A comédia “As artimanhas de Molière” encerra temporada, na Casa de Cultura Laura Alvim/Espaço Rogério Cardoso, em Ipanema

por Waleria de Carvalho

Nascido há mais de quatro séculos, Molière (1622-1673) é até hoje um dos mais importantes dramaturgos do mundo, responsável por espetáculos críticos e satíricos, que mostram com maestria os defeitos e virtudes da alma humana. Grande homenagem ao comediógrafo, “As artimanhas de Molière” está em cartaz na Casa de Cultura Laura Alvim/Teatro Rogério Cardoso até este domingo, 17 de dezembro. 

Bem ao estilo do autor francês, a trama do espetáculo aponta o dedo e desmascara os falsos sábios, a avareza dos burgueses, as mentiras dos médicos ignorantes e outros comportamentos sociais nada lisonjeiros. Com direção de Márcio Trigo, adaptação de Fernanda Celleghin e interpretação de Luiz Machado, o monólogo reúne em uma só história quatro protagonistas de comédias escritas por Molière: Alceste, de “O Misantropo”, Esganarello, de “O Médico à Força”, Don Juan e Tartufo, das peças homônimas.

Em uma espécie de “jornada do herói” às avessas, o protagonista conta para a plateia toda a sua história, cheia de peripécias, erros e acertos. Após uma desilusão amorosa, ele se torna vingativo e passa a usar as mulheres, mas acaba tendo que se casar à força e é deserdado pelo pai. Sem dinheiro, vive em pé de guerra com sua esposa, que cobra demais, e ele faz de menos. Qual será o destino deste anti-herói? O ator Luiz Machado, que completa 30 anos de carreira no ano que vem, estava com vontade de trabalhar em uma comédia depois do sucesso do drama Nefelibato, com texto de Regiana Antonini e direção de Fernando Philbert, que ficou sete anos em cartaz.

“Fiquei com vontade de fazer comédia e logo pensei no maior comediógrafo de todos os tempos, que celebrou 400 anos em 2022. Molière escreve sobre a hipocrisia humana em quase todos os textos, e é um assunto que me interessa pôr em cena”, explica Luiz Machado. “Para manter o bem-estar social, a gente precisa ser falso ou omitir opiniões em diversos momentos. E as peças dele detalham esses comportamentos que estão presentes cada vez mais no nosso cotidiano. Basta olhar as redes sociais, que mostram cenas que não são verdadeiras e guardam objetivos ocultos”, completa o ator.

O espetáculo foi idealizado por Luiz Machado e Márcio Trigo, que pela primeira vez trabalham juntos. O diretor sempre foi grande admirador de Molière, de estilo de humor e das situações que têm como base a comédia dell’arte. “Cheguei a traduzir e adaptar quatro peças escritas por ele”, conta Trigo. “Quando eu e Luiz pensamos em trabalhar num monólogo, não tive dúvidas: vamos adaptar Molière. Um desafio e tanto. Não queríamos uma peça; a ousadia era juntar personagens e contar uma só história. Escolhemos quatro personagens e chamamos a Fernanda Celleghin para criar o elo entre eles. Está aí, depois de muito tempo de estudo e trabalho, tenho o prazer de apresentar As Artimanhas de Molière”, acrescenta.

Sinopse

“As Artimanhas de Molière” reúne protagonistas de quatro peças do autor francês, que desmascaram os falsos sábios, a avareza dos burgueses, as mentiras dos médicos ignorantes e outros comportamentos sociais nada lisonjeiros.

Luiz Machado

Luiz Machado é formado em Artes Cênicas pela UniRio. Atua profissionalmente em teatro, televisão e cinema desde 1994. Na TV, faz parte do elenco da novela Dona Beja que tem estreia prevista em 2024 na HBO,  o seriado “Z4”, para o SBT e Disney, e foi protagonista do seriado “Família Imperial”, da TV Globo e do Canal Futura, com direção de Cao Hamburger. Protagonizou um dos episódios do programa “Anjos do Sexo”, sitcom de Domingos de Oliveira na Rede Bandeirantes. No teatro, já participou de 34 espetáculos teatrais como ator e como produtor em outros quatro. Entre eles, “Dois Idiotas Sentados Cada Qual no Seu Barril”, de Dudu Sandroni e Fátima Valença, “Em Cantos”, de Rosyane Trotta, que foi indicado ao prêmio Coca-Cola de Teatro Jovem como melhor Produção, “Como Matar um Playboy”, de João Bethencourt, “Céu e Branca”, de Moisés Bittencourt, e “Nefelibato” de Regiana Antonini com a direção de Amir Haddad e Fernando Philbert, há sete anos em cartaz. Em 2009, atuou em “Apocalipse, Segundo Domingos de Oliveira” e “O Confronto”, ambos de autoria e direção de Domingos de Oliveira.

Márcio Trigo

Em 1992, entra para TV Globo, para dirigir o programa “Casseta & Planeta, Urgente!”, no qual trabalhou por 8 anos. Em 1993, foi diretor assistente de “Os Trapalhões”, ao lado de Paulo Aragão. Em 2000, foi para a programação infantil: ao lado de Roberto Talma, foi diretor-geral da “TV Globinho”, de “Bambuluá”, do “Angel Mix” e do “Sítio do Pica-Pau Amarelo”, produto mais vendido pela Globo Marcas. Em 2003, adaptou, com Claudio Lobato, e dirigiu a minissérie “A Terra dos Meninos Pelados”, de Graciliano Ramos. Em 2004, fez a direção-geral do quadro do Fantástico “Cartão de Visitas”, no qual Chico Anysio apresentou 40 dos seus mais de 100 personagens. Na TV Globo, escreveu e dirigiu a minissérie “Clara e o Chuveiro do Tempo”, semifinalista do Emmy Awards. Foi cocriador e diretor-geral do programa “Os Caras de Pau”, vencedor do Prêmio Extra de melhor humorístico e do prêmio especial do Montreux Comedy Awards, em 2011, na Suíça. Dirigiu, em 2016, junto com Henrique Tavares, a peça “Apesar de Você”. Em 2017, dirigiu a terceira temporada de “Multi Tom”, no Multishow, e voltou ao cartaz com a peça “Neurótica”, no teatro NorteShopping. Dirigiu o filme “Nada é Por Acaso”, adaptação do livro de Zibia Gaspareto. Em 2018, foi diretor-geral e comandou o humor no Multishow na quarta temporada de “Treme Treme” e nos 20 episódios de “Dra. Darci”, com Tom Cavalcante. Também dirigiu o “Z4”, seriado infanto-juvenil, exibidos no SBT e na Disney Channel Brasil e América Latina.

Ficha técnica:

  • Idealização: Luiz Machado e Márcio Trigo
  • Texto: Fernanda Celleghin, a partir de peças de Molière
  • Direção: Márcio Trigo
  • Interpretação: Luiz Machado
  • Cenário: Mina Quental
  • Figurinos: Carol Lobato
  • Iluminação: Fred Eça
  • Direção Musical: Márcio Trigo 
  • Composições e Performance: Newton Cardoso
  • Direção de movimento: Luciana Bicalho
  • Preparação Vocal: Mônica Karl
  • Design Gráfico: Gil Filho
  • Fotos: João Salamonde
  • Assessoria de Imprensa: Rachel Almeida (Racca Comunicação)
  • Redes sociais: Rafael Teixeira
  • Operação de Som: Danilo Neiva
  • Operação de Luz: Laís Patrocínio
  • Assistente de direção: Danilo Neiva
  • Assistente de Produção: Isa Quinta
  • Direção de Produção: Alina Lyra
  • Realização: LM Produções Artísticas

Serviço

  • Espetáculo “As Artimanhas de Molière”
  • Temporada: 10 de novembro a 17 de dezembro de 2023.
  • Casa de Cultura Laura Alvim/Teatro Rogério Cardoso: Av. Vieira Souto, 176 – Ipanema.
  • Telefone: (21) 2332-2016
  • Dias e horários: sábado, às 19h, e domingo, às 18h.
  • Ingressos: R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia-entrada)
  • Lotação: 53 lugares
  • Duração: 1h
  • Classificação: 12 anos

Venda de ingressos: bilheteria do teatro ou no site: https://funarj.eleventickets.com/#!/evento/c75d76d3b22e0367cb06d8bf56bf8a9e6e9eb9f4

“Gente de Bem”, com a Cia. Comparsaria Teatral, fecha ciclo no CCBB

Cia do Bem

Cia do Bem – Foto de Lia Ximenez

Gente de Bem é um convite a quem está à procura de uma peça atual que trata de assuntos da mais alta relevância social. O espetáculo segue até o dia 18 de dezembro no Teatro III do Banco do Brasil e traz seis histórias do livro “Necrochorume e outros contos” de João Ximenes Braga, um dos mais importantes escritores da televisão brasileira. A Cia. Comparsaria Teatral apresenta, pela primeira vez, um texto do autor para o teatro – são histórias retiradas literalmente da publicação de 2021, que retratam personagens e situações típicas da classe média branca brasileira. O resultado mostra crônicas de nossa época, escritas a quente, como apontamentos sobre absurdos registrados pelo autor no dia a dia, seja observando situações, diálogos, atitudes, o preconceito, os atavismos, o racismo, a homofobia e o conservadorismo das pessoas.

No elenco, além da diretora Adriana Maia, que também é atriz, mais 12 atores: Alexandre Damascena, Ana Achcar, Anna Wiltgen, Camí Boer, Dadá Maia, Gilberto Goés, José Ângelo Bessa, Mariana Consoli, Miguel Ferrari, Pamela Alves, Stefania Corteletti e Xando Graça. A temporada segue até 18 de novembro, no Teatro III do CCBB do Rio de Janeiro, às 18h.

“Quando vi um ensaio de ‘Gente de bem’, recorte de seis dos trinta contos de ‘Necrochorume’, fiquei surpreso com a teatralidade e o humor que a companhia descobriu nessa prosa. Os dois contos que fecham o espetáculo, porém, me deixaram apavorado. A companhia lhes trouxe tamanha virulência que eu não conseguia deixar de pensar que, em outros tempos, toda a trupe seria presa logo na noite de estreia .Graças a muita luta, não vivemos em outros tempos, mas nestes. Por outro lado, esta peça não nos deixa esquecer que os outros tempos continuam na coxia, esperando sua deixa para entrar em cena. E nos aniquilar” – ressalta João Ximenes Braga.

“As histórias construídas por Ximenes nos obrigam a olhar a sordidez humana sob o ponto de vista do opressor, e é preciso encarar esse opressor, só assim encontraremos caminhos possíveis para desconstruir a ‘branquitude’ ”, observa Adriana Maia.

A diretora geral aposta numa teatralização construída a partir da performance do ator-narrador – um recurso cênico do teatro épico contemporâneo, que permite ao ator transitar entre o ato de narrar e o jogo da representação, assumindo por vezes a função de personagem-narrador, e outras vezes de narrador-personagem – , que se coloca como um veículo de passagem entre texto e espectador. Ele manuseia a matéria-prima, que são as ideias, as situações e os sentimentos contidos no texto, e dá a ela uma forma “incompleta”, como se fosse uma escultura inacabada, que contém nela a proposta de várias formas diferentes e então entrega a escultura ‘inacabada’ ao público para que ele possa, a partir de sua percepção pessoal, concluir a obra.

Ficha Técnica:

Elenco: Adriana Maia, Alexandre Damascena, Ana Achcar, Anna Wiltgen, Camí Boer, Dadá Maia, Gilberto Goés, José Ângelo Bessa, Mariana Consoli, Miguel Ferrari, Pamela Alves, Stefania Corteletti e Xando Graça

  • Texto: João Ximenes Braga
  • Direção: Adriana Maia
  • Direção Musical: André Poyart
  • Cenografia e objetos: Cia Comparsaria Teatral
  • Figurinos: Nello Marrese (colaboração)
  • Iluminação: Anderson Ratto
  • Designer Gráfico: Cristina Resende de Almeida
  • Assessoria de Imprensa: Alexandre Aquino e Cláudia Tisato
  • Direção de Produção: Dadá Maia
  • Uma produção de Ciranda de 3 – Trupe Produção e Comparsaria Teatral
  •  @comparsariateatral

Serviço:

Gente de Bem

  • Espetáculo da Cia. Comparsaria Teatral
  • Temporada – 17 novembro a 18 de dezembro de 2023
  • Sexta, sábado e segunda às 19h, domingo às 18h
  • Classificação Indicativa: 12 anos
  • Duração: 80 minutos
  • Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro – Teatro III
  • Capacidade: 86 lugares
  • Endereço: Rua Primeiro de Março, 66
  • Centro – Rio de Janeiro
  • Contato: (21) 3808-2020 | ccbbrio@bb.com.br
  • Mais informações em bb.com.br/cultura
  • Siga o CCBB nas redes sociais:
  • twitter.com/ccbb_rj | facebook.com/ccbb.rj | instagram.com/ccbbrj
  • Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia), emitidos na bilheteria física ou site do do CCBB – bb.com.br/cultura

Meia-entrada para estudantes e professores, crianças com até 12 anos, maiores de 60 anos, pessoas com deficiência e seus acompanhantes e casos previstos em Lei. Clientes BB pagam meia entrada pagando com Ourocard.

Auto natalino da Companhia de Mysterios e Novidades que celebra a Arte e a Cultura de um Brasil luminoso!

AUTO DO BELO AMOR

AUTO DO BELO AMOR – Foto Cristina Tomaz

“Auto do Belo Amor – Oferendas e Pajelanças para todas as Marias” é o espetáculo que encerra neste ano a programação do “Calendário Cultural da Grande Companhia Brasileira de Mystérios e Novidades”. No dia 17 de dezembro, domingo, o Auto do Belo Amor sai da Casa de Mystérios e percorre as ruas da Gamboa, com seus brincantes em pernas de pau, a Orquestra Uirapuru, parceiros da Arte Pública e a comunidade da Pequena África desembocando na Praça da Harmonia onde o Auto se desenvolve. Direção artística: Ligia Veiga.

_ Uma pajelança criada na Praça da Harmonia, lugar de encontro de todas nós, das cantorias, batuques e danças num ritual de nascimentos e metamorfose. Guiado pela Orquestra Uirapuru, o nosso cortejo toma as ruas da Região Portuária do Rio de Janeiro, até a Sede de Arte Pública Carioca – explica Ligia.

Participações de atrizes, atores, dançarinos e músicos brincantes, que evocam os cantos mágicos do Brasil. Para Ligia Veiga são cantos de trabalho, de amor e guerra, numa pajelança de “alegria furiosa para os novos tempos de reflorestamento”. Ela acrescenta:

A Vó do Mundo evoca com a palavra cantada, Mamãe Iemanjá, que faz renascer nossas Marias, Senhoras da Saúde, da Travessia, da Conceição, do Perpétuo Socorro, dos Navegantes, dos Prazeres, da Anunciação, Desatadora de Nós, dos raios e trovões! O espetáculo celebra a potência do Amor das Marias de todos os tempos.

Comprometida com a memória dos saberes ancestrais de um território em disputa, a Companhia está sediada desde 2007 na Gamboa, ocupando durante o ano as ruas e praças com espetáculos, intervenções, cortejos, procissões, cheganças. Junto aos alunos, comunidade e artistas locais criamos os Autos de Resistência, Óperas Populares, Autos de Natal, desfiles de carnaval e tantas outras ações.

Afirmando o Teatro de Rua como importante veículo de intervenção urbana e transformação, a Companhia está dedicada à pesquisa e à criação de um teatro praticado nas ruas, praças e espaços alternativos.  Seus espetáculos, com coreografias em pernas de pau e música ao vivo, são inspirados nos antigos atores populares, inscrevendo-se como “Ópera Popular”, afirmando a arte de rua como importante veículo de intervenção urbana e de transformação. 

As ações do Calendário Cultural visam manter o trabalho coletivo praticado nas ruas, ressignificando a potência da arte pública na cidade e ao mesmo tempo contribuindo para o reconhecimento e a importância das políticas públicas voltadas às produções artístico-culturais de rua, garantindo o direito da população à fruição das artes em espaços púbicos.

As atividades são apresentadas gratuitamente em ruas e praças, tornando acessível ao público em geral e, ao mesmo tempo, fomentando as atividades artístico-culturais junto à cidade e à comunidade local.

Serviço

TEATRO

  • Dia: 17/12, domingo, às 17 horas
  • Espetáculo: Auto do Belo Amor – Oferendas e Pajelanças para todas as Marias
  • Direção artística: Ligia Veiga
  • Praça da Harmonia (Gamboa)
  • Cortejo pelas ruas da região portuária com a participação da Orquestra Uirapuru.
  • Classificação etária: livre

Dos palcos às telas: espetáculo pernambucano irá ganhar adaptação para o cinema

“A Última Volta do Ponteiro”, de Adriano Portela, começou como um livro, recebeu uma versão para os teatros e agora deve alcançar as salas de cinemas de todo o país

Adriano Portelal

Adriano Portelal – Por Milena Fotografia

A magia do teatro está prestes a tomar nova dimensões com a adaptação cinematográfica de “A Última Volta do Ponteiro”. Criada originalmente como um livro pelo recifense Adriano Portela, em 2011, a obra ganhou uma versão para os palcos, onde conquistou diversos prêmios. Agora, é a vez da história ser contada através das telas de cinema, em uma produção que entrelaça as nuances culturais italiana e brasileira e promete não apenas entreter, mas cativar os espectadores de todo o país.

O espetáculo conta a história de Anne, uma jovem que cresceu rodeada nos mistérios de sua família. A trama simboliza o retorno às origens, a volta a um passado recheado de surpresas e segredos reveladores. Um dos elementos que ganha destaque é a relação ítalo-brasileira presente na obra, que se passa em Recife, capital pernambucana, e Florença, capital da região da Toscana, na Itália.

– Nessa adaptação vou poder me aprofundar mais no universo original, que é o do livro. Infelizmente não dá pra transmutar tudo para o teatro, mas a janela do cinema me permite explorar, por exemplo, as nuances de todos os cenários criados para a narrativa. E a melhor parte é entender que o título é o mesmo, mas em três produtos diferentes: o livro, o teatro e o cinema, cada um com sua potência particular – explica Adriano.

O longa-metragem será dirigido pelo próprio Adriano, e a produção é de Ulisses Brandão, uma parceria que vem dando frutos desde o sucesso de “Recife Assombrado”. Criado pela dupla, o filme se tornou uma das maiores bilheterias do Estado. A nova versão teve trazer maior solidez e objetivo para a trama, envolvendo e cativando o público.

– A própria história original (do livro) pede adaptações. O texto é muito imagético e fluido. Vários leitores me falam que conseguem imaginar o menor dos detalhes. Eu, que trabalho com transcodificação e adaptação no ambiente acadêmico, me senti estimulado a levar o enredo de “A Última Volta de Ponteiro” para outros formatos, nesse caso, para o teatro e o cinema – afirma o cineasta.

Desenvolvido pela escola Cobogó das Artes, um projeto social de Adriano que leva arte e cultura à periferia de Recife, a produção teatral recebeu diversos prêmios. O mais recente deles foi no Festival de Teatro de Vitória de Santo Antão, na categoria Melhor Atriz para Carolina Queiroz.

Além da adaptação para os cinemas, a peça fará ainda uma apresentação única no início de 2024, no Festival Janeiro de Grandes Espetáculos. A sessão será no dia 12 de janeiro, às 19h, no Teatro Apolo (Recife Antigo).

Mais informações em: https://www.instagram.com/cobogodasartes/

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