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A 3ª edição do Festival Ori, aportou no Sesc de Madureira

Trouxe uma das atividades mais emblemáticas, com reflexões e posicionamentos significativos

por Redação

O Festival Ori – De Cabeça na Consciência, começou em 5 de novembro e segue até o dia 20, passando pela Biblioteca Parque Estadual, Theatro Municipal, MUHCAB, com filmes, debates e shows, entre outros, propõe aproximar e integrar a audiência de todas as idades e classes sociais à diversidade cultural afro-brasileira, ocupando e integrando os territórios do Rio de Janeiro nos ambientes virtual e presencial, celebrando resistência.

A atividade no Sesc de Madureira contou com apresentação e mediação de Isabel Fillardis, o espaço cultural recebeu o cantor, compositor e guitarrista brasileiro Altay Veloso e Helena Theodoro, a escritora é uma importante referência na pesquisa sobre cultura negra, carnaval, samba e arte, experiências religiosas africanas. A dupla abriu a 1ª roda de conversa com o tema “Samba e Raízes”. Os convidados falaram sobre o “movimento” de adesão em massa das escolas de samba do tema da cultura negra em seus sambas enredos. Uma contextualização sobre os enredos escolhidos principalmente da campeã Beija-Flor. E também, o que esperar daqui para frente.

Na sequência, um incrível ́pocket show com voz e violão de Altay Veloso e Iris Nascimento, com participação de Fillardis.

A segunda mesa abordou: “Mulher Negra assumindo seu espaço”, ganhou participação da atriz e ex-jogadora olímpica de vôlei Lica Oliveira e da atriz e cantora Maria Ceiça, onde explanaram sobre a conquista do protagonismo de mulheres negras nas produções artísticas, nas grandes empresas e na sociedade. E como elas projetam o futuro.

Na terceira etapa, o tema da mesa foi a “Comédia Filosófica”, contou com a presença do ator e músico Sérgio Lozora e da magnífica Aza Njeri – pós doutora filosofias africanas e professora da PUC. Segundo Aza – “O Festival Ori, que sou assídua, participo há 3 anos, é de suma importância pelo conteúdo de debates, festivais como esses trazem conciência”. Para Loroza, o festival é instigante – “Traz possibilidades de revisitar nossa cultura com bastante sabedoria”

E a quarta-feria encerrou com a última mesa, que abordou o “Movimento Negro, uma luta através do tempo”, com Luciene Lacerda, ativista e defensora da luta pela dignidade humana por meio da igualdade racial e de gênero, além de defender a forma antirracista de agir e com Dom Filó, cicerone do festival que declarou – “Uma legítima pluralidade da cultura afro brasileira é que o foi visto neste evento de hoje”. A conversa transcorreu com fatos históricos de como surgiu e se desenvolveu o movimento negro no Brasil através do tempo. Contextualizando a criação do 20 de novembro, da Fundação Zumbi, Subida da Serra da Barriga, Marcha de 88 e outros fatos marcantes.

Isabel Fillardis conduziu os três debates com simpatia e despojamento – “Que privilégio poder sair com mais conhecimento e com mais letramento. Cada mesa trouxe fatos relevantes, foi incrível vivenciar isso”.

A gravação das atividades podem ser conferidas no programa Ori, que vai ao ar no dia 20 de novembro, pela Cultne TV ou na Festa Ori, que acontecerá na Fundição Progresso. O encerramento será um grande encontro da comunidade negra. É preciso revelar a contribuição histórica do movimento negro, e todo o escopo representaivo e ancestral oriundo das comunidades de base africana que, com seus gestos e movimentos, representam valores culturais, questões estéticas, étnicas e muitos mais.

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