Comédia “Raspadinhas” chega a Copacabana expondo com humor e crítica a relação do brasileiro com a sorte e os jogos de azar

por Redação
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Depois de uma temporada de sucesso na Lapa em novembro, a comédia “Raspadinhas” abre em dezembro sua segunda temporada, agora em Copacabana no Espaço Abu. A história acompanha uma família comum que vê sua rotina virar de cabeça para baixo quando se empolga com as raspadinhas da sorte. O espetáculo, estrelado por Alain Catein e dirigido por Daniel Dias da Silva, mergulha com leveza e irreverência no universo dos jogos de azar, explorando desde o tradicional jogo do bicho até as modernas bets, numa trama que mistura humor, memória e crítica social. Esse fascínio nacional pela sorte, que atravessa gerações,  conduz com bom humor o enredo da peça.

No Brasil, onde fazer uma inocente “fezinha” é tão comum quanto comentar o último gol do fim de semana, histórias sobre apostas ocupam um lugar especial no imaginário popular. Não por acaso o tema é sucesso em séries de ficção e documentários de streaming. Atualmente, as bets estão acessíveis nas mãos de cada pessoa através dos celulares, promovida por “influencers” e patrocinando duas grandes paixões nacionais: patrocinam quase todos os times de futebol e estão chegando também no universo do Carnaval. É nesse contexto de esperança que o brasileiro tem de poder ganhar algo e melhorar de vida que a comédia se pauta.

A peça, idealizada por Alain Catein, nasceu de lembranças pessoais e de observações da infância. O ator, que atualmente cursa Ciências Sociais, traz para o palco reflexões sobre a cultura do jogo no Brasil — e como ela se entrelaça com os sonhos, as esperanças e até os vícios de um povo. “Sempre vi na minha família e na vizinhança uma relação quase afetiva com o jogo. As pessoas jogavam por diversão, por superstição, por necessidade… e isso sempre me fascinou. Raspadinhas é uma forma de olhar para isso com humor, mas também com empatia e consciência”, comenta Catein.

A montagem combina o ritmo ágil de uma comédia popular com informações históricas e referências culturais que atravessam décadas. O público será transportado aos anos 1990 e 2000 com lembranças de músicas, programas de TV e produtos icônicos que fazem parte do imaginário coletivo, despertando identificação e nostalgia. Não é à toa que a temática do jogo e do jeitinho brasileiro está bastante presente em músicas populares e no linguajar cotidiano das pessoas, como: “Malandro é malandro e mané é mané” e “Camarão que dorme, a onda leva”.

Para o diretor Daniel Dias da Silva, a força da peça está na combinação entre humor e reflexão: “A gente quis construir um espetáculo dinâmico, muito engraçado, mas que também provocasse o público a pensar sobre o quanto o jogo está presente nas nossas vidas — seja como passatempo, fuga ou esperança de um futuro melhor”, comentou.

Com ritmo vibrante e personagens cheios de vida, o monólogo “Raspadinhas” conquista o público com gargalhadas, lembranças e boas doses de reconhecimento.

SERVIÇO

Raspadinhas
Comédia com Alain Catein, dirigida por Daniel Dias da Silva
4, 11, 18 de dezembro (quintas-feiras) às 20h
19, 20 e 21 de dezembro (sexta a domingo) às 20h
Espaço Abu – Av. Nossa Sra. de Copacabana, 249 – loja E – Copacabana/ RJ
Ingressos: https://bileto.sympla.com.br/event/113886/
 Instagram: @raspadinhas.teatro
 60 minutos

FICHA TÉCNICA – “Raspadinhas”

  • Texto e atuação: Alain Catein
  • Direção: Daniel Dias da Silva
  • Direção de movimento: Marlon Vares
  • Direção musical: Bruno Costa
  • Figurino e cenário: Jovanna Souza
  • Preparação vocal: Júnio Duarte
  • Voz off:  Junior Melo
  • Iluminação: Livs
  • Coreografias: Malu Cordioli
  • Assessoria de imprensa e mídias sociais: Rodolfo Abreu (Interativa Doc)
  • Programação visual: DeWaneios (Wanessa Ribeiro e Kath Xapi Puri)
  • Operação de som: Andressa Costa
  • Operação de luz: Livs e Luiz Paulo
  • Produção executiva: Gabriela Tavares, Alan Ribeiro
  • Assistente de produção: Luiz Alfredo Montenegro
  • Realização: Teçá – arte e cultura

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