A Sapoti Projetos Culturais encerra dia 12 de novembro a quarta edição do Oficina Maker, um laboratório de fabricação digital, totalmente gratuito e digital, voltado para estudantes de 14 a 20 anos da rede pública da Zona Norte e Oeste do Rio de Janeiro. O projeto é patrocinado pela Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, Secretaria Municipal de Cultura, TechnipFMC (patrocinador master) e Kadima Gestão de Investimento por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura – Lei do ISS.
Com aulas duas vezes por semana, dividindo em duas turmas, no FabLab, laboratório de fabricação digital da Unidade Firjan Tijuca, os 30 alunos recebem bolsa com ajuda de custo, auxílio transporte e vale-refeição. O espaço faz parte da rede mundial criada pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT). Computadores, cortadora laser, impressora 3D, scanner e equipamentos de ponta, compõem esse ambiente colaborativo. Nele, os estudantes desenvolvem projetos e ideias durante o curso.
Nesta edição, Oficina Maker aborda temas como energia renovável, diversidade humana e transição energética. Com duração de um mês, a atividade busca demonstrar, de forma prática e visual, como as tecnologias limpas — como painéis solares e turbinas eólicas — podem substituir fontes fósseis, reduzindo drasticamente as emissões de CO₂ e promovendo operações mais eficientes e sustentáveis.
Entre os projetos já em fase de finalização estão uma maquete educativa – que foca no uso de energias renováveis em plataformas offshore, com destaque para a energia solar – e uma maquete interativa, que mostra como impulsionar a mobilidade elétrica e reduzir a emissão de poluentes. O primeiro projeto demonstra como painéis solares e turbinas eólicas podem reduzir o consumo de combustíveis fósseis, diminuindo emissões de CO₂ e tornando as operações marítimas mais sustentáveis. Já a segunda maquete uniu prática e tecnologia, estimulando trabalho em equipe, criatividade e consciência ambiental. A atividade reforça o compromisso da Firjan na formação de jovens preparados para soluções sustentáveis para o futuro das cidades.
Para Gabriel Nunes, 17 anos, as lições do Oficina Maker vão além da ciência. “O projeto Oficina Maker está nos ensinando energia renovável e matriz energética, mas também estou aprendendo muito sobre trabalho em equipe.” – afirma o jovem.
A origem do movimento maker surgiu nos Estados Unidos, do conceito DIY, em inglês, “do it yourself”, “faça você mesmo”. Dela, surgiu um movimento que convida os makers a colocarem a “mão na massa” para criar, construir, consertar, modificar e fabricar produtos para solucionar problemas. Por conta da evolução tecnológica, as escolas estão lidando com um novo perfil de alunos, muito mais conectado e capaz de obter informações com a rapidez de um clique. É necessário que os jovens brasileiros adquiram competência em tecnologia e inovação para se prepararem para as mudanças no mundo do trabalho. A educação maker é baseada em projetos, onde crianças e jovens são convidados a solucionar problemas através da criação de suportes, protótipos e experimentos.
Ana Carla, 19 anos, moradora em Santa Teresa, está satisfeita com os seus resultados no curso. “Estou não só aprendendo coisas novas, como estou conseguindo ensinar outras pessoas. Comecei pelo relatório, que eu queria, porque gosto de escrever, mas depois fui me arriscando na montagem e na máquina corte a laser.”, destaca ela.
Entre as vantagens da educação maker estão o protagonismo do estudante; engajamento; conhecimento aplicável ao cotidiano; experiência técnica para lidar com novas tecnologias e proatividade e pensamento crítico. Todas fundamentais ao mundo do trabalho; a prática é tão importante quanto a teoria.
OFICINA MAKER NA REDE
Jovens, em casa, também podem ter uma experiência maker. O projeto vem disponibilizando vídeos “faça você mesmo” on-line no Instagram da Sapoti Projetos Culturais. Abaixo três exemplos. E em dezembro serão postados dois novos vídeos. Aguardem!
Guitarra elétrica – passo a passo de um instrumentos musical
Submarino – para jogar e se divertir
Mini Ventilador – boa dica para se refrescar no verão
SAPOTI PROJETOS CULTURAIS
A Sapoti é uma produtora de conteúdo na área da educação não-formal, que acredita que o conhecimento pode ser construído e compartilhado de forma criativa.O projeto surgiu quando a equipe da produtora atuou como consultora junto a ação educativa da Casa Firjan e conheceu a potência do FabLab. A partir da experiência da Sapoti, que já desenvolve Laboratórios de Ações Criativas em museus – como o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) – veio a ideia de levar a metodologia maker – faça você mesmo – para alunos de escolas da rede pública.
A ideia do projeto Oficina Maker é divulgar essa metodologia entre estudantes de escolas públicas e na periferia como forma de empoderar os estudantes e democratizar o acesso à informação. A proposta é prestigiar moradores da Zona Norte e Oeste, criando mão de obra especializada neste segmento, afirma Daniela Chindler, diretora da Sapoti.
OFICINA MAKER
Firjan Tijuca | Endereço: Rua Mariz e Barros, 678 – Maracanã
