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Com o objetivo de doar / ceder um espaço para quem ainda não sentiu o clima de tocar e ou cantar em público ao vivo, na rua, em uma roda de samba, Victor Diamanti idealizou o Projeto Terreiro. A iniciativa faz com que os “novos sambistas” vençam a timidez e o medo de errar. O encontro acontece todas as quartas-feiras, a partir das 17h, no Bar Dinho & Theo, que fica na Boulevard 28 de Setembro, 267, loja A. “O Projeto Terreiro, que também pode ser realizado em outros bairros e ou cidades do Rio de Janeiro, surgiu da necessidade e dificuldade que um aprendiz tem de tocar em uma roda de samba logo que termina uma oficina de música, pois geralmente os grupos/as rodas profissionais/tradicionais não costumam dar espaço para os que começaram a tocar um instrumento ou também aqueles que curtem cantar/puxar uma música. A princípio, o Terreiro só acontece no bairro de Noel Rosa, porém a ideia é não ter fronteiras”, comenta Victor.
“Fundamos o Terreiro porque queremos manter a tradição de uma roda de samba, que simboliza união entre as pessoas e perpetua nossa identidade. Assim como Noel Rosa, Martinho da Vila e tantos outros imortais, pretendemos revelar novos nomes e novos talentos artísticos em Vila Isabel e ou em toda a cidade do Rio de Janeiro. Tocar e cantar sem ser julgado faz com que a liberdade criativa seja aflorada nas almas das pessoas”, afirmam Kleber Magno e Daniel Machado.
O encontro dos novos sambistas tem como fundadores Kleber Magno, Daniel Machado, Wagner Brandão, Lucy Martins, Breno Souza, Rosemary, Adília Matos e Maria Coelho. Cada roda de samba recebe em média 20 participantes entre harmonia e percussão e 65 pessoas já passaram pelo Projeto Terreiro de Vila Isabel. Entre os instrumentos mais tocados destacam-se o banjo, cavaco, violão, pandeiro, tantã, tamborim, reco-reco, chocalho, agogô e entre outros. Já os diferenciados e de rara presença são cuíca, repiques (anel / mão) e instrumentos de sopro.
Para participar é só chegar com o seu instrumento, contudo o músico é orientado a duas únicas regras: volume e comportamento. Ele deve tocar em um volume que consiga ouvir o colega ao lado, ocupando os espaços dentro da música. E no quesito comportamento, não deve ficar reparando os erros alheios, não cortar o colega que estiver cantando, usar o celular somente se for filmar parte da apresentação e puxar músicas que ele saiba cantá-las na íntegra. Mas entrar e sair da roda de samba é totalmente livre. O novo integrante também deve solicitar sua inclusão no grupo para acompanhar notícias e repertório.
Serviço:
Projeto Terreiro
Totalmente gratuito – requisitos mínimos – trazer seu próprio instrumento e ou sambar cantar
Local – Bar Dinho & Theo, que fica na Boulevard 28 de Setembro, 267, loja A
Data – todas as quartas-feiras
Horário – a partir das 17h