Espetáculo ‘Se meu corpo fosse’ volta aos palcos do Rio com nova formação e força periférica

por Redação
Se meu corpo fosse

Em 22 e 23 de fevereiro de 2025, o espetáculo de dança contemporânea “Se meu corpo fosse” retorna aos palcos do Teatro Angel Vianna no Centro Coreográfico da Cidade do Rio de Janeiro. O espetáculo teve sua estreia em 2021, virtualmente, ainda na pandemia de Covid-19, neste mesmo lugar.

“Se meu corpo fosse” é um espetáculo de dança com duração de 50 min, voltado ao público em geral, tendo classificação etária livre que expressa a realidade de jovens artistas, moradores da favela Parque das Missões, localizada no município de Duque de Caxias/RJ. No primeiro momento, todos os artistas eram moradores do bairro Parque das Missões. Agora, com um elenco renovado, o espetáculo recebe artistas da cidade Duque de Caxias, de São João de Meriti e Nova Iguaçu, todos baixadenses.

A obra surge de deambulações e investigações históricas e sensíveis da localidade durante o período pandêmico onde a dança, possibilita significação do discurso que se vincula às políticas de identidade de seu emissor, abrindo espaços para entendermos a força da performatividade das ações e dos discursos. O espetáculo manifesta a necessidade de jovens artistas do território desenvolverem uma obra artística que fortaleça suas relações com sua comunidade. Ao longo de cinco meses, no ano de 2021, dançaram seus desejos, suas dúvidas, seus medos, suas alegrias e suas potências como jovens favelados fazedores de artes. A pandemia os fez perceber que a vida é preciso ser vivida. Os encontros presenciais – respeitando os protocolos da OMS -, foram realizados na quadra do CIEP 350, escola do bairro, onde todos os pesquisadores-artistas, na época, estudavam e/ou estudaram. O Parque das Missões já não é mais o mesmo para estes artistas, seus olhares foram ressignificados neste percurso, onde extraíram imagens, sons, movimentos, escritas e relações com materiais/objetos.

A potência em seguir com o fluxo desta dança está se dando. Partes deste espetáculo já foram apresentadas na Mostra Movimentos em Curso 2022, no Teatro Cacilda Becker, no Rio de Janeiro/RJ, no evento Semana de Culturas Artes e Ciências da Baixada Fluminense 2022, na VI Feijoada dos Pretos Velhos na FEBF/UERJ, ambos em Duque de Caxias/RJ, no evento Mostra Mais 2022 da ECo/UFRJ, na cidade do Rio de Janeiro/RJ. Em setembro de 2022, o espetáculo “Se meu corpo fosse” ficou em temporada no Teatro Firjan SESI Caxias, em Duque de Caxias/RJ. Participou ainda, da Semana de Arte Favelada, realizada no Centro de Artes da Maré, em novembro de 2022. Selecionado no SESC Pulsar Baixada em Foco, o espetáculo ficou em temporada em três unidades do SESC em maio de 2023, foi selecionado na 2ª Mostra Povoar na cidade de São Mateus/ES, e no Festival de Arte e Cultura de Agroecologia em novembro de 2023. No ano de 2024, o espetáculo foi contemplado no edital de Fomento da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Duque de Caxias, pela Lei Paulo Gustavo.

O grupo:

Alarcon Picanço Criações – é um encontro de dois sujeitos desejosos do fazer arte em suas múltiplas perspectivas – Bruno Alarcon, Mestrando pelo Programa de Pós-Graduação em Artes da Cena – Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); Bacharel em Dança – formação do dançarino contemporâneo e coreógrafo – Universidade Federal do Rio de Janeiro (2022, UFRJ); Técnico em Teatro pela Escola Sesc de Artes Dramáticas (ESAD) – Polo Educacional Sesc, Rio de Janeiro/RJ. Conselheiro Municipal de Cultura | Cadeira da Dança, na Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Duque de Caxias. Educador de Dança e Coordenador Pedagógico da Escola Livre de Artes da Baixada Fluminense no Ponto de Cultura Gomeia Galpão Criativo (Duque de Caxias/RJ). Como Ator, participou da Série “Pablo e Luisão” (Globoplay, 2024). E Luiz Fernando Picanço,  Ator, dançarino, produtor, diretor teatral e educador social. Formação em Artes Cênicas | Direção Teatral pela UFRJ, Tecnólogo em Psicomotricidade pelo Centro Universitário Leonardo da Vinci – Uniasselvi e Técnico em Teatro pela Escola Sesc de Artes Dramáticas (ESAD) – Polo Educacional Sesc, Rio de Janeiro/RJ. Conselheiro Municipal de Cultura | Cadeira de Artes Cênicas – Teatro e Circo -, mandato 2024/2025. Educador de Dança e Coordenador Pedagógico da Escola Livre de Artes da Baixada Fluminense no Ponto de Cultura Gomeia Galpão Criativo (Duque de Caxias/RJ). Como Ator, participou da Série “Pablo e Luisão” (Globoplay, 2024). O território foi o que os impulsionou a fazer. Reuniram seus saberes, habilidades e competências para atuarem no território da Baixada Fluminense com o fazer Artes da Cena, potencializando produção & arte & cultura & educação. Produzem performances, espetáculos de dança e teatro e produção audiovisual, na linguagem da vídeodança. Atuantes desde 2016 com produções artísticos-culturais-educacionais independentes, Alarcon Picanço Criações tem como foco, a pesquisa multilinguagem na Dança-Teatro, onde as produções envolvem profissionais da Baixada Fluminense, procurando dar visibilidade aos artistas que fomentam arte nestes territórios. Músicos, atores, dançarinos, produtores, cineastas independentes e conceituados nacional e internacionalmente, entre outros. Os trabalhos ganharam circularidade na Baixada Fluminense, na capital carioca e fora do estado. Ao todo foram 14 produções realizadas. Em sua trajetória, o grupo recebeu prêmios significativos: Prêmio FAN Baixada – Festival Audiovisual, Negritude, Direito à Memória e Direitos Humanos da Baixada 2019, Direito da Memória e Justiça Racial (IDMJR), pelo vídeodança PIPA – 2019. Menção Honrosa na 10ª Semana de Integração Acadêmica da UFRJ, Universidade Federal do Rio de Janeiro, vídeodança PIPA – 2019. Prêmio Ondas da Cultura 2020, Fundação Anita Mantuano de Artes do Estado do Rio de Janeiro (FUNARJ), vídeodança “Vestígios que ficam por lá” – 2020. Prêmio Funarte RespirArte, Fundação Nacional de Artes, vídeodança SAÍDA 124 F – 2020. Prêmio Paullo Ramos, Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Duque de Caxias, vídeodança PIPA – 2020.  Menção Honrosa na 45ª Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Artística e Cultural, Universidade Federal do Rio de Janeiro, título da comunicação: “Processos compartilhados: ‘Tem gente aqui’ e ‘SAÍDA 124 F’” – 2020. Menção Honrosa do Movimento Negro Unificado na Luta Consciência Negra 2023. Prêmio na trajetória artística pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Duque de Caxias 2023.

Alarcon Picanço Criações é um dos coletivos que ocupa o Ponto de Cultura Gomeia Galpão Criativo, em Duque de Caxias/RJ. Espaço cultural e de formação artística que atua de forma inclusiva, cidadã e democrática ofertando diversos cursos, palestras, seminários, partilhas e processos de capacitação e qualificação para a economia da cultura periférica. Fundado em 2015, nasceu da necessidade urgente de unir coletivos culturais e empreendimentos criativos da região, que compartilhavam a visão de um local onde a produção cultural, audiovisual, comunicação, cidadania, cultura digital, hip hop, dança, teatro, música, capoeira pudessem crescer e florescer. O Gomeia desenvolve as seguintes ações: ELAdaBF – Escola Livre de Artes da Baixada Fluminense com cinco eixos artísticos: Audiovisual/Cinema, Dança, Hip Hop, Música e Teatro. A formação contempla arte e cidadania através, também, de oficinas de linguagens artísticas e reconhecimento do território da Baixada Fluminense; Curso de Políticas Públicas para Formação de Conselheiros Municipais de Cultura; Capoeira; Comunicação Comunitária; Sessões de Cinema.

Alarcon e Picanço, são os coordenadores pedagógicos da ELAdaBF – Escola Livre de Artes da Baixada Fluminense, e assumem também as aulas do eixo Dança. Ex-alunos do eixo Dança, ocupam a cena no espetáculo “Se meu corpo fosse” vivenciando a experiência de circular: Carlos Souza, Felipe Agrippino, Jaqueline Silva, Isabella Tavares e Mariane Araujo.

Nestas apresentações o espetáculo recebe dois novos integrantes para compor o elenco: O artista circense de São João de Meriti, Biscoito e o cria do Morro Agudo, em Nova Iguaçu, o artista da cena Kevin Magalhães. Felipe Agrippino fará sua despedida no elenco nesta temporada, pois a partir do mês de abril fará turnê com o circo do “Patati Patata”, após uma seleção realizada em janeiro deste ano.

Ficha Técnica:

Direção coreográfica

Bruno Alarcon

Elenco

Biscoito, Carlos Souza, Felipe Agripino, Kevin Magalhães, Isabella Tavares, Jaqueline Silva, Lohanna Alves e Mariane Araujo

Produção Executiva

Luiz Fernando Picanço

Assistência de Produção

Edgar Bernardo

Composição de Trilha Sonora

Paulo Richard Ramos

Operação de Som

Bruno Alarcon e Paulo Richard Ramos

Animação

Rubens Toré

Figurino

Bruno Alarcon e Renan Garcia

Confecção de Figurino

MJR confecções

Iluminação

Nina Balbi

Realização

Alarcon Picanço Criações

Apoio

Ponto de Cultura Gomeia Galpão Criativo

SERVIÇO

Espetáculo: “Se meu corpo fosse”

Classificação: Livre

22 e 23 de fevereiro, sábado às 19h e domingo às 18h

Local: Teatro Angel Vianna, Centro Coreográfico da Cidade do Rio de Janeiro

Endereço: Rua José Higino, 115 – Tijuca, Rio de Janeiro | RJ – CEP 20520-972

Ingresso: R$ 20 inteira | R$ 10 meia

Instagram: @semeucorpofosse | @ccoreograficorj

Site: https://centrocoreografico.wordpress.com/

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