Crítica | Wonka

As aventuras do doceiro mais excêntrico do cinema, estreia nesta quinta-feira (07/12), em circuito nacional

por Alyson Fonseca
Wonka

Por: Gabriele Slaffer*

O excêntrico doceiro Willy Wonka ganha vida de maneira espetacular no filme Wonka, que estreia nesta quinta-feira, dia 7 de dezembro, em circuito nacional. Dirigido por Paul King (As Aventuras de Paddington), a película destaca a atuação cativante de Timothée Chalamet (Duna) como protagonista e a brilhante interpretação de Olivia Colman (A Favorita) como uma vilã engraçadamente perversa.

Diferenciando-se da adaptação de 2005, o longa-metragem cria uma personalidade única para Wonka, tornando-se uma trama envolvente que transporta o público para um mundo encantado, permitindo um esquecimento temporário dos problemas reais.

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Contada sob a forma de um musical, a história desenrola-se com Wonka retornando de uma viagem marítima e chegando à Galeria Gourmet, seu sonhado local para vender doces. Enfrentando a oposição de três magnatas do chocolate, o protagonista, agora mais herói do que a figura ambígua do conto original, se vê em apuros ao se hospedar na pousada da trambiqueira Srta. Scrubit, interpretada por Colman.

A trama se desenrola quando Wonka descobre que, ao se hospedar na pousada, praticamente vendeu sua alma ao diabo, sendo obrigado a trabalhar na lavanderia para quitar suas dívidas. Com uma reviravolta aparentemente simples, o filme conquista facilmente o espectador, mantendo a energia nas alturas graças à atuação envolvente de Chalamet e à atmosfera de esperança que permeia o enredo.

Além disso, a cenografia exuberante e os efeitos especiais contribuem para transformar a narrativa em algo mágico, construindo um mundo surrealista que se destaca pelos excessos visuais bem executados. A escalação do elenco é outro ponto alto, com Chalamet brilhando no papel principal, Colman demonstrando sua versatilidade como vilã e Rowan Atkinson (Mr. Bean) adicionando um toque especial como um padre chocólatra e corrupto.

O filme também se destaca por suas referências a outros clássicos, como Cantando na Chuva (1952), e pela criação de uma nova história de vida para o protagonista, diferentemente da versão de 2005. Essa mudança sutil no passado de Wonka impacta profundamente na construção do personagem e na empatia do público.

Em resumo, Wonka é uma excelente novidade de 2023, oferecendo uma experiência cinematográfica que agrada a toda a família. Paul King conseguiu harmonizar um enredo inovador, um elenco talentoso e cenários mágicos para criar um longa infantil que certamente será lembrado.

Assista ao trailer:

Para mais informações, acesse: www.wonkafilme.com.br

*Especial para o Sopa Cultural em São Paulo.

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