O próximo show de lançamento do álbum “Pra Recomeçar” (Peneira Musical), com nove parcerias inéditas de Ana Costa e Lichote, será nesta sexta, 6 de setembro, às 19h, no Centro da Música Carioca Artur da Távola, na Tijuca, com entrada gratuita.
Este é o sexto disco solo de Ana desde 2006, quando despontou com “Meu Carnaval” (Zambo Discos) e foi eleita Cantora Revelação no Prêmio Rival Petrobras. De lá para cá, lançou o DVD “Pelos Caminhos do Som – Uma homenagem a Martinho da Vila” (Biscoito Fino, 2015) e participou de sete projetos especiais, entre eles o disco feminista “Eu sou mulher, eu sou feliz”, encabeçado por ela e Zélia Duncan, ao lado de convidadas como Alcione, Fernanda Takai, Daniela Mercury e Elba Ramalho.
Jornalista conhecido no meio pela qualidade das suas reportagens musicais, Lichote cravou a voz na faixa-título do álbum e vai soltar o gogó nas apresentações, numa participação que ele chama de “afetiva”.
Em setembro haverá mais uma noite para quem acompanha a carreira bem construída da cantora, compositora e violonista Ana Costa: no sábado, dia 14, na Areninha Hermeto Pascoal, em Bangu. E, para fechar o circuito de quatro shows, com recursos do Edital Viva o Talento, da Prefeitura do Rio, Ana cantará o novo repertório na sexta, 4 de outubro, na Arena Fernando Torres, em Madureira.
O Rio de Janeiro não é tão grande quanto parece porque quem compartilha as mesmas afinidades vive se esbarrando por aí a todo instante. E com esses dois não seria diferente. Mas a parceria para valer foi iniciada no Samba do Trabalhador, comandado por Moacyr Luz no Clube Renascença, no Andaraí. Ana enviou a melodia e Lichote devolveu com a letra meio caymmiana de “Ventá-ventô”: “Vento que venta lá/ Ó vai que venta cá/ Tem que saber ganhar”.
Logo depois, fizeram outra música juntos e já combinaram de degustar uma cervejinha no Bar do Momo, na Tijuca – considerado o “escritório” deste disco. “Era uma fase ainda difícil, estávamos saindo da pandemia e queríamos muito falar sobre coisas além do sofrimento daquele momento. Queríamos falar do futuro, da nossa ânsia de tempos melhores. Queríamos falar como cidadãos que vivem numa cidade tão louca como o Rio sob a perspectiva de seres urbanos que somos, cada uma na sua luta e na sua realidade pós caos”, rebobina Ana.
E falaram. E cantaram blues, xote, bossa nova e sambas. O que se ouve nessas nove composições – “Ventá-ventô”, “Andirá & Coaraci”, “Pela cor”, “Atravessando a harmonia”, “Só a maré”, “Este ano”, “Xote-soneto da mobilidade”, “O sol na mão” e a faixa-título, “Pra recomeçar” – evoca uma ideia de amanhã sonhada pela dupla.
Lichote diz que o disco “é um painel de canções que afirma uma declaração de princípios, um modo de existência que Ana e eu desenvolvemos por sermos brasileiros, cariocas, filhos da música popular que este país construiu”. Ele fala em alegria, movimento, nas ruas – sagradas e, por isso mesmo, profanas – e nos ciclos que alinhavam cada existência. “É uma honra e um prazer enorme ter construído essa história com Ana, essa parceira igualmente talentosa e generosa, que vive como canta e canta como vive”.
Nestes shows de lançamento, Ana Costa vai interpretar as parcerias e alguns de seus sucessos abraçada ao violão e acompanhada por Maurício Massunaga no violão, no bandolim e na direção musical, e de Mateus Xavier e Geiza Carvalho nas percussões.
PROGRAME-SE:
Dia 6 de setembro, às 19h – Centro da Música Carioca Artur da Távola | Rua Conde de Bonfim, 824 | Tijuca
Dia 14 de setembro, às 19h – Areninha Hermeto Pascoal | Praça Primeiro de Maio, s/n | Bangu
Dia 4 de outubro, às 19h30 – Arena Fernando Torres | Rua Bernardino de Andrade, 200 | Madureira
Patrocínio: Governo Federal, Ministério da Cultura, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e Secretaria Municipal de Cultura
Direção Geral: Zambo Cultural
Direção musical: Maurício Massunaga
Produção Executiva: Bianca Calcagni
Voz e violão: Ana Costa
Violão e bandolim: Maurício Massunaga
Percussão: Mateus Xavier e Geiza Carvalho
Participação: Lichote