As apresentações serão gratuitas de 04 a 07 de agosto
A falta de uma vacina no primeiro ano da covid-19 levou populações a isolarem-se, privando-se do convívio social e vendo alteradas suas rotinas de vida e trabalho. Teatros foram fechados e apresentações, suspensas, e as bailarinas Tatiana Bittencourt, Ivna Messina e o guitarrista Luciano Câmara, que formam o Olé Trio, viram-se confinados nas suas casas e obrigados a reavaliar as relações com seus ofícios. O fôlego – e a falta dele – permearam uma intensa troca de ideias e mensagens entre os amigos. As ideias motivaram pesquisas que suscitaram improvisos que, por sua vez, geraram vídeos. De forma remota, uma proposta foi ganhando corpo – e fôlego. Outros bailarinos foram convidados a se juntar à trinca, uma trilha sonora foi criada e algo começou a vir à tona. Esse ‘algo’ é o espetáculo Debaixo D’água, que une a arte flamenca à dança contemporânea e que fará quatro apresentações na Sala Municipal Baden Powell, em Copacabana, de 04 a 07 de agosto, quinta a domingo, com entrada franca. O projeto foi contemplado pelo edital de Fomento a Cultura (Foca), da Secretaria de Cultura da Prefeitura do Rio de Janeiro.
A dança flamenca espalhou-se pelo mundo e não é mais uma manifestação regional ou patrimonial da Espanha. O Flamenco é hoje Patrimônio Imaterial da Humanidade e tem fortes ramificações no Brasil. Uma delas é no Olé Trio, formado em 2019 por amigos de longa data. O diálogo entre a tradição e o contemporâneo permeia desde sempre os pensamentos da trinca e faz-se presente em Debaixo D’água. A reviravolta causada pela covid no mundo favoreceu ainda mais essa mistura. A eles juntaram-se os bailarinos Andressa Abrantes, Edney D’Conti e Israel Valdés. Avançadas as pesquisas, juntam-se ao grupo as musicistas Mariana Zwarg (flauta) e Georgia Camara (percussão) que acompanham Luciano Camara (violão) nas execuções e nos arranjos, criados por ele.
A sensação de sufocamento provocada por esses tempos sombrios surge através das diferentes linguagens exploradas em ‘Debaixo D’água’. No palco vazio é colocada à prova a relação entre o ser humano e um mundo submerso, que pode ser fascinante e ao mesmo tempo assustador, ora profundo e escuro, ora colorido e luminoso. De um lado a passionalidade e a explosão do flamenco em contraponto à suavidade e subjetividade da dança contemporânea. E o resultado é um gênero híbrido que não esconde as características dos estilos a partir dos quais se originou.
Sobre o Olé Trio:
Formado pelas bailaoras Ivna Messina (Vitória, ES) e Tatiana Bittencourt (Rio de Janeiro, RJ) e pelo guitarrista Luciano Câmara (Rio de Janeiro, RJ), o Olé! Trio realiza desde 2019 apresentações e criações de música e dança flamenca. A trinca já participou do projeto Curioso Musical, do Sesc, da festa Olé com Olé, na Casa Porto, e, entre 2020 e 2021, passou a se encontrar de forma remota, realizando vídeos postados regularmente nas suas redes sociais.
Ficha técnica:
Idealização: Ole trio
Direção Geral: Tatiana Bittencourt
Assistente de Direção: Ivna Messina
Direção Musical: Luciano Camara
Coreografias e bailarinos: Andressa Abrantes, Edney D’Conti, Israel Valdés, Ivna Messina e
Tatiana Bittencourt
Músicos: Luciano Camara (violão flamenco, composição e arranjos), Mariana Zwarg (flauta),
Georgia Camara (percussão)
Figurino: Patrícia Muniz
Iluminação e Operação de Luz: Rafael Turatti
Desenho de Som e Operação de Som: Branco Ferreira
Fotografia: Dalton Valério
Programação Visual: Nina Brasil
Assessoria de Imprensa: Christovam de Chevalier
Mídias Sociais: À Juliana
Direção de Produção: Aline Carrocino (Alce Produções)
Produção Executiva: Igor Veloso
Realização: Bárbaras Produções
Serviço:
Debaixo D’água
Apresentações: 04, 05, 06 e 07 de agosto, de quinta a domingo
Horários: quinta e sexta, às 20h; sábado às 20h30m e, domingo, às 20h
Onde: Sala Municipal Baden Powell (Av. N. Sra. de Copacabana, 360, Copacabana. Tel: 3111-2011)
Entrada franca (ingressos disponíveis uma hora antes de cada sessão)
Duração: 60 minutos
Classificação livre