O belíssimo espetáculo infantil “A Coragem de Maria Felipa” idealizado pela dramaturga, crítica teatral, curadora, produtora e agitadora cultural – Paty Lopes – foi contemplado no Edital Retomada Cultural, do Governo do Estado do Rio de Janeiro, e tem como proponente o Renascença Clube. Maria Felipa se destina à faixa dos 3 aos 10 anos, em especial aos alunos da rede pública de ensino e moradores das redondezas dos locais onde serão realizadas as três apresentações gratuitas, com intérprete de LIBRAS: dia 2/12, no Theatro Municipal; dia 10/12, no Renascença Clube; e, dia 17/12, no Museu Janete Costa, em Niterói.
Vale a pena conhecer a história de Maria Felipa de Oliveira, mulher marisqueira , pescadora e trabalhadora braçal que participou da luta pela
Independência da Bahia. A peça apresenta a cultura africana e indígena.
Paty Lopes evidencia a importância da conservação dos mares e da reciclagem. O artista plástico Rogério Campos, convidado pela idealizadora, construiu o figurino e o cenário com plásticos e restos de tecidos. Patricia traz ao texto o importante dramaturgo Eugen Bertholt Friedrich Brecht, com o conto “Se os Tubarões Fossem Homens” fazendo uma ponte entre o público mirim e a educação.
Mulheres como Maria Felipa, verdadeiras heroínas, não fazem parte da história do nosso país, uma invisibilidade que o teatro tem trabalhado revivendo essas memórias, principalmente para o público infantil, ainda em formação e multiplicador de ideias.
Sinopse
A história revela que a negra Maria Felipa, nascida na Ilha de Itaparica, liderou, por volta de 1822, um grupo de 200 pessoas para lutar contra os soldados portugueses que atacavam a ilha. Somente o seu grupo queimou 40 embarcações, diminuindo o poderio colonizador. Depois, ela enfrentou os portugueses usando folhas de cansanção, típicas da região, que em contato com a pele dão a sensação de queimação. Essa ação resultou numa queda significativa do número de soldados da tropa portuguesa. Em julho de 2018, Maria Felipa foi declarada Heroína da Pátria Brasileira pela Lei Federal nº 13.697, tendo o seu nome inscrito no “Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria” que se encontra no “Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves”, situado em Brasília.
Ficha Técnica
- Dramaturgia: Paty Lopes
- Elenco: Fernanda Sabot e Tauã de Lorena
- Direção: Milton Filho
- Produtor executivo: Marcelo Aouila
- Direção de movimento e preparação corporal: Raphael Rodrigues
- Cenário e Figurino: Rogério Campos
- Direção musical: Tauã de Lorena
- Realização: Renascença Clube