Arte, Ecologia e Interação: ‘Ar Livre * Arte Livre’ Transforma o Museu Carmen Miranda em Palco de Experiências Artísticas

Intervenções artísticas, debates e cinema ocupam o espaço público no Aterro do Flamengo em um dia de programação gratuita

Projeto Rede - João Modé
Projeto Rede - João Modé

No dia 28 de setembro, das 11h às 18h30, o Museu Carmen Miranda será palco da segunda edição do projeto ‘Ar Livre * Arte Livre’, reunindo intervenções artísticas, debates e exibições de filmes. O evento, que tem entrada gratuita e classificação livre, será uma oportunidade para o público interagir com obras e participar de conversas que exploram as relações entre arte, ecologia e os espaços urbanos.

Durante o evento, oito artistas – Deborah Engel e Siri, João Modé, Julio Callado, Laura Lima, Maria Laet, Maxwell Alexandre e Zé Tepedino – realizarão intervenções efêmeras no parque do museu, criando obras que estimulam a interação e a participação do público. Entre os destaques, Deborah Engel e Siri apresentarão uma obra entre as árvores do parque, enquanto João Modé convidará o público a criar uma rede de fios de lã. Laura Lima trará uma ação performática, e Julio Callado criará uma instalação com gelo.

Já Maxwell Alexandre, artista nascido e criado na Rocinha, levará para o ‘Ar Livre * Arte Livre’ a instalação “Encruzilhada”. São 14 piscinas Capri de dimensões variadas que ficarão à disposição do público para quem quiser se banhar nelas. Por esse motivo, os organizadores pedem ao público que venham para o evento com roupas de banho.

A programação do dia também inclui um pic-nic coletivo com uma roda de conversa sobre educação fora de muros com educadores e creches parentais, seguido de debates dentro do museu sobre o Aterro do Flamengo e seus contextos históricos. Especialistas como Ana Luiza Nobre, Jorge Barbosa e Brenda Vitória discutirão a memória do espaço, e a pesquisadora Jessica Gogan abordará o histórico “Arte no Aterro” de 1968.

No final da tarde, serão exibidos filmes como Calabouço, de Gin Spina e Diego Crux, que reflete sobre o apagamento de memórias públicas do Rio, e Uma Maldição Tropical, de Darks Miranda, que confronta dois projetos de nação brasileiros. Outras produções de Zé Tepedino, Nour Ouayda, Traplev e Guga Ferraz também serão exibidas.

Realizado pela Temporary Art Platform (TAP) e pelo Juntes na Cultura, uma cooperação entre o Goethe-Institut e o Consulado da França no Rio de Janeiro, o projeto visa explorar a interseção entre arte contemporânea, engajamento social e o espaço público. A curadoria é de Amanda Abi Khalil com o artista-interlocutor Traplev.

O evento coincide com a feira Italianissimo no mesmo lugar com barracas de culinária, artesanato e apresentações culturais.

Serviço:

Ar Livre * Arte Livre

  • Local: Museu Carmen Miranda, Aterro do Flamengo
  • Data: 28 de setembro de 2024
  • Horário: das 11h às 18h30
  • Capacidade: até 1000 pessoas
  • Entrada gratuita, classificação livre
  • Instagram: @arlivre.artelivre
  • Realização: Temporary Art Platform e Juntes na Cultura (Goethe-Institut e Consulado da França no Rio de Janeiro).
  • Curadoria: Amanda Abi Khalil

Artistas

Maxwell Alexandre

Graduou-se em Design pela PUC-RJ e entrou no circuito de arte contemporânea em 2017. Vencedor do Prêmio PIPA em 2021, já expôs em instituições como Guggenheim Abu Dhabi e Pinacoteca de São Paulo. Suas obras são vistas como orações.

Julio Callado

Artista multimídia, formado pela EBA-UFRJ, integrou o coletivo OPAVIVARÁ! e expôs em museus como TATE Liverpool e Guggenheim, Nova York. Desde 2022, explora materiais como plásticos para criar esculturas sensoriais e interativas. 

Zé Tepedino

Transita entre formas abstratas e instalações. Seu trabalho poético evoca uma familiaridade figurativa, presente em exposições como a Bienal do Mercosul e a Trienal de Aichi. Sua obra é marcada por um diálogo entre materiais e o presente.

João Modé

Atua com uma pluralidade de linguagens, participando de bienais em São Paulo, Mercosul e Aichi. Seu trabalho envolve a participação do público em projetos como “REDE” e “Constelações”. Já expôs em museus no Brasil e exterior.

Laura Lima

Usa seres vivos como matéria em suas obras, desafiando conceitos de performance e instalação. Participou de exposições no MACBA, Fundação Prada e ICA Miami. Sua obra explora relações entre comportamento humano e espaço.

Maria Laet

Trabalha com intervenções sutis e gestos, utilizando desenho, gravura, fotografia e vídeo. Participou da 33ª Bienal de São Paulo e Bienal de Sydney. Suas obras tratam de tempo, memória e a relação entre corpo e espaço.

Guga Ferraz

Explora em sua obra a violência urbana e a relação entre o indivíduo e a cidade. Formado em Escultura pela UFRJ, já expôs no Rio e no exterior, revelando os processos de transformação urbana da cidade.

Gian Spina

Nascido em São Paulo, atualmente vive em Beirute, onde desenvolve projetos pedagógicos e artísticos. Seu trabalho explora narrativas sociais e políticas através de uma abordagem interdisciplinar.

Diego Crux

Artista de Parada de Taipas (SP), pesquisa identidade e vivências coletivas. Trabalha com fotografia, vídeo, design e palavras, construindo narrativas pessoais e questionando limites e contradições em seus cruzos artísticos.

Deborah Engel

Investiga a fotografia expandida e o cinetismo. Suas obras criam uma experiência sensorial e poética, levando o espectador a explorar a tridimensionalidade das imagens. Formada em História da Arte e Psicologia.

Ricardo Siri

É artista sonoro e visual, explorando escultura, instalação e performance. Formado em percussão, traz elementos musicais para sua obra, já exposta em museus como o MAM-Rio e Victoria and Albert Museum.