Orquestra Sinfônica Brasileira leva “Uma roda de amigos: Os instrumentos da orquestra” ao Teatro Carlos Gomes

A apresentação integra a Série Concertos para a Juventude, que conta com a Shell como mantenedora.

por Redação
Orquestra Sinfônica Brasileira

A Orquestra Sinfônica Brasileira apresenta mais um programa da série “Concertos para a Juventude”, dia 25 de maio, às 11h, no Teatro Carlos Gomes. O espetáculo traz obras de compositores como Wolfgang Amadeus Mozart, César Guerra-Peixe, Heitor Villa-Lobos, Henry Mancini e Ary Barroso. A entrada é grátis.

Wolfgang Amadeus Mozart não tinha em mente as grandes salas de concerto quando, em 1787, escreveu sua Pequena Serenata Noturna, primeira obra deste programa. Naquele momento, o termo “serenata” já era usado menos para designar uma canção apaixonada entoada sob a janela de alguém amado, e mais comumente para se referir a uma obra leve e despojada, pensada para ser executada ao ar livre,  aquilo que hoje se chamaria, talvez, de música de fundo. No entanto, nas mãos de um dos maiores prodígios da história da música, mesmo uma forma supostamente despretensiosa adquire contornos extraordinários. Dividida em quatro movimentos (embora se especule que originalmente fossem cinco, tendo um deles se perdido), a Serenata K.525 transborda vitalidade e lirismo, com melodias memoráveis e cheias de frescor. Não por acaso, a composição é hoje uma das mais queridas de Mozart.

Tendo a versatilidade como fio condutor desta apresentação, a segunda obra é de um dos músicos mais plurais do Brasil: César Guerra-Peixe. Compositor, arranjador, maestro e violinista, o petropolitano navegou com igual desenvoltura pelos caminhos mais diversos, passeando pelo serialismo, pelo folclore nordestino e pelos bastidores do rádio, da televisão e do cinema. A suíte Roda de Amigos é exemplo de sua escrita refinada e bem-humorada: ao longo de quatro movimentos, — O rabugento, O teimoso, O melancólico e O travesso —, ele retrata com engenho e afeto não apenas o temperamento de alguns colegas músicos, mas também a personalidade de  diferentes instrumentos de sopro, dando a cada um deles um solo bastante especial. A dinâmica entre cordas e sopros evoca o gracejo das rodas de choro e de samba, revelando não só um amplo domínio da paleta sonora, mas também a enorme sensibilidade camerística de Guerra-Peixe.

Virtuosismo, humor e brasilidade dão o tom do bloco final do concerto, composto por obras escritas ou arranjadas para a formação de  trompa, trompetes, trombones e tuba. Do repertório tradicional à trilha de cinema, essas peças breves oferecem uma amostra vívida das múltiplas possibilidades tímbricas e expressivas do quinteto de metais. O anônimo Bankelsängerlieder abre a sequência, com certo apelo cerimonial que evoca o universo das fanfarras renascentistas; o espirituoso Classical Medley, arranjo de Jeon Hun que será ouvido a seguir, brinca com trechos célebres do repertório clássico em uma montagem irreverente que desafia a escuta atenta do público. O Brasil entra em cena com O Trenzinho do Caipira em versão de Maestro Duda, que empresta novas cores ao clássico de Villa-Lobos, mas sem abrir mão do balanço rítmico e do charme rústico que  faz brotar na mente a imagem de uma locomotiva no interior do país. O contraste bem-humorado e sensual fica a cargo do tema de A Pantera Cor-de-Rosa, de Henry Mancini, enquanto Aquarela do Brasil, de Ary Barroso, encerra o concerto com exuberância e brilho.

PROGRAMA:

  • WOLFGANG AMADEUS MOZART – Eine Kleine Nachtmusik
  • CÉSAR GUERRA-PEIXE – Roda de Amigos
  • ANÔNIMO – Bankelsängerlieder
  • CLASSICAL MEDLEY (arranjo Jeon Hun)
  • HEITOR VILLA-LOBOS – Trenzinho do Caipira (arranjo Maestro Duda)
  • HENRY MANCINI – Pantera cor-de-rosa
  • ARY BARROSO – Aquarela do Brasil

SERVIÇO:

  • Concertos para a Juventude
  • Dia 25 de maio (domingo), às 11h
  • Local: Praça Tiradentes s/nº – Centro – Rio de Janeiro
  • Ingressos: Grátis

A ORQUESTRA SINFÔNICA BRASILEIRA:

Fundada em 1940, a Orquestra Sinfônica Brasileira é um dos conjuntos sinfônicos mais importantes do país. Em seus 85 anos de trajetória ininterrupta, a OSB é reconhecida pelo pioneirismo de suas ações, tendo sido a primeira orquestra a realizar turnês pelo Brasil e exterior, apresentações ao ar livre e projetos de formação de plateia.Composta atualmente por mais de 70 músicos brasileiros e estrangeiros, a OSB contempla uma programação regular de concertos e apresentações especiais, além de um amplo projeto de educação musical e democratização de acesso à cultura.

Para viabilizar suas atividades, a Fundação OSB conta com a Lei Federal de Incentivo à Cultura, tem o Instituto Cultural Vale, Shell, Itaú, NTS – Nova Transportadora do Sudeste, Bermudes Advogados, Brookfield e CYMI como patrocinadores, Bradesco e Safra como patrocinadores de série, além de um conjunto de apoiadores culturais e institucionais.

Shell Brasil:

Há 112 anos no país, a Shell é uma empresa de energia integrada com participação em Upstream, no Novo Mercado de Gás Natural, Trading, Pesquisa & Desenvolvimento e no Desenvolvimento de Energias Renováveis, com um negócio de comercialização no mercado livre e produtos ambientais, a Shell Energy Brasil. Aqui, a distribuição de combustíveis é gerenciada pela joint-venture Raízen, que recentemente adquiriu também o negócio de lubrificantes da Shell Brasil. A companhia trabalha para atender à crescente demanda por energia de forma econômica, ambiental e socialmente responsável, avaliando tendências e cenários para responder ao desafio do futuro da energia.

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