“Morte e Vida Severina”, obra-prima de João Cabral de Melo Neto encenada pela Companhia Ensaio Aberto, com direção de Luiz Fernando Lobo, músicas de Chico Buarque e direção musical de Itamar Assiere, fará temporada no Teatro Paulo Autran – Sesc Pinheiros, de 5 a 21 de dezembro de 2025, e depois de 8 a 18 de janeiro de 2026, com sessões de quinta a sábado, às 20h, e domingo, às 18h. No sábado 17/01, acontecem duas sessões: às 16h e às 20h.
Com o espetáculo, a Companhia Ensaio Aberto dá voz aos severinos filhos de tantas marias. Para o diretor Luiz Fernando Lobo, que montou esse espetáculo pela primeira vez há 20 anos, muita coisa mudou: “Nesses vinte anos que se passaram entre a primeira montagem e esta atual, saímos do Mapa da Fome e chegamos a ser a sexta economia do mundo. Ao mesmo tempo, as negras manchas demográficas da Geografia da Fome não estão mais localizadas apenas nos sertões do Nordeste, e sim dentro das grandes cidades, como Rio de Janeiro, São Paulo, Nova Iorque, Paris e Berlim”.
A peça não é mais um poema regional brasileiro, pois os que vivem e morrem de morte severina agora estão em todas as serras magras e ossudas do mundo. A sombra da fome se espalha pelo planeta impulsionada pela crescente desigualdade. Segundo a Oxfam, o 1% mais rico da população mundial possui agora 45% da riqueza global, 44% da humanidade vive com menos de 6,85 dólares (R$ 41,5) por dia, e as taxas de pobreza global praticamente não mudaram desde 1990. No encontro do G20 em 2024, o Presidente Lula lançou a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza e disse: “O símbolo máximo na nossa tragédia coletiva é a fome e a pobreza. Convivemos com 733 milhões de pessoas ainda subnutridas. Em um mundo que produz quase 6 bilhões de toneladas de alimentos por ano, isso é inadmissível”.
Morte e Vida Severina, da Companhia Ensaio Aberto, estreou no Castelo São Jorge, em Lisboa. Em cena estão 4 músicos, 25 atores, sendo Gilberto Miranda o Severino desde a versão em Portugal. Com cenário de J.C. Serroni, iluminação de Cesar de Ramires, figurinos de Beth Filipecki e Renaldo Machado, a peça recebeu, em 2022, três indicações ao Prêmio Shell de Teatro – sendo premiada na categoria Música; seis indicações ao Prêmio APTR de Teatro – sendo premiada na categoria Iluminação, além de outros prêmios e indicações.
Companhia Ensaio Aberto
A Companhia Ensaio Aberto é um coletivo teatral que surgiu no Rio de Janeiro, em 1992, com o propósito de retomar o teatro épico no Brasil. Premiada, com carreira internacional, a Ensaio Aberto têm alta produtividade e uma forma de organização coletivizada. O núcleo artístico fixo tem no Teatro dos Trabalhadores um estudo prático e teórico permanente e, além dos espetáculos, atuam em seis laboratórios artísticos e técnicos: cenografia, figurino, objetos de cena, iluminação, corpo e memória. Os últimos trabalhos foram: Olga, dramaturgia de Luiz Fernando Lobo; O Banquete, de Mário de Andrade; A Classe Trabalhadora Brasileira, dramaturgia de Luiz Fernando Lobo e A Exceção e A Regra, de Bertolt Brecht.
Armazém da Utopia
Desde 2010, o Armazém da Utopia, na Zona Portuário do Rio, é a casa da Companhia Ensaio Aberto e um porto aberto para receber os coletivos irmãos do Brasil, da América Latina, da África e de todos os lugares do mundo. Durante 14 anos, a Companhia Ensaio Aberto lutou para conquistar esse espaço que tem como proposta promover pesquisas e linguagens sobre o teatro épico. O Armazém da Utopia é um espaço de construção de cidadania onde os homens e mulheres adquirem fôlego e estabeleçam novos laços; um porto que, em vez de nos amarrar à terra, ajuda a navegar e a recobrar as forças para sobreviver, e até vicejar, em meio ao turbilhão. Em 2024, a Companhia, por meio de editais e patrocínios, conseguiu realizar uma ampla reforma do espaço, que agora conta com o Teatro Vianinha, a Sala Sérgio Britto, laboratórios artísticos e técnicos, sala de ensaio e sala de estudo. Toda a obra foi viabilizada com recursos da Lei de Incentivo Federal – Lei Rouanet.
FICHA TÉCNICA
Trabalhadores do Espetáculo
- Texto João Cabral de Melo Neto
- Músicas Chico Buarque
- Direção Geral Luiz Fernando Lobo
- Direção Musical e Arranjos Itamar Assiere
- Direção de Produção Tuca Moraes
- Cenografia J. C. Serroni
- Iluminação Cesar de Ramires
- Figurino Beth Filipecki e Renaldo Machado
- Programação Visual Jorge Falsfein e Marcos Apóstolo
- Produção Aninha Barros
Severinos
- Gilberto Miranda – Severino
- Anderson Primo – Irmão das Almas, Funeral de um lavrador
- Ana Clara Assunção – Mulher da Janela
- Bibi Dullens
- Carla Muzag – Funeral de um lavrador, Cigana 3
- Eduardo Cardoso
- Grégori Eckert
- Iris Ferreira
- José Guerra
- Kyara Zenga
- Leonardo Hinckel
- Luciano Veneu – Irmão das Almas
- Luiz Fernando Lobo – Mestre Carpina
- Mariana Pompeu – Nanã, Anunciação, Cigana 2
- Mateus Pitanga
- Matheus França
- Mika Makino
- Pedro Fernando – Irmão das Almas
- Rafael Telles
- Rossana Russia – Maria
- Thaise Oliveira
- Tomás Santa Rosa
- Tuca Moraes – Cigana 1
- Victor Hugo
- Victor Seixas
Músicos
- Acordeon – Itamar Assiere e Matheus Queiroz
- Cello – Saulo Vignoli
- Percussão – Mingo Araújo
- Violão e Viola – Marcílio Figueiró
- Assistente de Direção Octavio Vargas e Paola de Paula
- Assistentes de Produção Laura Gonna
- Produção de Set Fellipe Rodrigues
- Preparação Vocal Ana Calvente
- Preparação Corporal Luiza Moraes e Mika Makino
- Músicas Adicionais Itamar Assiere, Carlinhos Antunes, Airton Barbosa
- Design de sonorização Branco Ferreira
- Sonorização Gramophone
- Operação de som Branco Ferreira
- Operação de luz Pedro Passini
- Microfonista Ana Bittencourt
- Assessoria de Imprensa Armazém Comunicação | Christina Martins
- Coordenação Ciência do Novo Público Clarice Tenório Barretto
- Ciência do Novo Público Andreza Dias, Gilberto Miranda, Grégory Eckert, Júlia Freiman, Mateus Pitanga, Maura Santiago e Thaise Oliveira
- Fotos e Imagens de Divulgação Thiago Gouveia
- Fotos do Programa Thiago Gouveia, Renam Brandão e Leon Diniz
- Vídeos Maria Flor Brazil, Claudio Tammela | Banda Filmes
- Ilustrações Carybé
- Gerente de Projeto Gráfico Priscilla Fernandes
- Produção Gráfica Marcello Pignataro
- Assistente de cenografia Débora Ferreira
- Pintura de arte Biby Martins, Beatriz Leandro, Danubria Martins e Andréia Amorim
- Estagiária em cenografia Nick Cavalcanti
- Cenotécnicos Wagner de Almeida e José Alves
- Maquinista Sidney Viana
- Técnicos Valdeir Baiano e Pedro Passini
SERVIÇO
“Morte e Vida Severina”
Companhia Ensaio Aberto
Datas: 5 a 21 de dezembro de 2025 e 8 a 18 de janeiro de 2026
No sábado 17/01 acontecem duas sessões: às 16h e às 20h.
Nos dias 18, 19, 20 e 21/12 e 15, 16, 17 e 18/01 haverá tradução em LIBRAS
Local: Sesc Pinheiros – Teatro Paulo Autran
Ingressos: R$ 21,00 (credencial plena), R$ 35,00 (meia) e R$ 70,00 (inteira) – Venda online pelo aplicativo Credencial Sesc SP ou pelo site https://
Duração: 90 minutos
Classificação Etária Indicativa: Livre
Sesc Pinheiros
Rua Paes Leme, 195, Pinheiros – São Paulo (SP)
Horário de funcionamento: Terça a sexta: 10h às 22h. Sábados: 10h às 21h. Domingos e feriados: 10h às 18h30
Estacionamento com manobrista
Como Chegar de Transporte Público: 350m a pé da Estação Faria Lima (metrô | linha amarela), 350m a pé da Estação Pinheiros (CPTM | Linha Esmeralda) e do Terminal Municipal Pinheiros (ônibus).
Acessibilidade: A unidade possui rampas de acesso e elevadores, além de banheiros e vestiários adaptados para pessoas com mobilidade reduzida. Também conta com espaços reservados para cadeirantes.
Site e redes sociais:
www.ensaioaberto.com | www.instagram/companhiaensaioa
