‘A História é uma Istória’ reestreia dia 5 de maio no Centro Cultural justiça Federal

A História é uma istória - Foto de Delmiro Junior

Após três temporadas de sucesso no Sesc Tijuca, no Theatro Municipal e no Teatro dos Grandes Atores, além de uma apresentação no Imperator, a nova montagem de “A História É Uma Istória”, de Millôr Fernandes e com direção de Ernesto Piccolo, retorna aos palcos dia 5 de maio, no Teatro do Centro Cultural Justiça Federal. O espetáculo é encenado por Bruno Ahmed, Paula Barros e Bruno Suzano e, este ano, também celebra o centenário do nascimento de Millôr, figura icônica da cultura brasileira. A peça segue em cartaz até 27 de maio, sexta e sábado, às 19h.

“A História é Uma Istória” é uma comédia “histórico-histérica” que traz ao palco, de forma descontraída e cheia de ironia, uma linha do tempo que começa na pré-história e segue até os dias atuais, abordando a evolução do homem de forma crítica e reflexiva, questionando ídolos e os “grandes feitos” da humanidade.

Encenada pela primeira vez em 1976, a peça tem sua maior força na relação entre espectador e atores e no sarcasmo característico dos textos de Millôr Fernandes. Para Bruno Ahmed, a montagem chega no momento ideal de provocar novas reflexões:

“No palco, relembramos fatos históricos que já aconteceram, no entanto, parece que o texto foi escrito hoje. Ele nos faz refletir sobre as decisões que tomamos ao longo da trajetória da humanidade, nos faz pensar sobre o papel do homem nesse percurso, provocando reflexões mais do que atuais”, diz.

A ideia de reviver o espetáculo surgiu em 2017, quando Paula Barros criou uma cena baseada no texto para um festival de esquetes que se tornou um grande sucesso. Ao mesmo tempo, o ator Bruno Ahmed buscava uma comédia para produzir. Ambos decidiram realizar o projeto pela sua espantosa atualidade e por acreditarem que o humor é uma excelente forma de provocar reflexões.

“O grande sucesso das nossas três temporadas confirmou a necessidade de encenarmos esse texto. Para mim, a vida não acontece sem humor, nos bons e nos maus momentos. O humor é uma ferramenta que gera a graça e o riso, mas que também faz pensar no porquê de estarmos rindo, ou não, daquela situação”, diz a atriz e idealizadora Paula Barros.

Convidado para conduzir a frenética direção, que conta com mais de 100 movimentos de marcação, Ernesto Piccolo ressalta a contemporaneidade do texto:

“Um espetáculo feérico, como propôs o mestre Millôr Fernandes. Uma retrospectiva da história cheia de humor e aventuras num ritmo alucinante. Um deleite que não perde a força, nem a atualidade”, conclui.

SINOPSE: “A História é uma Istória” é uma comédia de Millôr Fernandes que, em 2023,completa o centenário de seu nascimento. Com direção de Ernesto Piccolo e no elenco Bruno Ahmed, Bruno Suzano e Paula Barros, a peça aborda a evolução do homem de forma divertida, crítica e reflexiva, questionando e revivendo a história mundial desde a pré-história por diversas perspectivas. Provocativa e informal, a peça traz temas atemporais e ainda muito relevantes na atualidade, com muito sarcasmo e ironia.

FICHA TÉCNICA:

  • Texto: Millôr Fernandes
  • Direção: Ernesto Piccolo
  • Direção de Produção: Bruno Ahmed e Paula Barros
  • Elenco: Bruno Ahmed, Bruno Suzano e Paula Barros
  • Direção de Movimento: Antônio Negreiros
  • Diretor Musical e Sonoplastia: Cyrano Sales
  • Diretor de Arte e Cenógrafo: Diogo Venturieri
  • Iluminador: Gabriel Prieto
  • Figurinista: Marcela Treiger
  • Conceito visual: Igor Ribeiro
  • Assistente de Direção: Kattia Hein
  • Assistência de Produção: Manu Hashimoto e Raphael Sodré
  • Designer: Pira Studio 
  • Social Media: Aline Monteiro e Letícia Costa
  • Fotógrafo: Victor Senra e Delmiro Junior (fotos de cena)
  • Idealização: Bruno Ahmed e Paula Barros
  • Realização: B&A Empreendimentos e Cultura

SERVIÇO:

A HISTÓRIA É UMA ISTÓRIA

  • Estreia: 5 de maio de 2023
  • Temporada: De 5 a 27 de maio de 2023
  • Horários: sexta e sábado, às 19h
  • Local: Centro Cultural Justiça Federal – CCJF
  • Endereço: Avenida Rio Branco, 241, Centro, Rio de Janeiro
  • Duração: 70 minutos
  • Valor: a partir de R$30 (meia-entrada)
  • Link de vendas: https://beta.sympla.com.br/evento/a-historia-e-uma-istoria-no-ccjf/1935909 
  • Capacidade: 141 lugares 
  • Classificação indicativa: 12 anos

‘Chegança do Almirante Negro na Pequena África’ com a Companhia Brasileira de Mystérios e Novidades

Chegança – Foto Thaís Kruse

São 40 anos dedicados à “pesquisa e criação de um teatro que trabalha com as práticas cruzadas da tradição da cultura brasileira”. Para celebrar suas quatro décadas de história, a Grande Companhia Brasileira de Mystérios e Novidades, vencedora do 33º Prêmio Shell de Teatro, na categoria “Energia que vem da Gente”, volta às ruas com o espetáculo Chegança do Almirante Negro na Pequena África”.

A peça, com dramaturgia em cordel inspirada no episódio da Revolta da Chibata e seu líder João Cândido será encenada na Zona Portuária e centro do Rio de Janeiro em três dias e em três espaços diferentes: Praça da Harmonia (29/04), Praça Mauá (30/04) e Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica (01/05).

“Chegança do Almirante Negro na Pequena África” é um auto popular brasileiro que entrelaça intimamente essas raízes e revela, aos brasileiros, parte essencial de sua memória e identidade. Com elenco de 23 nomes entre atores, dançarinos e músicos sobre pernas de pau, a encenação reforça o aspecto arquetípico dos personagens. A trilha sonora sendo tocada ao vivo, referenciada nos folguedos populares, é composta especialmente para o espetáculo, seguindo uma linha de pesquisa baseada em melodias e ritmos do auto popular brasileiro: cheganças e marujadas.

Sobre João Cândido Felizberto, o Almirante Negro, e a rebeliaõ de 1910

(Trecho de texto de Hélio Eichbauer)

Um herói brasileiro, líder de uma revolta contra o uso da chibata na marinha arbitrária brasileira do séc. XIX deve ser lembrado assim como a vida de seus companheiros, muitos de ascendência afro-brasileira, filhos e netos de escravizados, barbaramente executados após suposta anistia.

…a história caminha inexorável sobre os extratos compactados de heróis e mártires; expor esses fatos da saga brasileira ativa a memória mais revolucionária e luminosa da vida.

Caminhar para o futuro, não sobre campo minado do esquecimento, mas sobre terreno fértil dos que tombaram pela pátria por tempos mais generosos e igualitários.

Grande Companhia Brasileira de Mystérios e Novidades

Há 40 anos a companhia trabalha com as linguagens da cena contemporânea relacionando, deste modo, os universos das artes cênicas e dos festejos, do rito e do mito, do sagrado e do profano. Seus 13 espetáculos autorais em repertório, com coreografias em pernas de pau e música ao vivo, são inspirados nos antigos atores/ músicos populares, inscrevendo-se como “Ópera Popular”, afirmando a arte de rua como importante veículo de intervenção urbana e de transformação.

Ficha Técnica: Criação e direção artística: Ligia Veiga/ Direção de arte: Helio Eichbauer/ Cenografia: Emily Pirmez/ Assistente de direção: Mafalda Pequenino/ Preparação Corporal: Marilia Felippe/ Texto em cordel: Edmilson Santini/ Figurino: Caetana Dias e Domingos Alcântara/ Assessoria de imprensa: Clóvis Corrêa/ Gestão de projeto: Marina França/ Produção local: Marcos Alpive/ Produção e Realização: Cia de Mystérios.

Elenco: Alexandre Mendonça/ Aline Figueiredo/ Allyson  Amaral/ Camilla Costa/ Carlos Santo/ Dicoklen Brito/ Edmilson Santini/ Elan Barreto/ Heglan Moura/ Joelson Gusson/ Jorge Freire/ Lelena Anhaia/ Ligia Veiga/ Mafalda Pequenino/ Maksin de Oliveira/ Marcelo Valentin/ Marília Felippe/ Pedro Lima/ Pedro Vidal// Ricardo Romão/ Rodrigo Maré/Thiagô Queiroz/ Verônica Pereira / Banda Gigantes da Lira.

Serviço

TEATRO

  • Dias 29 e 30/4 e 1/5, às 16 horas
  • Chegança do Almirante Negro na Pequena África
  • Criação e direção artística: Ligia Veiga
  • Dramaturgia: Edmilson Santini
  • Peça com dramaturgia em cordel inspirada no episódio da Revolta da Chibata e seu líder João Cândido.
  • Elenco: 23 nomes entre atores, dançarinos e músicos
  • Participação: Banda Gigantes da Lira

TODAS AS APRESENTAÇÕES AO AR LIVRE:

29/04 – Praça da Harmonia (Gamboa)

30/04 – Praça Mauá (Centro)

1/05 – Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica

Endereço: Rua Luís de Camões, Praça Tiradentes, 68 – Centro

Telefone: (21) 2242-1012

Duração: 80 minutos

Classificação etária: livre

Mais informações: site ciademysterios.com ou no instagram @ciademysterios

‘Gabriel só quer ser eles mesmo’ faz temporada popular no teatro Glauce Rocha no Centro até este domingo (30/04)

Gabriel só quer ser ele mesmo – Foto de Dalton Valério

Gabriel é um menino de 8 anos que gosta de dançar, ao mesmo tempo em que joga futebol e toca rock. Mas, na escola onde estuda, não querem que ele faça aula de dança só porque é menino. Será que o garoto vai desistir de fazer o que gosta? Com texto da Renata Mizrahi, conhecida por suas peças infantis de qualidade e conteúdo, direção de Renata e Priscila Vidca e direção musical de Marcelo Rezende, o musical infantil “Gabriel só quer ser ele mesmo” encerra sua temporada popular, neste domingo (30/04), no Teatro Glauce Rocha, no Centro.

As músicas originais, criadas por Renata e Marcelo Rezende, são interpretadas pelo elenco que, além de cantar, toca instrumentos como violão, pandeiro, kazoo, escaleta, tambor grave, castanhola, agogô de côco, chocalho pequeno, ukulele e triângulo. Em cena, estão Vinicius Teixeira, Flora Menezes, Vicente Coelho, Marcos França, Nathália Colón e Clara Santhana/Paula Cavalcanti, que vivem diferentes personagens.

A peça leva à cena uma história que, com leveza e humor, questiona as diferenças na educação de meninos e meninas e as expectativas de pais e professores em relação às crianças. O musical, que já está há três anos em cartaz, sempre com sucesso de público, marca a primeira parceria de Renata Mizrahi com o produtor Bruno Mariozz, que, há oito anos, desenvolve um importante trabalho teatral voltado para o diálogo entre adultos e crianças, com temas profundos e sem subestimar a lógica infantil.

A trama tem início no aniversário de 9 anos de Gabriel (Vinicius Teixeira), quando o garoto expõe o medo de que ninguém apareça na sua festa devido aos inúmeros questionamentos feitos durante o ano na escola. A história, então, é contada em flashback, mostrando momentos em que tentaram impor a ele comportamentos baseados em estereótipos de gênero.

A ideia surgiu depois que Renata assistiu ao documentário americano “The Mask You Live In”. Segundo o filme, desde a infância os garotos começam a brigar se alguém lhes diz “Quem aqui é a mulherzinha?”, demonstrando como o não reconhecimento da sua masculinidade parece torná-los fracos e “menininhas”. Ser “menininha” é considerado insulto. “Isso tem início nos primeiros anos e se arrasta por toda a vida”, lamenta a autora. “A hipermasculinização e hiperfeminilização se impõem às crianças desde o começo da vida. Até os brinquedos que são destinados para um ou para o outro são reflexos de uma tentativa de simplificar o mundo baseado em estereótipos de gênero, cuja origem não passa de mera construção social. Com este espetáculo, quero provocar a reflexão sobre educação infantil, sobre o quanto deixamos as crianças serem quem são, ou se estamos oprimindo a partir de uma conduta social automatizada”, completa.

O cenário de Mina Quental foi idealizado em cima cubos coloridos e de acessórios que simbolizam as mudanças de ambientes como o apartamento de Gabriel, a sala de aula e o pátio da escola. Também fazem parte da equipe criativa Ana Luzia Molinari (iluminação) e Flávio Souza (figurino).

Ficha técnica

  • Texto: Renata Mizrahi
  • Direção: Renata Mizrahi e Priscila Vidca
  • ElencoClara Santhana/Paula Cavalcanti, Flora Menezes, Marcos França, Nathália Colón, Vicente Coelho e Vinicius Teixeira
  • Músicas: Renata Mizrahi e Marcelo Rezende
  • Direção musical: Marcelo Rezende
  • Direção de produção: Bruno Mariozz
  • Cenário: Mina Quental
  • Iluminação: Ana Luzia Molinari
  • Figurino: Flávio Souza
  • Assessoria de Comunicação: Rachel Almeida (Racca Comunicação)
  • Design gráfico: Patrícia Clarkson
  • Fotografias: Dalton Valério
  • Produção: Palavra Z Produções Culturais
  • Idealização: Renata Mizrahi e Teatro de Nós Produções Artísticas.

Serviço

  • Espetáculo
  • Apresentações: até 30/04
  • Teatro dos Glauce Rocha: Av. Rio Branco, 179 – Centro, Rio de Janeiro – RJ, 20040-007
  • Telefone teatro: 2220-0259
  • Dias e horários: sábados e domingos, às 16h.
  • Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$ 10 reais (meia-entrada). Pagamento em dinheiro ou pix
  • Lotação: 130 pessoas
  • Duração: 50 minutos
  • Classificação: Livre.
  • Onde comprar: na bilheteria de teatro, a partir das 14h.

 A Gaivota pode ser vista no Centrp Cultural Galeria Olido

A Gaivota – Foto de Jennifer Glass

Escrito em 1895, o clássico teatral A Gaivota, de Anton Tchekhov (1860-1904), é revisitado no novo trabalho da Cia. Bípede de Teatro Rupestre. O espetáculo estreia no dia 5 de maio no Centro Cultural Galeria Olido, onde segue em cartaz até o dia 28 do mesmo mês, com apresentações às sextas e aos sábados, às 18h30, e aos domingos, às 15h.

A direção é assinada por Felipe Sales e o elenco conta com Alana Oliveira, Bárbaro Xavier, Cristiano Kozak, Gustavo Zevallos, Luciana Schwinden, Nanda Versolato, Mariana Matanó, Rafael Pacheco e Thiago Winter.

A história original se passa em uma tarde de verão em uma propriedade rural na Rússia, no final do século 19, quando o escritor Trepliov decide apresentar para a própria família sua mais nova peça, que é estrelada por Nina, por quem ele está apaixonado. sobre a peça

A encenação, no entanto, não agrada aos convidados, em especial à mãe de Trepliov, Arkadina, que é uma grande atriz do teatro clássico e ao seu amante Trigórin, um renomado romancista. O fracasso da encenação leva o jovem a questionar o próprio talento e entrar em uma profunda crise. Ao mesmo tempo, Nina se apaixona por Trigorin e, desejando a fama e glória, foge para Moscou na tentativa de viver um romance com o escritor e ir atrás de seu sonho de tornar-se uma atriz profissional.

Esses conflitos expõem uma série de problemas das pessoas daquele ciclo social – e de toda a sociedade daquela época. O espetáculo discute temas como a frieza nas relações familiares, o desencanto da juventude perdida e alguns conflitos geracionais.

A montagem da Cia. Bípede de Teatro Rupestre acentua a comicidade do texto de Tchekhov por meio da música ao vivo interpretada pelos próprios artistas, da palhaçacia e da bufonaria.

Sinopse

A história de Anton Tchekhov se passa em uma propriedade rural durante o verão russo. Trepliov, um jovem aspirante a escritor, decide apresentar para a sua família sua mais nova obra. No entanto, suas expectativas são quebradas pela reação de sua mãe, Arkádina, uma verdadeira prima donna do teatro clássico. Essa frustração desencadeia uma série de fricções entre as personagens e, dessa convivência, as mais diversas questões aparecem: triângulos amorosos, a frieza nas relações familiares, o desencanto da juventude perdida e diversos conflitos geracionais. A montagem da Cia. Bípede de Teatro Rupestre revisita esse clássico e traz à tona a comicidade do texto através do jogo cênico, que combina o teatro dramático com elementos da palhaçaria, da bufonaria e quebras musicais.

Ficha Técnica

  • Texto: Anton Tchekhov
  • Tradução: Rubens Figueiredo
  • Encenação: Felipe Sales
  • Direção Musical: Verônica Agnelli
  • Elenco: Alana Oliveira, Bárbaro Xavier, Cristiano Kozak, Gustavo Zevallos, Luciana Schwinden, Nanda Versolato, Mariana Matanó, Rafael Pacheco e Thiago Winter
  • Cenografia: Cristiano Kozak
  • Adereços: Madalena Marques
  • Figurino: Mariana Matanó
  • Iluminação: Thiago Winter
  • Direção de Produção: Felipe Sales e Luciana Schwinden
  • Assessoria de imprensa: Pombo Correio Assessoria de Imprensa
  • Realização: Prefeitura de São Paulo, Secretaria Municipal de Cultura, Centro Cultural Galeria Olido e Companhia Bípede de Teatro Rupestre

Serviço

A Gaivota, de Tchekhov, com a Cia. Bípede de Teatro Rupestre

  • Temporada: 5 a 28 de maio
  • Às sextas e aos sábados, às 18h30, e aos domingos, às 15h
  • Centro Cultural Olido – Sala Paissandu – Avenida São João, 473, Centro Histórico
  • Ingressos: Grátis, distribuídos 1 hora antes de cada apresentação
  • Duração: 110 minutos
  • Classificação: 14 anos

Oficinas na Virada Cultural

Processos Criativos: revisitando Tchekhov no Século XXI
Quando: 27 e 28 de maio
Carga horária: 4 horas

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