Inspirado nas estéticas e no caráter cíclico das mitologias africanas, a obra teatral com autoria e atuação de Fernanda Dias, direção de Vilma Melo se desenvolve em torno da Rainha Dandaluanda.
Ao se deparar com episódios nefrálgicos na infância, fantasia um diálogo com o Baobá e é correspondida. A magia que emana da árvore de origem africana, invade a cena e faz com que a mulher Dandaluanda, também alimentada pela sua ancestralidade, valorize sua identidade negra e se torne rainha. A árvore milenar de galhos compridos e raízes fortes é a referência de suas ancestrais femininas, ensinou-lhes valores africanos que serviram como antídotos que a faz e despertar para uma nova vida. Primeiro, como menina; em seguida como mulher e finalmente como rainha.
“Podemos notar que no cenário cultural brasileiro os padrões e valores eurocêntricos dominam a cena. A carência de uma estética negra, neste campo, ainda é uma ação recorrente. Trata-se de um conjunto de engrenagens que silencia de modo subliminar as mulheres, principalmente as mulheres negras”
Serviço
- 9 de março – quinta-feira – 19h
- Sesc Ramos – R. Teixeira Franco, 38 – Ramos
- Ingressos: R$ 10 (Inteira) / R$ 5 (Meia )
- Classificação indicativa para maiores de 10 anos
Ficha técnica
- Dramaturgia e idealização: Fernanda Dias
- Direção: Vilma Melo
- Argumento: Simone Ricco
- Elenco: Fernanda Dias e Lidiane Oliveira
- Musicistas: Beà e Rapha Morret (stand in)
- Figurino: Clívea Choen
- Desenho de luz: Binho Schaefer
- Operador de luz: Victor Tavares
- Direção musical e percussão: Beà
- Coreografias: Fernanda Dias e Charles Nelson
- Concepção de cenário e projeto gráfico: Cachalote Mattos
- Produção executiva: Claudia Bueno
- Realização: SESC RJ