Espetáculo sobre migrantes do Norte e do Nordeste do Brasil chega ao Teatro Cacilda Becker

Peça “Tudo que eu (não) vivi” ressignifica narrativas sociais do país

por Redação
Tudo que eu (não) vivi

O espetáculo teatral “Tudo que eu (não) vivi” chega ao Teatro Cacilda Becker, no Catete, com a proposta de repensar um Brasil fora do eixo do sudeste que ainda possui inúmeras questões raciais, de gênero, classe, trabalho, migrações e de pertencimento. Entrando em cartaz no próximo dia 08 de outubro, com ingressos a preços populares, a peça traz a reflexão de migrantes do Norte de Nordeste do país que enfrentam diversas precariedades para se estabelecerem nas grandes capitais.

Misturando crônica, ensaio, autobiografia, ficção e memória para construir uma narrativa fragmentada, o espetáculo traz um mosaico de lembranças, cenas e reflexões cotidianas, formando uma verdadeira cartografia e convidando o espectador a perder-se nos labirintos das cidades e das memórias, numa imersão poético-política que questiona as fronteiras entre realidade e ficção.

Os atores Jean Fontes, Gabriel Ribeiro, Letícia Queiroz e Ruan Viana contam essas histórias por meio dos personagens Assis, que sonha em ser poeta no Rio de Janeiro; Juliano, que um dia se formará em medicina e buscará a realização de suas utopias; Zé Palmares, que desceu do Norte em busca de escrever linhas melhores em sua história; e a moça, que lá no morro chamam de Maria,que às vezes não tem nome, apenas alguns apelidos — a que foi, mas também ficou, e ficou só.

Tudo que eu (não) vivi também investiga uma linguagem que relaciona os modos de vida dos artistas circenses e mambembes a trabalhadores subalternizados e marginalizados ao longo da história.  Dessa forma, fica estabelecida uma metáfora sobre o sentido da vida a partir da vida no circo, agregando teatro, cinema e performance.

“A proposta do espetáculo é buscar uma reflexão sobre os modos de ressignificação e produções de vivências que, mesmo atravessadas por violências cotidianas, se reinventam e dão espaço para criações de existências diversas que promovam uma política do bem-viver no Brasil”, explica o diretor Wellington Júnior.

O espetáculo é apresentado pelo Governo Federal, Ministério da Cultura, Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, através da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB).

O Cirquinho

É um grupo de circo-teatro fundado em 2019 por Jean Fontes, baiano domiciliado no Rio de Janeiro-RJ. O grupo é composto por mais dois artistas: Gabriel Ribeiro, ator e co-fundador, e Letícia Queiroz, artista e colaboradora nos projetos.

A sua criação partiu do desejo de realizar ações e produções artísticas que promovessem cultura e transformação social. Desde então, O Cirquinho vem atuando na realização de oficinas, espetáculos e ações socioculturais. Cênica e esteticamente o grupo se dedica a investigar o circo-teatro e suas infinitas relações com outras linguagens.

Em 2020 ganharam o prêmio de melhor cena infanto-juvenil no Fest&Art – Festival de Cenas Curtas de Santa Teresa, Rio de Janeiro – RJ com a cena “O Cirquinho de Dois”. Em 2021 o grupo aprovou a cena “Feito de Água” no edital Cultura Presente Nas Redes 2 da SECEC-RJ que foi montada e estreada no ano de 2022 de forma online e estreada de forma presencial no mesmo ano no FesQ In Rio – Festival de Teatro de Cabo Frio. Em 2023 estreou o espetáculo infanto-juvenil de circo-teatro “E Assim Surgiu Um Circo” aprovado no Edital de Cultura do Sesi Firjan 2023. Ainda no ano de 2023 o espetáculo “E Assim Surgiu Um Circo” foi aprovado no edital de Apoio ao Circo da Lei Paulo Gustavo – SECEC-RJ e em 2024 o espetáculo foi aprovado nos editais Funarte Rede das Artes – Bolsa Funarte de Circo Carequinha; Pró-Carioca Linguagens – Edição PNAB; e Viva o Talento da SMC-Rio de Janeiro-RJ.

“Tudo que eu (não) vivi” é o mais recente espetáculo do grupo, aprovado no Edital de Cultura do Sesi Firjan 2024, teve sua estreia no SESI Firjan Caxias e reapresentação no Futuros – Arte Tecnologia. Em 2025 o espetáculo “Tudo que eu (não) vivi” foi aprovado no Edital Fluxos Fluminense da SECEC-RJ e vem realizando apresentações em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro e em Nova Iguaçu. O espetáculo conta com a participação especial de artistas convidados além dos integrantes do grupo.

Serviço

Espetáculo: Tudo que eu (não) vivi 

  • Datas: 8 a 12 de outubro às 19h e de 9 a 11 de outubro às 15h
  • Local: Teatro Cacilda Becker
  • Endereço: Rua do Catete, 338, Catete, Rio de Janeiro
  • Ingressos: R$ 30,00 (Inteira) – R$ 15,00 (Meia)
  • Venda disponível no Sympla: http://bit.ly/4mAQqkh
  • Classificação etária: 16 anos
  • Duração: 70 min

Ficha Técnica

  • Idealização: Jean Fontes
  • Dramaturgia: Priscilla Raibott e Jean Fontes
  • Direção: Wellington Júnior
  • Atuação: Jean Fontes, Gabriel Ribeiro, Letícia Queiroz e Ruan Viana
  • Orientador de corporalidade (dança afro): Cleiton Sobreira
  • Figurino e cenografia: Yan Calixto
  • Assistente de cenário e figurino: Daniel Furtado
  • Trilha sonora: Michel Nascimento e Alysson Alves
  • Mixagem: Michel Nascimento
  • Desenho da luz: Kaylan Werneck e Wellington Júnior
  • Fotografias: Rafael Moura
  • Programação visual: Gueu Ramos
  • Social Media: João França
  • Assessoria de imprensa: Angélica Zago
  • Produção: O Cirquinho

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