator Coadjuvante em Minissérie, entrando para a história como o ganhador mais novo na premiação). A trama fala dos desafios da adolescência nos dias atuais.
França

Reprodução Prime Video
- “Les Revenants” (HBO Max) – Drama sobrenatural sobre pessoas que voltam à vida numa pequena cidade
- “Osmosis” (Netflix) – Ficção científica sobre um aplicativo que encontra o par ideal lendo mentes
- “Monsieur Spade” (Prime Video/Canal+ e AMC) – Drama noir com Clive Owen como detetive particular na França dos anos 1960
- “A Louva-a-Deus” (Netflix) – Thriller psicológico sobre uma serial killer que ajuda a polícia a capturar imitadores
- “Marseille” (Netflix) – Drama político sobre a luta pelo poder na cidade de Marselha
- “Braquo” (Globoplay / Canal+) – Série policial intensa sobre policiais que cruzam limites para proteger uns aos outros
- “Dix Pour Cent” (Netflix / France 2) – Comédia dramática sobre agentes de celebridades em Paris
- “The Chalet” (Netflix) – Mistério em uma cabana isolada nos Alpes franceses
Alemanha

Reprodução Netflix
- “Dark” (Netflix) – Thriller de ficção científica sobre viagens no tempo e segredos em uma pequena cidade
- “Babylon Berlin” (Netflix / Sky) – Drama policial ambientado na Berlim dos anos 1920, com política, crime e intriga
- “Parfum” (Netflix) – Thriller inspirado no romance clássico, centrado em assassinatos ligados ao sentido do olfato
- “Dogs of Berlin” (Netflix) – Série policial sobre a investigação de um assassinato controverso em Berlim
- “Biohackers” (Netflix) – Thriller sobre biohacking e experimentos científicos em uma universidade
- “Der Pass” (Prime Video) – Thriller policial sobre um assassinato na fronteira entre Alemanha e Áustria
- “You Are Wanted” (Prime Video) – Suspense sobre um homem cuja vida é hackeada
Canadá

Reprodução NBC
- “Orphan Black” (Netflix / BBC America) – Thriller de ficção científica sobre clones que descobrem uma conspiração genética
- “SkyMed” (Paramount+ / CBC) – Drama médico focado em pilotos de ambulância aérea no Canadá
- “Anne with an E” (Netflix / CBC) – Reimaginação do clássico “Anne of Green Gables” sobre uma órfã em uma fazenda
- “Heartland” (Netflix /CBC) – Drama familiar ambientado em um rancho no interior do Canadá
- “Wynonna Earp” (Netflix / Syfy) – Mistura de faroeste sobrenatural com batalhas contra demônios
- “Rookie Blue” (Pluto TV e Globoplay) – Série policial que acompanha a vida de recrutas da polícia
- “Allegiance” (Prime Video) – Thriller de espionagem envolvendo uma família dividida por lealdades
- “Way Home” (Prime Video) – Drama sobre pessoas que enfrentam desafios pessoais na busca por um lar
- “Vikings” (Netflix / History Channel) – Drama histórico sobre guerreiros nórdicos e suas conquistas
- “The X-Files” (Prime Video e Disney+) – Série cult de ficção científica sobre casos paranormais (é uma produção canadense, acredite se quiser)
- “Travelers” (Netflix) – Agentes do futuro viajam no tempo para prevenir catástrofes
- “Lost Girl” (Prime Video) – Série de fantasia centrada em uma succubus que navega pelo mundo sobrenatural
- “Between” (Netflix) – Drama sobre cidade onde todos com mais de 21 anos morrem misteriosamente
- “Bitten” (Netflix) – Série de vampiros que mistura romance e suspense
- “Alias Grace” (Netflix) – Drama baseado em um crime real do século XIX no Canadá
- “The Secret Circle” (Prime Video ou Google Play) – Jovens bruxas lidam com magia e segredos sombrios
- “Project Blue Book” (Prime Video / History) – Investigação real de OVNIs pelo governo americano (parceria canadense)
- “Frontier” (Netflix) – Drama histórico sobre o comércio de peles no Canadá colonial
- “Murdoch Mysteries” (Prime Video ou Google Play) – Detetive vitoriano resolve crimes usando ciência e tecnologia emergente
- “Schitt’s Creek” (Netflix) – Comédia sobre uma família rica que perde tudo e vai viver numa cidadezinha
- “Kim’s Convenience” (Netflix) – Sitcom sobre família coreano-canadense que administra uma mercearia em Toronto
- “Trailer Park Boys” (Netflix) – Mockumentary politicamente incorreto sobre três amigos em um parque de trailers
- “Da Vinci’s Inquest” (Prime Video) – Investigador resolve casos criminais em Vancouver
- “Being Erica” (Globoplay) – Mulher revisita momentos do passado em terapia inusitada
- “Cardinal” (Globoplay) – Thriller sombrio sobre detetive no interior congelado do Canadá
- “Continuum” (Globoplay) – Sci-fi sobre policial que viaja no tempo para impedir terroristas
- “Motive” (Globoplay) – Série policial que revela o assassino logo no início, focando no “porquê”
- “The Listener” (Globoplay) – Paramédico telepata usa dons para ajudar investigações
- “Slasher” (Netflix) – Terror antológico canadense no estilo “American Horror Story”
- “Bomb Girls” (Prime Video) – Mulheres em fábricas de munição durante a Segunda Guerra
- “Flashpoint” (Globoplay) – Equipe tática da polícia canadense lida com situações de crise e reféns
- “19-2” (Globoplay) – Drama policial realista sobre dois policiais de Montreal
- “Cold Squad” (Prime Video) – Uma das primeiras séries canadenses sobre casos arquivados
- “Saving Hope” (Globoplay) – Drama médico com toques sobrenaturais, sobre cirurgião em coma que assombra o hospital
- “Transplant” (Globoplay) – Médico refugiado sírio tenta recomeçar carreira em hospital de Toronto
- “Frankie Drake Mysteries” (Globoplay) – Primeira detetive mulher de Toronto nos anos 1920
- “Private Eyes” (Globoplay) – Ex-jogador de hóquei vira detetive particular em Toronto
O Hallmark Channel tem a maioria de suas produções ambientadas ou gravadas no Canadá:

Foto: Instagram Hallmark Channel
- “When Calls the Heart” (Hallmark / Globoplay) – Drama romântico de época ambientado em uma pequena cidade canadense
- “When Hope Calls” (Hallmark+ / Prime Video) – Spin-off de When Calls the Heart centrado em duas irmãs que abrem um orfanato na pequena Brookfield no início do século XX
- “Chesapeake Shores” (Hallmark / Globoplay) – Família se reencontra e lida com dilemas em cidade costeira
- “Good Witch” (Hallmark / Globoplay) – Fantasia leve sobre uma mulher misteriosa que muda a vida de uma comunidade
- “Cedar Cove” (Hallmark / Prime Video) – Juíza equilibra vida pessoal e profissional em cidade litorânea
Espanha/Itália/Portugal/México

Reprodução SIC
- “La Casa de Papel” (Netflix) – Fenômeno de assalto – Espanha
- “As Telefonistas” (Netflix) – Drama de época feminino – Espanha
- “Merlí” (Netflix) – Drama escolar filosófico – Espanha
- “Elite” (Netflix) – Drama adolescente em uma escola privada com mistérios e intrigas – Espanha
- “Vis a Vis” (Netflix) – Thriller ambientado em uma prisão feminina – Espanha
- “Gran Hotel” (Netflix) – Mistério e drama em um hotel de luxo no início do século XX – Espanha
- “La Reina del Sur” (Netflix) – Drama sobre uma mulher que se torna uma poderosa traficante de drogas – Produção conjunto entre Estados Unidos e Espanha
- “Gomorra” (Netflix / Sky Italia) – Drama criminal sobre a máfia napolitana e suas disputas violentas – Itália
- “Suburra” (Netflix) – Thriller sobre a luta pelo poder entre políticos, mafiosos e a Igreja em Roma – Itália
- “Baby” (Netflix) – Drama inspirado em um escândalo real envolvendo adolescentes em Roma – Itália
- “Luna Nera” (Netflix) – Drama histórico-fantástico sobre perseguição a bruxas no século XVII – Itália
- “Golpe de Sorte” (Prime Video / SIC) – Drama sobre uma mulher simples que ganha na loteria e enfrenta novos desafios – Portugal
- “Glória” (Netflix) – Thriller de espionagem ambientado em Portugal durante a Guerra Fria – Portugal
- “Clube de Cuervos” (Netflix) – Comédia sobre a guerra pelo controle de um time de futebol – México
- “Monarca” (Netflix) – Drama sobre uma família rica da indústria de tequila enfrentando crises – México
Países Nórdicos (Dinamarca, Noruega, Suécia, Islândia, Finlândia)

Reprodução Netflix
- “Trapped” (Netflix) – Thriller policial sobre um assassinato em uma cidade isolada devido a uma nevasca – Islândia
- “Rita” (Netflix) – Drama dinamarquês humanizado
- “Nobel” (Netflix) – Guerra norueguesa
- “The Bridge” (Netflix) – Mistério policial envolvendo uma investigação transfronteiriça na ponte entre os dois países – Suécia e Dinamarca
- “Borgen” (Netflix) – Drama político centrado na primeira-ministra da Dinamarca e sua vida pessoal e profissional – Dinamarca
- “Forbrydelsen” (No Brasil só tem a versão americana na Netflix “The Killing”) – Thriller policial que acompanha a investigação de assassinatos complexos – Dinamarca
- “The Valhalla Murders” (Netflix) – Série policial sobre um assassino em série na Islândia – Islândia
- “Katla” (Netflix) – Mistério sobrenatural envolvendo um vulcão ativo que desperta segredos antigos – Islândia
- “Case” (Netflix) – Drama centrado em um caso criminal complexo na Islândia – Islândia
- “O Homem das Castanhas” (Netflix) – Thriller sobre um homem misterioso envolvido em eventos sombrios – Dinamarca
- “Bordertown” (Netflix) – Série policial que acompanha um detetive investigando crimes na fronteira entre Finlândia e Rússia – Finlândia
- “Deadwind” (Netflix) – Mistério policial com uma detetive lidando com casos difíceis em Helsinque – Finlândia
- “Areia Movediça” (Netflix) – Thriller psicológico sobre segredos enterrados em uma pequena comunidade – Suécia
- “Departamento Q” (Prime Video) – Série policial baseada nos livros de Jussi Adler-Olsen, sobre casos arquivados reabertos por uma equipe especial – Dinamarca (isso mesmo que você leu: é a série original que deu origem a britânica Dept Q)
Austrália/Nova Zelândia

Reprodução Acorn TV
- “Please Like Me” (Netflix) – Comédia dramática sobre autodescoberta e relacionamentos – Austrália
- “A Place To Call Home” (Prime Video) – Drama familiar sobre segredos e redenção no interior da Austrália – Austrália
- “No Activity” (Prime Video) – Comédia policial focada em conversas de policiais durante vigilâncias – Austrália
- “Return to Paradise” (Prime Video) – Drama sobre segredos em uma comunidade isolada – Austrália/Reino Unido
- “Black Snow” (Prime Video e Google Play) – Thriller policial envolvendo crimes indígenas – Austrália
- “Deadloch” (Prime Video) – Mistério policial com humor negro em uma pequena cidade – Austrália
- “Fisk” (Netflix) – Comédia sobre uma advogada desbocada e pouco convencional – Austrália
- “Jack Irish” (Prime Video) – Drama policial com um detetive particular em Melbourne – Austrália
- “Miss Fisher’s Murder Mysteries” (Netflix) – Mistério de época com uma detetive charmosíssima na Melbourne dos anos 1920 – Austrália
- “Total Control” (Prime Video) – Drama político com uma mulher indígena assumindo o poder – Austrália
- “Secret City” (Netflix) – Thriller político cheio de intrigas e conspirações – Austrália
- “The Newsreader” (Prime Video e Universal+) – Drama ambientado em uma redação de TV nos anos 1980 – Austrália
- “Top of the Lake” (Netflix) – Policial atmosférico – Produção conjunta entre Reino Unido, Austrália, Nova Zelândia e Estados Unidos
- “The Tourist” (Netflix e Prime Video) – Suspense sobre um homem que acorda no deserto australiano sem memória – Nova Zelândia
- “Creamerie” (Netflix) – Comédia pós-apocalíptica em um mundo onde as mulheres dominam – Nova Zelândia
- “The Brokenwood Mysteries” (Prime Video) – Mistérios policiais em uma pequena cidade – Nova Zelândia
- “My Life is Murder” (Prime Video) – Série policial com uma detetive particular – Nova Zelândia
- “The Gone” (Prime Video / RTÉ / Acorn TV) – Mistério policial entre Irlanda e Nova Zelândia
Outros países: Japão, Coreia do Sul, Turquia, Índia, Holanda e Israel

Série ‘The Protector’ ou ‘O Último Guardião’ – Turquia – Reprodução Netflix
- “Undercover” (Netflix) – Thriller policial sobre agentes infiltrados em uma rede de tráfico de drogas – Holanda
- “Penoza” (Prime Video) – Drama criminal centrado em uma mulher que assume os negócios do marido mafioso – Holanda
- “Klem” (Prime Video) – Thriller psicológico sobre um homem que se envolve em situações perigosas devido a sua ex – Holanda
- “Ares” (Netflix) – Série de terror e mistério ambientada em uma sociedade secreta em Amsterdã – Holanda
- “De Spectaculair” (Prime Video) – Drama sobre jovens envolvidos em um acidente que muda suas vidas – Holanda
- “Sacred Games” (Netflix) – Thriller policial baseado no romance homônimo, sobre crime e corrupção em Mumbai – Índia
- “Delhi Crime” (Netflix) – Drama policial baseado em um caso real de estupro coletivo em Delhi´- Índia
- “Mirzapur” (Prime Video) – Série de crime e violência em uma cidade do norte da Índia – Índia
- “Paatal Lok” (Prime Video) – Thriller sobre um policial investigando um caso complexo e sombrio – Índia
- “Made in Heaven” (Prime Video) – Drama que explora os bastidores de casamentos luxuosos em Delhi – Índia
- “Hakan: Muhrafiz” (Netflix) – Também conhecida como “The Protector” e “O Último Guardião” – Fantasia urbana sobre um jovem que descobre ser protetor de Istambul contra forças malignas – Turquia
- “Atiye” (Netflix) – Drama sobrenatural com mistérios ligados a arte e arqueologia – Turquia
- “Fatmagül’ün Suçu Ne?” (Prime Video e Globoplay) – Drama social sobre uma jovem que luta por justiça após um crime – Turquia
- “Çukur” (Prime Video) – Drama policial sobre uma família que controla um bairro perigoso em Istambul – Turquia
- “Sombras da Verdade” (Netflix) – Documentário investigativo sobre um caso de assassinato controverso em Israel – Israel
- “Dois Lados de um Conflito” (Netflix / GloboPlay) – Drama que mostra a complexidade do conflito israelense-palestino através de diferentes perspectivas.
- “Fauda” – Thriller policial que acompanha uma unidade secreta israelense em missões contra militantes palestinos – Israel
- “Shtisel” (Netflix e Prime Video) – Drama familiar que retrata a vida de uma família ultraortodoxa em Jerusalém – Israel
- “When Heroes Fly” (Netflix) – Série sobre veteranos israelenses que se reúnem para uma missão especial na Colômbia – Israel
- “Oh My Ghost” (Netflix) – Comédia romântica sobrenatural com fantasmas e possessões – Coreia do Sul
- “Squid Game” ou “Round 6” (Netflix) – Thriller distópico de sobrevivência com jogos mortais – Coreia do Sul
- “Kingdom” (Netflix) – Série de zumbis com ambientação histórica – Coreia do Sul
- “Crash Landing on You” (Netflix) – Romance entre uma herdeira sul-coreana e um oficial norte-coreano – Coreia do Sul
- “Itaewon Class” (Netflix)– Drama sobre vingança e empreendedorismo em Seul – Coreia do Sul
- “Midnight Diner: Tokyo Stories” (Netflix) – Drama que se passa em um restaurante aberto à meia-noite, contando histórias dos clientes – Japão
- “Giri/Haji” (Netflix) – Thriller policial que mistura Japão e Reino Unido – Produção Japão/Reino Unido
- “Alice in Borderland” (Netflix) – Suspense distópico com jogos de sobrevivência – Japão
Brasil – Nossa revolução televisiva global

Reprodução Prime Video
Sucessos internacionais confirmados:
- “Sintonia” (Netflix) – Periferia paulistana universal
- “Dom” (Prime Video) – Crime carioca autêntico
- “3%” (Netflix) – Distopia brasileira pioneira
- “O Mecanismo” (Netflix) – Política investigativa nacional
- “Cidade Invisível” (Netflix) – Folclore urbano contemporâneo

Reprodução Prime Video
Dramas que merecem reconhecimento:
- “Sob Pressão” (Globoplay) – Médico hospitalar humanizado
- “Bom Dia, Verônica” (Netflix) – Policial feminino brasileiro
- “Irmandade” (Netflix) – Crime organizado prisional
- “Aruanas” (Globoplay) – Ativismo ambiental amazônico
- “Coisa Mais Linda” (Netflix) – Bossa nova e feminismo
- “Sessão de Terapia” (Globoplay) – Psicanálise brasileira
- “Pedaço de Mim” (Netflix) – Drama familiar profundo
- “Manhãs de Setembro” (Prime Video) – Transexualidade madura
- “Reencarne” (Globoplay) -Thriller sobrenatural nacional
- “Arcanjo Renegado” (Globoplay) – Ação policial nordestina
- “Fim” (Globoplay) – Drama existencial contemporâneo
- “Amor da Minha Vida” (Disney+) – Romance brasileiro moderno
- “Pssica” (Netflix) – O drama amazônico que conquistou o mundo
Na próxima vez que você estiver navegando pelas opções de streaming, considere dar uma chance para essas produções internacionais. Pode ser que você descubra sua nova obsessão televisiva longe dos estúdios norte-americanos. Afinal, boas histórias não têm nacionalidade… Elas apenas precisam de espectadores curiosos o suficiente para descobri-las. Todas as séries que citei aqui eu assisti, umas gostei muito, outras mais ou menos, e outras nem tanto, mas de um modo geral, todas valeram à pena para abrir meu leque de conhecimento cultural (e de linguagem). E se eu esqueci de citar alguma que vocês já viram e não estava na lista me conta nos comentários ou lá no Instagram do Poltrona TV!
Explicação que prometi: *Quebrar a quarta parede é quando um personagem de uma série, filme ou peça teatral fala diretamente com o público, reconhecendo que está dentro de uma história. É como se ele atravessasse uma parede invisível que separa a ficção da plateia, criando proximidade, humor ou reflexão sobre a narrativa. Um exemplo famoso é “Fleabag”, em que a protagonista compartilha pensamentos e comentários diretamente com quem assiste, como se estivesse falando com a tela, ou seja, conosco, os telespectadores.
Obs: Algumas séries podem ter saído dos catálogos informados, pois a ‘dança das cadeiras’ entre os streamings é grande e nem sempre uma série, mesmo que já finalizada e de sucesso, fica muito tempo em um lugar só.

Carioca com alma paulista. Jornalista Digital, Assessora de Imprensa, Escritora, Blogueira e Nerd. Viciada em séries de TV, chocolate, coxinha & Pepsi.