A Orquestra Johann Sebastian Rio inicia as comemorações dos seus 10 anos com um concerto especial que acontece no dia 7 de dezembro, sábado, no Teatro Adolpho Bloch. Abrindo o programa serão apresentadas obras de dois dos maiores expoentes do período barroco italiano, Arcangello Corelli e Giuseppe Torelli, representantes da tradicional forma musical denominada Concerto Grosso. Tanto o Concerto Grosso Opus 6, nº 8, de Corelli, quanto o Concerto Grosso Opus 8, nº 6, de Torelli foram escritos especificamente para o período do Natal. Obras de grande sensibilidade, abordam com maestria a atmosfera festiva natalina.
O programa apresenta ainda As Quatro Estações Portenhas (1965-1970), do compositor argentino Astor Piazzolla (1921-1992) – originalmente criada para violino, guitarra elétrica, piano, baixo e bandoneón. A obra é dividida em quatro partes: Verão Portenho (1964), Outon Portenho (1969), Primavera Portenha e Inverno Portenho (1970). A peça não foi criada a princípio como uma suíte em quatro movimentos, mas é apontada frequentemente como um contraponto moderno à célebre obra de Vivaldi, As Quatro Estações. O termo ‘portenho’ refere-se à cidade de Buenos Aires, na qual Piazzolla se estabeleceu a maior parte da vida e absorveu suas principais referências musicais ligadas ao tango e ao clássico – que mesclou aos elementos de jazz trazidos do tempo em que viveu em Nova York.
A orquestra: JOHANN SEBASTIAN RIO
O nome da orquestra é uma homenagem ao compositor alemão Johann Sebastian Bach e à cidade do Rio de Janeiro. “Sebastian” também faz referência ao padroeiro São Sebastião e a palavra bach, em alemão, significa pequeno rio, riacho.
A Johann Sebastian Rio é uma orquestra barroca, tendo junto aos naipes das Cordas a presença nobre do Cravo. Ao mesmo tempo é também uma orquestra única, que apresenta em sua formação o Violão e uma percussão genuinamente brasileira. Com sua versatilidade e identidade sonora característica, a orquestra transita com propriedade nos mais variados estilos da música popular e da música de concerto.
A orquestra foi criada em novembro de 2014 pelo seu diretor artístico, o violinista e regente Felipe Prazeres; por Ivan Zandonade, diretor executivo, violista e principal arranjador do grupo; pela escritora e produtora Vanessa Rocha e pelo violista Eduardo Pereira.
A renovação do público da música clássica e a diversificação das formas de apresentação da música de concerto são objetivos da Johann Sebastian Rio. Ao longo dos seus primeiros 10 anos, a orquestra produziu espetáculos que integram música e imagem com vários recursos, tais como, iluminação, design e interação com outras artes, como a dramaturgia. Merecem destaque ainda as séries de vídeos com conteúdos exclusivos nos canais da orquestra na internet.
Apresenta-se com frequência nas principais salas de concerto cariocas, como Theatro Municipal do Rio de Janeiro, Cidade das Artes, Teatro Riachuelo e Sala Cecília Meireles, entre outras, e participou dos mais importantes festivais do país, como o de Campos do Jordão e do Festival Internacional de Música do Pará, este como orquestra residente. Em 2024 a Johann Sebastian Rio teve sua estreia internacional no famoso Rheingau Festival, na Alemanha, o que trouxe grande visibilidade à orquestra e o convite para diversas apresentações já em 2025 em importantes palcos europeus.
Atualmente o grupo é formado por 19 músicos, todos experientes e reconhecidos entre os principais conjuntos sinfônicos cariocas e brasileiros, integrantes da Petrobras Sinfônica, Orquestra do Theatro Municipal, Sinfônica da UFRJ, Sinfônica Brasileira e Sinfônica Nacional.
Diretor Artístico: Felipe Prazeres
Um dos mais conceituados músicos de sua geração, Felipe Prazeres é maestro titular da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, além de atuar frequentemente como regente da Orquestra Petrobras Sinfônica, onde é violinista “spalla” desde o ano 2000. Na Petrobras Sinfônica foi maestro assistente de Isaac Karabtchevsky, entre 2014 e 2018. É um dos fundadores da Academia Juvenil, projeto socioeducativo que oferece formação gratuita para jovens entre 15 e 20 anos, oriundos de escolas de música e orquestras comunitárias. No Theatro Municipal do Rio de Janeiro, onde atua como titular desde 2022, foi regente e diretor musical das óperas O Barbeiro de Sevilha, de Rossini, Carmen, de Bizet, e O Elixir do Amor, de Donizetti além de ter atuado como regente nas últimas três últimas Aberturas de Temporada. Em 2023 regeu a Sinfônica do Theatro Municipal e OSB juntas em um concerto dedicado a Berlioz e Wagner. Com a Johann Sebastian Rio dirige concertos com repertório de todas as épocas, mas com especial atenção à música barroca e à música brasileira. Merece destaque a gravação em 2023 do álbum Sambach, com o premiado violinista alemão Linus Roth, tendo sido apresentado em agosto de 2024 no renomado Rheingau Musik Festival, na Alemanha.
Solista: Priscila Plata Rato (violino)
Violinista, natural do Rio de Janeiro, é spalla da Orquestra Sinfônica Brasileira, da Orquestra Sinfônica da UFRJ e mestre pela Universidade Federal da Bahia. Graduou-se pela Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro (2011) e em seguida aperfeiçoou seus estudos na International Menuhin Music Academy (2011 a 2013), na Suíça, na classe de Maxim Vengerov e Liviu Prunaru (spalla da Orquestra Concertgebouw de Amsterdam). Neste período, foi integrante da Camerata Menuhin e participou também da Gstaad Festival Orchestra, realizando concertos em toda a Europa. Atuou como solista com as seguintes orquestras: Sinfônica Brasileira (OSB), Sinfônica do Estado de São Paulo (OSESP), Sinfônica da Bahia (OSBA), Orquestra Sinfônica Nacional Sodre (Montevidéu/Uruguai), Sinfônica de Minas Gerais (OSMG), Sinfônica de Porto Alegre (OSPA), Petrobras Sinfônica (OPES), Johann Sebastian Rio, Sinfônica de Campinas (OSC), Camerata Antiqua de Curitiba, Orquestra de Câmara do Amazonas (OCAM), entre outras. Foi spalla da Orquestra Sinfônica da Bahia por sete anos e atua ativamente como solista e camerista por todo Brasil. Já tocou ao lado de Antonio Meneses, Liviu Prunaru, Leonardo Hilsdorf, Cristian Budu, Érika Ribeiro, entre outros.
Teatro Adolpho Bloch
Localizada no histórico Edifício Manchete, na Glória, Rio de Janeiro, projetado por Oscar Niemeyer e com paisagismo de Burle Marx, o Teatro Adolpho Bloch é palco de momentos célebres da nossa cultura. Desde maio de 2019, o Instituto Evoé é responsável por devolver ao Rio de Janeiro esse espaço icônico, porém ainda mais moderno, transformado num complexo cultural. Graças à genialidade de Niemeyer, que criou um palco reversível, tornou-se possível, em um período desafiador, como a pandemia, promover espetáculos e eventos tanto na área externa, ao ar livre, quanto na interna. Ou nas duas ao mesmo tempo, em formato arena, proporcionando aos artistas, produtores, além dos cariocas e turistas, múltiplas formas de se criar e consumir arte e entretenimento. A construção é um ícone carioca – na arquitetura e na história que carrega.
Único teatro na cidade do Rio de Janeiro que possui um palco reversível, permitindo que o público se acomode na área externa da casa de espetáculos, o Teatro Adolpho Bloch ganhou, em 2021, o formato arena, com capacidade para 359 lugares internos e 120 externos e um palco de 140m², equipado com a melhor estrutura. O espaço abriga ainda bistrô Bettina Café & Arte.
Serviço:
Nome: Orquestra Johann Sebastian Rio
Data: Sábado, 07 de dezembro às 19h
Classificação: Livre
Duração: 90 minutos