Sol registra erupção de classe M5 durante pico do Ciclo Solar 25

Atividade solar registrada neste sábado intensifica monitoramento sobre o escudo magnético terrestre e revela comportamento inédito nos polos da estrela

por Redação
Sol registra erupção de classe M5 durante pico do Ciclo Solar 25

O Sol registrou uma forte erupção solar de classe M5 neste sábado (27), evidenciando a fase de alta atividade do Ciclo Solar 25. O fenômeno, originado na mancha solar 4323, ocorre em um momento em que os campos magnéticos da estrela apresentam uma configuração complexa, impactando diretamente o clima espacial e a proteção da Terra contra a radiação cósmica. O evento gerou exibições de auroras boreais em latitudes mais baixas e ressalta a importância do monitoramento constante para a infraestrutura de satélites.

Máximo solar e o emaranhado magnético polar

Dados recentes enviados pela missão Solar Orbiter, da Agência Espacial Europeia (ESA), revelaram visualizações sem precedentes dos polos solares. Em dezembro de 2025, os cientistas identificaram que as polaridades magnéticas norte e sul coexistem atualmente no polo sul do Sol. Esse fenômeno, descrito como uma “bagunça” temporária, é característico do período em que o campo magnético da estrela inicia seu processo de inversão, algo que ocorre a cada 11 anos.

As observações indicam que células de plasma e fluxos magnéticos estão se deslocando em direção aos polos com uma velocidade de 10 a 20 metros por segundo. Esse ritmo é quase o dobro do que havia sido previsto em medições anteriores baseadas em observações terrestres. O Ciclo Solar 25, que atingiu seu pico técnico em outubro de 2024 com um índice de 161 manchas solares, continua a manifestar força recorde, criando um escudo natural que repele raios cósmicos das profundezas do espaço e reduz a radiação atmosférica global.

Sol registra erupção de classe M5 durante pico do Ciclo Solar 25

Desafios ao escudo magnético da Terra

Embora a magnetosfera terrestre siga protegendo o planeta contra o vento solar, pesquisadores alertam para o enfraquecimento da Anomalia do Atlântico Sul (AAS). Esta região, que abrange grande parte da América do Sul e do Brasil, apresenta uma redução na intensidade do campo magnético, o que expõe satélites e sistemas de navegação a níveis elevados de radiação. Engenheiros espaciais têm intensificado o reforço de sistemas para mitigar falhas eletrônicas durante a passagem por essa zona.

A análise da “Tempestade de Gannon”, ocorrida em maio de 2024, trouxe novas luzes sobre esses eventos. A missão indiana Aditya-L1 documentou uma reconexão magnética em uma escala de 1,3 milhão de quilômetros — o equivalente a 100 vezes o diâmetro da Terra. A colisão de duas ejeções de massa coronal no espaço explicou por que a intensidade daquela tempestade superou todas as previsões dos modelos matemáticos convencionais.

Impactos e monitoramento

Com a manutenção da atividade solar em níveis elevados durante todo o ano de 2025, a interação entre o Sol e a Terra define novos parâmetros para a exploração espacial e segurança tecnológica. A comparação com planetas como Marte e Vênus, que não possuem campos magnéticos globais robustos, reforça o papel vital da magnetosfera terrestre na manutenção da atmosfera e da vida.

Raio-X da Atividade Solar

  • Evento: Erupção Solar Classe M5

  • Data: 27 de dezembro de 2025

  • Origem: Região de mancha solar 4323

  • Consequência imediata: Redução de radiação cósmica e auroras boreais no hemisfério norte.

Você também pode gostar

Compartilhe
Send this to a friend