A busca pelo amor verdadeiro nas grandes metrópoles e a poesia extraída da dor de se sentir só permeiam os textos do jornalista, dramaturgo e escritor gaúcho Caio Fernando Abreu (1948-1996), que deixou uma extensa obra, composta por contos, romances, novelas e peças teatrais. O elogiado espetáculo “Solidão de Caio F.”, que encerra temporada, neste domingo (dia 16/02), no Ateliê Alexandre Mello, em Laranjeiras, põe um foco nesse recorte. A peça une dois contos do autor sobre o tema (“Uma praiazinha de areia bem clara, ali, na beira do sanga” e “Dama da Noite”), além de cartas escritas entre 1987 e 1990. Com direção de Alexandre Mello e roteiro de Hilton Vasconcellos, a montagem evoca imagens de uma época de homofobia explícita por conta da desinformação sobre a Aids e da grande dor existencial desta geração que viveu o golpe militar e a decadência das artes e da cultura no país.
Na trama, um único homem, o escritor, desdobra-se em dois personagens, que estão em um mesmo ambiente, mas não se encontram, por pertencerem a contos diferentes. Os atores Hilton Vasconcellos e Rick Yates são cérebro e coração do autor, num mesmo espaço-tempo, contracenando indiretamente. Quando um é autor, o outro é personagem e vice-versa. A encenação optou por explorar uma imagem bastante popular da famosa tela de Van Gogh, que retrata seu quarto, como suporte para a cena de Caio F. Os personagens habitam esse mesmo quarto, onde suas memórias e impressões do mundo e da vida se expressam através das imagens daqueles tempos. No espaço, também haverá uma exposição sobre o escritor, com textos, projeções e músicas de artistas citados em suas cartas e contos, de Maria Bethânia e Maysa a Fassbinder e Oscar Wilde.
“Este monólogo-tributo foi escrito durante a pandemia, quando a palavra de Caio parecia “gritar pelos cantos’’. Suas crônicas e cartas nos anos 1990 denunciavam a ignorância em torno de um vírus, também desconhecido, e desmascaravam a covardia dos que usavam a epidemia para impor o ódio e o preconceito. O universo de Caio é o mesmo dos que insistem em continuar, dos que tentam não sucumbir às mazelas diárias”, descreve Hilton Vasconcellos que, em 2012, ficou oito meses em cartaz na peça “Homens de Caio F.”, dirigida por Delson Antunes. “As palavras de Caio parecem ter sido feitas para as ações que nascem no coração. Tudo ali é à flor da pele e nos emociona. O que é descritivo nos seus textos é cinematográfico, gerando imagens que ativam todos os nossos sentidos. Minha paixão pela obra dele é de longa data”, acrescenta Rick Yates.
Caio Fernando Abreu é um dos mais importantes escritores brasileiros contemporâneos. Se estivesse vivo completaria 77 anos em 2025. Inovador, Caio F imprimia em seus contos uma narrativa cinematográfica, detalhada, delicada e ácida. Caio integra uma geração, que vai dos hippies, passando pelos “punks” e “clubbers” até ser devorada pela Aids nos anos de 1980/90. Seus contos têm imagens potentes, são histórias cinematográficas da solidão de seus personagens na selva urbana. “Caio surge como autor, sob a censura moralista da decadente ditadura militar no Brasil. Embarca numa espiral de afã por liberdade e justiça, amor livre e luta contra a homofobia, mas sua obra segue uma “via negativa”. Seus personagens são anti-heróis urbanos, “loosers”. A obra de Caio F. responde com sensibilidade à demanda de liberdade de seu tempo e continua atualíssima”, reforça Alexandre Mello
Ficha técnica:
- Texto: Hilton Vasconcellos, a partir da obra de Caio Fernando Abreu
- Direção, iluminação e trilha sonora: Alexandre Mello
- Assistência de direção: Tiago Abreu
- Preparação corporal e coreografia: Filipe Peccini
- Atores: Hilton Vasconcellos e Rick Yates
- Produção: Ateliê Alexandre Mello
- Figurinos: Ticiana Passos
- Cenário: Pedro César Lima
- Assessoria de imprensa: Rachel Almeida (Racca Comunicação)
- Fotógrafo: Felipe O’Neill
- Programação Visual: Patrícia Heuser
- Cenotécnico: Renato Darin
- Eletricista: Boyjorge
- Apoio: Usina D’Arte produções artísticas
- Serviço:
- Espetáculo: Solidão de Caio F
- Temporada: 24 de janeiro a 16 de fevereiro de 2024
- Ateliê Alexandre Mello: Rua Alice, 1.658/201 – Laranjeiras
- Telefone: (21) 99255-9036 / (21) 98272-0499
- Dias e horários: sexta e sábado às 20h30 e domingo, às 19h30. A casa abre 30 minutos antes das sessões e o bar funciona antes e depois do espetáculo.
- Ingressos: 50 (inteira) e 25 (meia-entrada).
- Capacidade: 25 pessoas
- Duração: 55 minutos
- Classificação etária: 12 anos
- Venda de ingressos: no Sympla e no local sujeito à lotação
Observações sobre o local do evento: O Ateliê Alexandre Mello fica na subida da Rua Alice, ponto de referência: bem em frente ao Residencial Redentor – lar de idosos. Pode-se subir de uber, táxi ou ônibus, linhas 133 e 507, saindo do Largo do Machado. O local não conta com estacionamento próprio, estando a cargo de quem for de carro estacionar na calçada. Para acessar o andar é necessário subir três lances curtos de escadas.
“Eu sou Thelma e ela é minha Louise” em 5 apresentações no Complexo Cultural FUNARTE sP, dias 19, 20 e 21 de fevereiro
Eu sou Thelma e ela é minha Louise – Foto de Renato Batata
O espetáculo Eu sou Thelma e ela é minha Louise celebra a força da amizade feminina diante dos desafios da vida. Após sua estreia no Sesc Santo Amaro em 2024, a peça chega ao centro de São Paulo com apresentações de quarta a sexta-feira, no Complexo Cultural Funarte SP, nos dias 19, 20 e 21 de fevereiro, às 20h. O trabalho da RIMA Coletiva, criado e protagonizado por Rita Batata e Mariana Leme, inspira-se no clássico filme Thelma & Louise, dirigido por Ridley Scott em 1991.
Na montagem, a equipe criativa, inteiramente feminina, aprofunda a pesquisa da companhia sobre as múltiplas linguagens da cena contemporânea. Conforme a história avança ao longo dos anos, a linguagem cênica também se modifica.
“A encenação se constrói na interseção de diferentes linguagens: no diálogo, na relação direta com o público, na materialidade dos nossos corpos, no humor, no drama e na fragmentação do discurso. Brinco que colocamos nesta peça todos os espetáculos que sempre quisemos fazer. Uma dinâmica que se entrelaça para criar uma experiência que, assim esperamos, transborda o palco e reverbera no espectador”, explica a diretora e atriz Mariana Leme.
“Dessa forma, a polissemia do espetáculo convoca o público a permanecer em estado de atenção, preenchendo as lacunas com sua própria imaginação. Queremos despertar a Thelma e a Louise que moram em cada espectador”, complementa a dramaturga e atriz Rita Batata.
A trama acompanha a amizade entre Vera e Madu, que se conhecem ainda nos anos 90. Assim como no filme, um abuso sexual altera o rumo de suas vidas. Com o passar dos anos, a história revela a trajetória das filhas dessas duas amigas, Teresa e Luiza.
A peça não é uma autoficção nem uma adaptação teatral do filme, mas uma dramaturgia original tecida a partir de histórias reais de mulheres, utilizando as linguagens da cena contemporânea para explorar a relação entre ficção e realidade. As personagens se lançam em um futuro hipotético, imaginando como seriam suas vidas se não tivessem enfrentado certas violências.
A concepção visual do espetáculo explora um espaço-tempo não linear, criando uma plasticidade que apoia os deslocamentos subjetivos da obra. Ao fundo do espaço cênico, uma instalação com elementos de luz e a imagem de uma estrada em tecido translúcido remetem tanto ao para-brisa de um carro em movimento quanto à capacidade da memória de reeditar passado, presente e futuro com cores saturadas e vibrantes. Na cena, elementos essenciais tornam-se ora simbólicos, ora funcionais.
As atrizes permanecem sempre no espaço cênico e, juntas, contam uma história que se inicia no contexto do filme hollywoodiano, transita pela ficção e se completa com nuances biográficas, retratando o tema da amizade em um intercâmbio declarado entre intérpretes e personagens.
Os figurinos utilizam principalmente o jeans, um tecido resistente que perdura por diversas gerações, contribuindo simbolicamente com a ideia de hereditariedade e construção conjunta de memórias e experiências. Peças de roupas antigas foram transformadas por meio da técnica de upcycle, resultando em novas vestimentas com estética moderna e única.
Parceria com a Funarte
A relação da RIMA Coletiva com a Funarte é marcada por uma colaboração contínua. Em 2022, a companhia foi premiada por seu histórico, iniciando a pesquisa que levou ao desenvolvimento deste espetáculo. Com o apoio do Programa Laboratório da Cena, as artistas abriram o processo criativo ao público no Complexo da Funarte/SP. Em 2024, foram convidadas para a Semana Funarte Mulher, onde apresentaram dois ensaios abertos no Teatro de Arena Eugênio Kusnet. As apresentações de fevereiro no Complexo Cultural Funarte SP celebram essa parceria, representando um marco significativo na trajetória da companhia.
Sinopse
A peça aborda a amizade entre mulheres por meio da trajetória de Vera e Madu que se inicia nos anos 90. Ao longo das décadas, a história acompanha suas filhas, Teresa e Luiza, até chegar aos dias atuais. Assim como no filme “Thelma & Louise”, um abuso sexual altera o rumo de suas vidas.
Ficha Técnica
- Dramaturgia e Atuação: Rita Batata
- Direção e Atuação: Mariana Leme
- Direção de Arte e Figurino: Bia Pieratti e Carol Roz
- Desenho de Luz: Aline Santini
- Trilha Sonora Original: Camila Couto
- Direção de Movimento: Ana Paula Lopez
- Orientação Corporal: Gisele Calazans
- Assessoria de Imprensa: Pombo Correio
- Fotos de estúdio: Carmen Campos
- Design: Juliana Mesquita – Aldeia Hum Design
- Idealização e Produção: RIMA Coletiva
Serviço
Eu sou Thelma e ela é minha Louise, com RIMA Coletiva
- Temporada: 19, 20 e 21 de fevereiro
- De quarta a sexta, às 20h
- Complexo Cultural Funarte SP – Alameda Nothmann, 1058, Campos Elíseos
- Ingressos: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia-entrada)
- Venda Sympla ou na bilheteria do teatro https://www.sympla.com.br/produtor/rimacoletiva
- Na bilheteria da Funarte aceitam dinheiro ou pix
- Classificação: 16 anos
- Duração: 80 minutos
- Capacidade: 70 lugares
- Acessibilidade: espaço acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida
Mário Negreiro em São Paulo
O artista, Macunaíma, Mário de Andrade e o teatro paulista contemporâneo são camadas da montagem em diálogo com uma série de projeções de imagens
Mário Negreiro – Foto: Marcelle Cerrutti
Em MÁRIO NEGREIRO, a busca por uma identidade cultural brasileira, tendo o grande artista multifacetado Mário de Andrade como interlocutor, é pano de fundo para que o ator Anderson Negreiro traga à cena um debate sobre racismo estrutural e resgate de apagamentos históricos.
No palco, Anderson Negreiro, ressalta um Mário de Andrade que se distancia das ideias do colonizador e se aproxima do interior do Brasil projetado nas periferias paulistanas. O ator “reencontrou” Mário de Andrade quando deu vida ao modernista no documentário 22 em XXI, de Hélio Goldsztejn: “Nas filmagens tive contato com novos materiais e ideias de Mário de Andrade, o que me instigou a reler sua obra clássica, Macunaíma”. O livro permeia todo o espetáculo, conta Anderson.
Trilogia Modernista
Contemplada pelo Prêmio Zé Renato de Teatro da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, a montagem integra a Trilogia Modernista, que já contou com a encenação de Tarsila ou a Vacina Antropofágica, de Viviane Dias (indicada ao Prêmio Shell de Teatro na categoria Dramaturgia).
No espetáculo, Macunaíma, inexaurível, será ainda fonte de inspiração, especialmente em sua linguagem e nas maneiras como Mário trata dos inúmeros problemas do Brasil advindos da colonização – relacionando tanto a importação de modelos socioeconômicos com a submissão cultural e desconhecimento do Brasil profundo.
“Nos falta (ainda) um caráter nacional? Buscamos, como outras peças do projeto, a ideia do diálogo e a cultura da viagem (o encontro com o outro) como tema e linguagem. Nossa ideia é nos focarmos na perspectiva de um Mário de Andrade erudito (e embranquecido) e mais uma conversa entre mim, artista, preto, hoje, em busca de resgate de apagamentos históricos e o modernista Mário”, destaca o autor e diretor.
Sinopse
Anderson Negreiro regressa ao passado e ao bairro da sua infância, Casa Verde Alta, zona norte de São Paulo, para entregar a um amigo de infância o livro Macunaíma, de Mário de Andrade. Nesse percurso, realidade, ficção e trechos do livro se confundem numa cidade que tem seus problemas agravados pela modernidade que supostamente deveria ter superado os traumas da colonização.
Sobre Anderson Negreiro
Graduado pelo curso de Comunicação das Artes do Corpo, em Teatro e Dança pela Pontifícia Universidade Católica (PUC/SP), participou de vários cursos, oficinas e workshops no Brasil e em países, como Alemanha, Itália, México, Chile, Colômbia e cursos com Eugênio Barba e Jan Ferslev do Odin Teatret (Dinamarca) e Parvathy Baul da Índia. Integrou a companhia Estelar de Teatro por 14 anos. Entre os espetáculos em que atuou destaque para O Longo Caminho que vai de Zero a N(2023 Centro Cultural Fiesp – SESI), direção Jé Oliveira; Elevador Social (2022 Rio de Janeiro), direção Danilo Moraes; O Beijo no Asfalto (2019 Sesc), direção de Bruno Perillo; A Gente Submersa e O Santo Dialético (2017), direção de Marcelo Marcus Fonseca; O Minuto Depois (2011), direção de Adriana Azenha; O Longo Caminho que vai de Zero a N (2013), direção de Wanderley Damasceno (indicado ao prêmio de melhor ator no Festival de Teatro de São Paulo); e além das montagens Matriarcado-América! No se puede descolonziar sin despatriarcalizar; Matriarcado de Pindorama; Invasores de Sistemas, Frida Kahlo – Calor e Frio e Caim, todas da Estelar de Teatro.
Serviço:
MÁRIO NEGREIRO
- Até 27 de fevereiro, quartas e quintas às 21h
- 75 minutos | 14 anos
- Ingressos: R$ 50 (inteira), R$ 25 (meia) e R$ 15 (Credencial Plena)
- Auditório do Sesc Vila Mariana – Rua Pelotas, 141 – Vila Mariana, São Paulo.
- Vendas nas bilheterias do Sesc e pelo site do Sesc.
- https://www.sescsp.org.br/programacao/mario-negreiro/
FICHA TÉCNICA:
- Texto – Anderson Negreiro
- Direção: Anderson Negreiro
- Vídeo-Cenários: Vic Von Poser
- Provocação Cênica: Viviane Dias e Ismar Rachmann
- Provocação dramatúrgica: Jé Oliveira
- Atuação: Anderson Negreiro
- Voz off: Jé Oliveira
- Atuação em vídeo: Sandra Corveloni e Ismar Rachmann
- Trilha sonora: Gabriel Moreira
- Criação de Luz: Anderson Negreiro e Jorge Leal
- Figurinos: Éder Lopes
- Cenário: Anderson Negreiro e Éder Lopes
- Consultoria de movimento: Débora Veneziani
- Operação de luz: Renato Banti
- Operação de som e vídeos projeções: Tomé Souza
- Coordenação de Produção: Anderson Negreiro e Mosaico Produções
- Produção Executiva: Catarina Milani
- Produção Administrativa: Cícero de Andrade
- Assessoria de Imprensa: Rafael Ferro e Pedro Madeira
- Fotografia: Marcelle Cerrutti
- Arte Gráfica: Mau Machado
- Assessoria de imprensa: Rafael Ferro e Pedro Madeira
Anacã Companhia de Dança faz nova temporada do espetáculo Principiar no Teatro PauloFiró
Principiar – Foto: Lucas Derosa e Júlia Kohl
Buscando revisitar a sua trajetória, a Anacã Companhia de Dança volta em cartaz com seu primeiro espetáculo, “Principiar”. O trabalho faz apresentações gratuitas entre os dias 21 e 23 de fevereiro, na sexta e no sábado, às 21h, e, no domingo, às 19h, no Teatro Paulo Eiró (Av. Adolfo Pinheiro, 765 – Santo Amaro, São Paulo – SP).
O espetáculo ganhou os palcos pela primeira vez em 2013 e retoma a circulação por incentivo do Governo do Estado de São Paulo, da Secretaria de Cultura e Economia Criativa e do ProAC. A obra foi revisitada com uma nova geração de bailarinos, consolidando o legado e o amadurecimento da companhia.
“Nós falamos sobre começos e recomeços. Focamos principalmente nas relações interpessoais e na nossa conexão com o mundo espiritual, que é o que nos faz ter esperança”, conta Edy Wilson de Rossi, que assina a coreografia, os figurinos e a cenografia.
Explorando o estilo jazz contemporâneo, “Principiar” evoca as sensações de descoberta na expectativa de sentir a vida. Para o grupo, o movimento toca o pensamento e, por isso, é preciso seguir em frente sem medo. “É quase como um manifesto para termos coragem de sermos os autores das nossas vidas”, completa.
No elenco estão Alexssandro Silva, Beatriz Ribeiro, Bianca Mendes, Bruno Eduardo, Camila Trentini, Clara Bonifácio, Clara Castelo, Gabriela Leite, Guilherme Baldibia, Izy Oliveira, Lucas Cardoso, Mariana Morgado e Rafael Luz.
A encenação
Dividido em 16 cenas, o espetáculo une o real e o imaginário para mostrar a importância dos seres humanos se reconectarem à sua essência. No início de tudo, um personagem entra em cena para apresentar a humanidade para alguns seres míticos.
A narrativa avança como se fosse um grande ritual de conhecimento. “Os dançarinos vão se alternando em solos, duplas, trios e grupos, até um momento em que se forma um grande batalhão, simbolizando uma grande conexão”, detalha o coreógrafo.
Os artistas são guiados pela trilha sonora de Fábio Cardia, composta com exclusividade para o “Principiar”. “Ele foi muito cuidadoso, acompanhou alguns dos nossos ensaios e foi criando junto conosco”, acrescenta.
Para o figurino, Edy Wilson deu grande destaque para a renda. Em cada cena esse material assume uma simbologia diferente. “Para a primeira cena, por exemplo, ela está relacionada à pureza”, explica.
No cenário, há a presença marcante de um tapete vermelho, uma poltrona vermelha e um pufe. A luz é feita por Raquel Balekian.
“‘Principar’ simboliza a real vocação da Anacã, não só por ter sido nosso primeiro trabalho. Nosso grande objetivo é auxiliar na transição de jovens estudantes para o mundo profissional. Queremos contribuir para a formação de talentos que não teriam essa oportunidade em outras grandes companhias”, defende Edy.
Sinopse
Um início, tudo novo, um começo, mistério. Sensações de descoberta na expectativa de sentir a vida. Sincronia. O movimento toca o pensamento. É preciso seguir em frente. Não é preciso ter medo. Principiar trata da coragem de sermos os autores de nossas vidas.
FICHA TÉCNICA
Anacã Companhia de Dança – @anacaciadedanca
Coreografia, figurinos e cenografia: Edy Wilson de Rossi
Trilha sonora: Fábio Cardia
Designer luz : Raquel Balekian
Produção executiva: Dilatta Cultura
Elenco: Alexssandro Silva, Beatriz Ribeiro, Bianca Mendes, Bruno Eduardo, Camila Trentini, Clara Bonifácio, Clara Castelo, Gabriela Leite, Guilherme Baldibia, Izy Oliveira, Lucas Cardoso, Mariana Morgado e Rafael Luz
SERVIÇO
Principiar
De 21 a 23 de fevereiro, na sexta e no sábado, às 21h, e, no domingo, às 19h
Local: Teatro Paulo Eiró – @teatropauloeirosp – Av. Adolfo Pinheiro – 765 – Santo Amaro, São Paulo
Ingressos: gratuitos | Retirada uma hora antes do espetáculo na bilheteria do teatro