Maior a cada edição e com atividades que atualmente se estendem por praticamente o ano todo, o 23º Dança em Trânsito iniciou em 3 de julho sua etapa mais importante – uma extensa itinerância por 33 cidades/distritos de norte a sul do país, envolvendo 30 companhias do Brasil, Angola, Brasil, Burkina Faso, Canadá, Coreia do Sul, Espanha, França, Itália e Portugal. No Rio de Janeiro, o festival acontece entre os dias 7 e 10 de agosto, no Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro (CCBB Rio) e na Praça Mauá, reunindo 15 companhias e coletivos de sete países. Até outubro, o festival apresenta espetáculos e realiza uma série de ações para a difusão e democratização da dança que incluem oficinas pontuais, residências de criação e de intercâmbio profissional com circulação dentro do festival, workshops com criação, além de formação e geração de emprego para professores multiplicadores. O 23º Dança em Trânsito é apresentado pelo Ministério da Cultura, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e conta com patrocínio master do Instituto Cultural Vale e patrocínio da Volkswagen Caminhões e Ônibus e Engie Brasil Energia.
“Trouxemos para a etapa do Rio de Janeiro um panorama diverso de companhias do Brasil e do exterior, reunindo culturas e linguagens coreográficas distintas, representadas por grupos da França, Espanha, Itália, Coreia do Sul, Angola e Portugal, assim como atrações de São Paulo, Salvador, Rio de Janeiro, Marabá (PA) e Macaé, com programação todos os dias no CCBB Rio e a tradicional ocupação dos espaços públicos no domingo”, detalha Giselle Tápias, diretora artística e curadora do Dança em Trânsito ao lado de Flávia Tápias.
PROGRAMAÇÃO CCBB RIO
A etapa carioca começa no dia 7 de agosto, quinta-feira, às 19h, no Teatro Ido CCBB Rio, com a Marcat Dance, da Espanha. Criada para espaços não convencionais, Dual explora a dualidade humana através de um diálogo entre conexão e individualidade criado pelo coreógrafo Mario Bermúdez Gil, que estreou em novembro passado no Teatro Central de Sevilha.
Na sexta-feira, dia 8/8, o Foyer do Cinema do CCBB Rio recebe a Cia No Rastro, de São Paulo, do coreógrafo Henrique Lima, com o espetáculo Do chão não passa, que destaca a coletividade na coreografia conjunta ao mesmo tempo que evidencia a contribuição individual de cada intérprete em seus solos e improvisos. Na sequência, a coreógrafa e dançarina francesa Ornella Dufay apresenta Siren, solo que retrata a luta da mulher para se libertar da dor, do silêncio e da exigência da perfeição, combinando dança contemporânea e krump, dança urbana surgida em Los Angeles no início dos anos 2000. A noite se encerra com o sul-coreano TOB Group, que apresenta às 19h, no Teatro I do CCBB Rio, Are you guilty?, que questiona os limites entre vítima e agressor.
Da Itália, Riccardo Ciarpella e Mateo Mirdita abrem a programação do sábado (9), às 17h, na Foyer do Cinema do CCBB Rio, com InYou, dueto que explora a jornada interior de um jovem leitor, dividido em duas versões de si próprio em busca do equilíbrio. No mesmo espaço, os sul-coreanos do TOB Group retornam com um segundo trabalho, Fan Made, que recorre à tradição do leque na Dinastia Chosun, como símbolo de pessoas de alta classe, para refletir sobre as simbologias similares do mundo de hoje.
GRUPO TÁPIAS – CIA ASSOCIADA
Com direção artística de Flávia Tápias, o Grupo Tápias fecha a programação do sábado (9), às 19h, no Teatro I do CCBB Rio com Ziraldo, o mineiro maluquinho, com texto original de Fernando Caruso. O espetáculo conta de forma lúdica e interativa a história do escritor e cartunista Ziraldo e seus icônicos personagens. Pensado para um público amplo – tanto para apresentar o artista e sua obra às novas gerações como para despertar na memória afetiva de adultos a marcante galeria de criações inesquecíveis do mestre mineiro –, a encenação mescla elementos de dança, teatro e circo, além de trazer músicas especialmente compostas para o projeto, cantadas e interpretadas ao vivo pelo elenco.
“Nosso mineiro maluquinho está passeando pelo Brasil, dançando e cantando com tanta arte e talento que é impossível eu não me emocionar! No final do ano passado, o instituto recebeu o Grupo Tápias e o Fernando Caruso de portas e gavetas abertas! Literalmente abrimos nosso acervo para compartilhar detalhes da vida e da obra do Ziraldo e assim estamos juntos difundindo a nossa literatura, a nossa cultura. Muito bom tudo isso!”, comemora Adriana Lins, diretora artística do Instituto Ziraldo, parceiro institucional do projeto.
O Grupo Tápias é a companhia de dança associada ao Dança em Trânsitodesde suas primeiras edições. Mantém um quadro estável de bailarinos estrangeiros e brasileiros e, ao longo dos anos, vem criando uma sólida base técnica, além de incessante pesquisa de linguagem própria.
FESTIVAL SE ENCERRA NO DOMINGO COM ESPETÁCULOS NA PRAÇA MAUÁ E NO CCBB RIO
O Dança em Trânsito apresenta este ano o inédito projeto de residência de intercâmbio, o projeto CRUZAMENTOS, resultado de residências artísticas colaborativas entre artistas franceses, brasileiros e africanos. Seis artistas – dois brasileiros, dois africanos e dois franceses – participaram de uma residência de criação realizada em dois momentos: em abril, em Paris, e agora, no Brasil, mergulhando na riqueza cultural brasileira. O resultado desse intenso processo será apresentado no encerramento da etapa carioca, no dia 10/8, a partir das 15h, na Praça Mauá, em frente ao Museu do Amanhã. No mesmo dia e local, o público poderá ver os resultados da Residência de Intercâmbio Profissional com Criação, ministrada entre os dias 4 e 9 de agosto pela dupla da Itália Mateo Mirdita e Riccardo Ciarpella, e da Residência de Criação, realizada entre Brasil e Coreia do Sul.
A Praça Mauá recebe também no domingo a soteropolitana Reforma Cia de Dança, com Cansanção, em que duas mulheres evocam a força da pele negra ao abordar questões como ancestralidade, resistência, enfrentamento e territorialidade. A Cia Gente, de Paulo Emílio Azevedo, traz de Macaé (RJ) The Wall, o lado B do muro, que faz uma reflexão sobre o espaço urbano como espaço de memória que convida a dançar. O paraense Luis Gabrielapresenta o solo Fora da curva. Explorando a multiplicidade do Eu, a obra questiona o que pode o corpo, especialmente nos contextos periféricos amazônicos de resistência, usando dança, música e poesia. De Angola vem o solo Improvisa-te, criado e interpretado por Patião Teixeira, que privilegia a escuta sobre o movimento ensaiado.
À noite o festival atravessa o Boulevard Olímpico até o CCBB Rio, onde acontece o encerramento da etapa carioca do 23º Dança em Trânsito no Teatro I, a partir das 19h com programa duplo. Corrente, dos criadores e intérpretes portugueses Beatriz Mira e Tiago Barreiros, acompanha a formação de um ser uno, pensando o papel da escolha numa sociedade onde viver implica a dualidade corpo-consciência. Logo depois é a vez de Celeste, solo que tem direção artística, concepção e coreografia de Márcia Milhazes. Criado para a bailarina Maria Alice Poppe, o trabalho celebra o encontro de duas artistas e de dois mundos, entrelaçando suas carreiras e vivências. “Celeste saúda o sensível, a possibilidade de não perdermos os elos de fantasia dentro de nós”, resume Márcia.
De 3 de julho a 11 de outubro de 2025, o festival passa pelas cidades/distritos de Belo Horizonte (MG), Casa Branca/Brumadinho (MG), Córrego do Feijão/Brumadinho (MG), Coronel Fabriciano (MG), Timóteo (MG), Ipatinga (MG), Caratinga (MG), Governador Valadares (MG), João Neiva (ES), Vitória (ES), Vila Velha (ES), Mangaratiba (RJ), Itaguaí (RJ) São Paulo (SP), Uberlândia (MG), Brasília (DF), Rio de Janeiro (RJ), Pindaré Mirim (MA), Santa Inês (MA) São Luís (MA), Ilha do Combú/ Belém (PA), Belém (PA), Canaã dos Carajás (PA), Parauapebas (PA), Serra Pelada/Curionópolis (PA), Curionópolis (PA), Entre Rios do Sul (RS), Alto Bela Vista (SC), Florianópolis (SC), Porto Real (RJ), Quatis (RJ), Resende (RJ) e Volta Redonda (RJ). Além de parcerias com a França e Coreia do Sul.
Dança em Trânsito
Criado em 2002, o Dança em Trânsito é um festival internacional de dança contemporânea que tem por objetivo valorizar, promover e democratizar esta expressão artística, seja pelo intenso intercâmbio entre artistas e companhias do Brasil e do exterior, como também pela itinerância, percorrendo desde as grandes cidades até pequenas localidades no interior do Brasil, em teatros ou espaços públicos. Sua atuação abrange ainda residências artísticas, com oficinas de criação, e workshops, abrindo canais para novos talentos da dança, e a formação de plateias, estimulando o interesse pelas artes e pela dança. O festival é parte do projeto Ciudades Que Danzan, que reúne 41 cidades em diversas partes do mundo com o intuito de difundir a dança contemporânea. Desde a sua criação, em 2002, o Dança em Trânsito já apresentou mais de 1.272 apresentações, com cerca de 143 companhias de 21 países, envolvendo mais de 43 cidades das cinco regiões do Brasil e exterior, para um público de mais de 100 mil pessoas. Em 2020, durante a pandemia, realizou uma versão online, indicada ao Prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA), na categoria “Difusão”, e, em 2021, a primeira edição híbrida, que envolveu 25 cidades.
Sobre o Instituto Cultural Vale
O Instituto Cultural Vale parte do princípio de que viver a cultura possibilita às pessoas ampliarem sua visão de mundo e criarem novas perspectivas de futuro. Tem um importante papel na transformação social e busca democratizar o acesso e fomentar a arte, a cultura, o conhecimento e a difusão de diversas expressões artísticas do nosso país, ao mesmo tempo em que contribui para o fortalecimento da economia criativa. Em 2021, são mais de 150 projetos criados, apoiados ou patrocinados em 24 estados e no Distrito Federal. Dentre eles, uma rede de espaços culturais próprios, patrocinados pela Vale via Lei Federal de Incentivo à Cultura, com visitação gratuita, identidade e vocação únicas: Memorial Minas Gerais Vale (MG), Museu Vale (ES), Centro Cultural Vale Maranhão (MA) e Casa da Cultura de Canaã dos Carajás (PA). Visite o site do Instituto Cultural Vale para saber mais sobre sua atuação: institutoculturalvale.org.
ENGIE
No Brasil, a ENGIE, empresa líder em energia renovável do país, atua em geração, comercialização e transmissão de energia elétrica, transporte de gás e soluções energéticas. Com capacidade instalada própria de cerca de 10,5 GW em 99 usinas, o que representa cerca de 6% da capacidade nacional, a empresa possui 100% de sua capacidade instalada proveniente de fontes renováveis e com baixas emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), como usinas hidrelétricas, eólicas, solares e a biomassa. A ENGIE é também a detentora da mais extensa malha de transporte de gás natural do país, com 4.500 km, que atravessam 10 estados e 191 municípios, graças à aquisição da Transportadora Associada de Gás – TAG, concluída em 2020.
VW Caminhões e Ônibus
Fabricante dos veículos comerciais Volkswagen e MAN, a VW Caminhões e Ônibus é uma das maiores montadoras de caminhões e ônibus da América Latina. Desde 1981, quando iniciou suas operações, chegar ao topo do mercado, respeitando e satisfazendo as necessidades dos clientes, sempre foi o foco da montadora. E é exatamente isso que oferece a seus clientes: produtos sob medida e um excelente serviço de pós-vendas. A empresa também é referência em inovações tecnológicas. A empresa busca sempre soluções que reduzam o impacto ambiental e ajudem a preservar o meio ambiente. Há 40 anos, a fabricante mantém seu compromisso de desenvolver veículos que superem as exigências dos clientes – onde quer que eles rodem, seja pelas estradas brasileiras, latino-americanas ou africanas.
