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Festival Internacional “Rio Cello” festeja 30 anos e ocupa alguns dos principais palcos da cidade do Rio

Entre 07 e 19 de agosto, o Festival Internacional Rio Cello vai celebrar o violoncelo em suas múltiplas expressões. O evento começa em Volta Redonda nos dias 07 e 08, e a partir do dia 09, concentra-se  na cidade do Rio de Janeiro. O público terá acesso gratuito a apresentações de expoentes da música de concerto como Mauro Senise, Gilson Peranzzetta, Thiago Wolf, OSB Jovem, Unicamp Cello Ensemble e as sopranos  Juliana Franco e Marina Cyrino, entre outros. Atrações internacionais também estão confirmadas como os cellisas Lars Hoefs e Dave Haughey (EUA), o violinista Russell Guyver (Londres), a pianista Lorna Griffitt (EUA), o Quarteto da Universidade de Manitoba (Canadá), Pandit Shubhendra Rao (Índia), Saskia-Rao Haas (Índia), o saxofonista Blas Rivera (Argentina) e muitos outros. O Cello Dance, a vertente de dança do festival, traz grandes nomes da área como a Cia de Dança Marcia Milhazes, entre outros.

O maior festival de violoncelos do país, idealizado e produzido pelo violoncelista inglês David Chew, está completando 30 anos com uma programação especial que inclui concertos, espetáculos de dança, exposições, masterclasses e workshops. Como nas edições anteriores, todas as atrações serão gratuitas. O evento mantém a sua proposta de oferecer música e arte para todos em alguns dos principais espaços culturais do Rio como Cidade das Artes, Museu da República, Teatros da UERJ e o Consulado Geral de Portugal.

O Rio Cello já se tornou parte do calendário da cidade, lançou uma série de tendências na área artística e foi um dos pioneiros na região em relação às ações de responsabilidade social relacionadas à música de concerto. Até hoje, o festival já atraiu mais de 1,5 milhão de espectadores, reuniu 12 mil músicos, realizou 900 concertos, 650 horas de workshops e masterclasses. Ao longo de sua extensa trajetória, o Rio Cello consolidou-se como uma plataforma multicultural que reúne qualidade, inovação artística e responsabilidade social.

“Estou muito realizado por celebrarmos os 30 anos do Rio Cello, festival de persistência e resistência, que celebra a força da nossa família, trazendo alegria e esperança aos jovens músicos. Estou especialmente grato pelo apoio de todos que acreditam no evento, que está aqui para trazer o melhor da música e da cultura para o nosso público, educando nossos jovens, respeitando suas diferenças, e garantindo um futuro mais pacifico e feliz,” declara o idealizador David Chew.

O Festival tem início  com o evento de abertura na Cidade das Artes (dia 09/08). A OSB Jovem e solistas convidados vão celebrar os 150 anos de nascimento do compositor inglês Gustav Holst, interpretando Holst Saint Paul ‘s Suite, além de Dvorak e Piazzolla. O saxofonista Allen Harrington vai abrir o concerto com a estreia mundial da obra The Flight of Eagles, elaborada pelo compositor David Ashbridge.

Outro destaque da programação é o concerto no Consulado Geral de Portugal com vários nomes de destaque do Festival e um repertório que vai de Bach a Piazzolla, passando por Villa-Lobos (12/08).

Esta edição do Rio Cello também vai homenagear os 50 anos do quarteto London Music Club, formado em Londres, em 1974, por David Chew (cello), Haroutune Bedelian (violino), Lorna Griffitt (piano) e Russell Guyver (viola). O concerto será no Museu da República (dia 13/08) com obras de Beethoven, Radamés Gnattali, Schumann e Villa-Lobos. 

Durante o evento, haverá o lançamento do álbum Villa – Lobos, concerto n.1, pelo duo Lars Hoefs (cello) e Aline Alves (piano), no Museu da República (dia 14/08). Além de Villa-Lobos, o público vai ouvir criações do mexicano Arturo Marquez e Lalo Schifrin – compositor e pianista argentino.

Neste ano, um dos grandes destaques é a vinda do grupo indiano Rao Trio, que vai tocar pela primeira vez no Brasil o cello indiano de 15 cordas. O trio é formado por Pandit Shubhendra Rao (cítara), Maestro Saskia-Rao Haas (cello indiano) e Ishaan Leonardo Rao (piano). Shubhendra é discípulo de Ravi Shankar, o maior citarista do mundo. A apresentação será Dia da Independência da Índia (15/08), no Teatro Odylo Costa Filho (UERJ), às 15h. 

No dia 18, no Museu da República, ícones da cultura inglesa serão celebrados no concerto To Be or Let it Be. Um medley dos Beatles será interpretado pelo Quarteto de Cellos da OSB Jovem, Quarteto de Cordas da OSB Jovem, David Chew, a pianista Claudia Tolipan e a soprano Marina Cyrino. Russel Guyver, maestro e professor da Universidade de Colorado (EUA), vai declamar um poema de Shakespeare. E um coral formado pelas crianças da Maré e da Escola Britânica vão cantar Let it be – canção dos Beatles composta por Paul McCartney.

O Cello Dance terá dois dias de apresentações com alguns dos maiores nomes da dança no país como Marcia Milhazes Cia de Dança, Danilo D’ Alma, Mônica Burity, Carlos Cabral, Felipe Padilha, além da dupla Raquel Reis (cello) e Mariana Lemos (artista de dança) de Portugal. Ao som do cello, os bailarinos vão realizar performances de dança contemporânea na UERJ (dia 17/08) e no Museu da República (dias 17 e 18/08). 

No Museu, durante o concerto e as performances, acontece o Cello Tinta (18/08). Será uma oficina de artes e pintura com crianças de projetos sociais convidados.  Moradoras de comunidades, elas aprendem sobre música de concerto por meio da arte, trabalhando ambos os sentidos, desenvolvendo suas habilidades artísticas e explorando novos estilos.

A festa de encerramento, a VIOLONCELADA, vai reunir 30 cellistas no palco da Cidade das Artes pela primeira vez, celebrando os 30 anos do Rio Cello (18/08). A noite vai contar com cellistas convidados, Cello Ensemble da OSB Jovem,  Conjunto de Violoncelos do Instituto Villa-Lobos UNIRIO e UNICAMP Cello Ensemble, Blas Rivera (piano e sax), a soprano Juliana Franco, a contralto Daniela Mesquita, o LMC Piano Quartet e as pianistas Aline Alves e Fernanda Canaud.

RIO CELLO

Radicado e apaixonado pelo Brasil há 43 anos, o violoncelista David Chew, fundador do Festival, mantém firme seu propósito de popularização da música clássica e de homenagear o maestro Villa-Lobos, sua maior inspiração. A proposta do evento é levar o poder de transformação social da música a espaços públicos e comunidades. Quando começou, era um encontro de violoncelistas, mas o projeto cresceu e hoje recebe diversos instrumentos e múltiplas linguagens artísticas. Desta forma, o Festival alcança seu principal objetivo que é incluir a música na vida diária de todas as pessoas. Em 30 anos, o festival já comprovou o seu sucesso, com recordes de público em eventos de música clássica no Brasil. 

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