Um espaço de experimentação transdisciplinar que une arte, ciência e pensamento crítico em torno das relações entre o biológico e o digital. Esta é a proposta do evento Hiperorgânicos, que ocorre no centro cultural Futuros – Arte e Tecnologia, no Flamengo, entre 5 e 7 de novembro, reunindo artistas, cientistas e pensadores do Brasil e do exterior para discutir o papel dos microbiomas na criação artística e reflexão sobre práticas sustentáveis.
Com o tema “Microbiomas poéticos: Coabitar o Invisível”, a programação gratuita da 12ª edição do Hiperorgânicos, produzida pelo Núcleo de Arte e Novos Organismos – NANO (EBA/UFRJ), é composta de duas frentes complementares. A primeira delas é um Laboratório Aberto (OpenLab), com duração de dois dias, em 5 e 6 de novembro, que consiste em um encontro imersivo entre artistas-pesquisadores e o público, com um intercâmbio de experimentos que envolvem robótica, sonorização, visualização de dados, performance e dança, integrando práticas de baixa e alta tecnologia de ponta em trocas colaborativas e experimentais. A segunda frente é um simpósio no dia 7, que promove um espaço de diálogos para artistas do OpenLab, educadores e pesquisadores aprofundarem os debates sobre as relações entre arte, tecnologia, natureza e sociedade.
“Ao longo de seus doze anos de existência, o Hiperorgânicos tem se afirmado como um verdadeiro celeiro de experimentação. Embora nasça no contexto acadêmico, o OpenLab subverte os paradigmas tradicionais de pesquisa ao privilegiar o processo, a invenção e o encontro. Em diálogo com o público, o evento propõe um espaço onde cada participante é convidado a se abrir para uma investigação sensível e coletiva, em que o saber se faz pela escuta e pela experiência”, afirmam Guto Nóbrega e Malu Fragoso, artistas-pesquisadores e coordenadores do Hiperorgânicos.
A programação do Hiperorgânicos reúne coletivos, artistas e pensadores da América Latina e da Europa, expandindo a rede de pesquisa e colaboração entre práticas artísticas e científicas emergentes. Entre eles, estão nomes como a artista ítalo-argentina Lena Becerra; a arquiteta chilena María José Besoain; o desenvolvedor de projetos culturais francês Julien Bellanger; os coletivos artísticos brasileiros ‘2050’ e ‘Fissura’, entre outros nomes e organizações. Mais informações sobre os participantes e a programação completa do evento podem ser encontradas no site AQUI.
“O Futuros – Arte e Tecnologia tem como uma de suas principais vocações ser um espaço de convergência onde diferentes trajetórias, linguagens e experiências artísticas se encontram e dialogam. Iniciativas como o Hiperorgânicos promovem interações que desdobram na mistura de visões, repertórios e linguagens. Buscamos assim impulsionar a criação de obras que dificilmente nasceriam de maneira isolada”, destaca o gerente de cultura do Instituto Futuros, Victor D’Almeida.
SERVIÇO
Hiperorgânicos
Data: 5 a 7 de novembro de 2025
Open Lab: 5 e 6 de novembro, das 11h às 20h
Simpósio: 7 de novembro, das 11h às 19h
Local: Futuros – Arte e tecnologia
Endereço: R. Dois de Dezembro, 63 – Flamengo, Rio de Janeiro – RJ
Programação completa: AQUI
Entrada franca
Futuros – Arte e Tecnologia
Inaugurado há 20 anos, o centro cultural Futuros – Arte e Tecnologia é um espaço de exibição, criação e inovação artística. Com uma programação gratuita voltada a todos os públicos, o espaço promove e recebe exposições, apresentações artísticas, espetáculos teatrais, entre outros eventos que convidam o público a refletir sobre temas que norteiam sua linha curatorial, como meio ambiente, ancestralidade, diversidade, educação e tecnologia. O Futuros abriga galerias de arte, um teatro multiuso e o Musehum – Museu das Comunicações e Humanidades, que mantém um acervo de mais de 130 mil peças históricas sobre as comunicações no Brasil e atividades interativas sobre o impacto das tecnologias nas relações humanas.
O centro cultural tem gestão do Instituto Futuros. Desde agosto de 2025, o Futuros – Arte e Tecnologia recebe o projeto Upload, realizado pela Zucca Produções, e correalizado pelo Futuros – Arte e Tecnologia e pelo Coletivo 2050, por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura do Rio de Janeiro – Lei do ISS, com patrocínio da Serede, Oi, Eletromidia, Rastro,Tahto e Prefeitura do Rio de Janeiro/SMC.
