A Vida Passou Por Aqui

A Vida Passou Por Aqui

Texto de Claudia Mauro  e direção de Alice Borges com Claudia Mauro e Édio Nunes

por Redação

A peça lança olhar renovado sobre o envelhecimento e a passagem do tempo, através da história de uma profunda amizade entre uma mulher e um homem de mundos diferentes – uma professora e artista plástica que viveu às voltas com as crises em seu casamento e um faxineiro de hábitos simples e inteligência nata, que sempre levou sua vida com leveza e bom humor.

A montagem se estrutura nas idas e vindas entre passado e presente. Valendo-se basicamente do trabalho corporal, os atores passeiam por cinco décadas – dos anos 1970 até os dias de hoje, e por todas as mudanças em suas vidas.

A longeva “A Vida Passou Por Aqui”, de Claudia Mauro (atualmente no ar na novela “Um Lugar Ao Sol”, de Licia Manzo, na TV Globo), peça vencedora do Prêmio APTR 2017 de Melhor Autor, há mais de cinco anos em cartaz e vista por mais de 20.000 espectadores, inicia nova temporada no Teatro PetraGold. A direção é de Alice Borges, e em cena estão Claudia Mauro e Édio Nunes.

A peça, com argumento criado a partir da experiência pessoal e familiar de Claudia Mauro, lança um olhar renovado sobre o envelhecimento e a passagem do tempo. A peça celebra a alegria, a amizade e a importância das relações construídas com empatia numa sociedade que se comporta ainda de forma tão autorreferente e individualista.

“A Vida Passou Por Aqui” dá protagonismo aos encontros e aos afetos, e vem lotando teatros nestes mais de cinco anos em cartaz: “Ao longo das mais de 500 apresentações que fizemos deste espetáculo, eu, como diretora, assisti inúmeras vezes e sempre é emocionante e divertido. No entanto, o mais incrível é testemunhar o mesmo sentimento no público. A peça toca profundamente o coração das pessoas e elas voltam pra assistir novamente!”, conta a diretora Alice Borges.

SINOPSE

A peça conta a história de uma profunda e sólida amizade entre uma mulher e um homem de mundos bem diferentes – Silvia (Claudia Mauro), professora e artista plástica, que viveu por anos às voltas com as crises em seu casamento e Floriano (Édio Nunes), faxineiro de hábitos simples e inteligência nata, que sempre levou sua vida com leveza e bom humor. Silvia é uma mulher solitária que se recupera de um AVC, e Floriano o único amigo ainda presente. Aos poucos, ele contagia Silvia com sua alegria de viver e senso de humor, que acabam devolvendo a saúde e os movimentos à amiga. Juntos, se divertem e rememoram os altos e baixos de quase 50 anos de amizade.

OMO NASCEU ESTE TEXTO

“Então, a vida passou por mim e disse: ‘Chegou a hora. Seus pais sairão de cena. Agora é com você, sua vez.’ Pausa. Em meio à mudança de casa da minha mãe – que havia sofrido um AVC – encontrei uma caixa cheia de agendas, que ela escrevia como diários. Estava ainda fazendo o “luto” daquela mãe – que corria atrás dos meus filhos, com uma energia vital incrível – e me acostumando com uma mãe numa cadeira de rodas, que ora me olhava profundamente, ora com distância, ora muito lúcida, ora bastante esquecida. Tive uma súbita inspiração e me lembrei de uma história linda entre ela e um grande amigo. Desandei a escrever um texto sobre amizade. Liguei para o meu pai e mandei as primeiras páginas escritas. Em alguns minutos ele me retornou e disse: ‘Filhota, você é boa de diálogos, hein? Vai em frente!’ E eu fui… Mais algumas páginas, alguns dias no computador, e veio a notícia. Dessa vez, meu pai. Partiu. Tomando vinho com os amigos, rindo e feliz, como ele queria e merecia. Então, recomecei… e a história de amizade virou uma história para contar tantas outras histórias… Histórias de amor, de dor, de perdas e alegrias, histórias de família e de tantos personagens da minha vida.”, conta Claudia Mauro.

E o ator Édio Nunes, conhecido pela sua presença constante em espetáculos musicais de sucesso – tanto como ator quanto como diretor – complementa: “A minha amizade com a Claudia foi determinante para este projeto, porque falamos da vivência pessoal de ambos, fundamental para este trabalho. Fui muito motivado também por ser convidado a atuar num outro diapasão, longe do registro dos musicais, que posso chamar de minha zona de conforto. Um exercício estimulante e necessário como ator.”

A MONTAGEM

“Em 20 anos de amizade com a Claudia (Mauro), pude conhecer e conviver de perto com a sua família. Através dessa observação tão íntima, pude conduzir de forma delicada este texto sensível e emotivo, que resgata uma parte dessa história familiar. Minha intenção é levar o público para dentro deste universo poético – e ao mesmo tempo realista – da maneira mais sincera, verdadeira e simples.”, afirma Alice Borges.

A montagem estrutura-se nas idas e vindas entre passado e presente. Valendo-se basicamente do trabalho corporal e pequenas mudanças nos acessórios, os atores passeiam por quatro décadas – dos anos 1970 até os dias de hoje.

As mudanças nos figurinos se revelam, sutis, nos detalhes e acessórios – as roupas se transmutam ao invés de serem efetivamente trocadas. Os ambientes também transitam entre passado e presente através de elementos adicionados pelos atores.

A trilha sonora acompanha a linha do tempo, desfilando um repertório variado e icônico que vai de João Bosco a Martinho da Vila, passando por Bill Haley & His Comets e o legendário “Rock Around The Clock”.

RELAÇÃO DE MÚSICAS

Canta canta, minha gente (Martinho da Vila)
Pequeno Burguês (Martinho da Vila)
Kid Cavaquinho (João Bosco)
Vai levando (Chico Buarque e Maria Bethânia)
Eu hein, Rosa (Elis Regina)
Novo Tempo (Ivan Lins)
Pelas Tabelas (Chico Buarque)
Rock Around The Clock (Bill Haley & His Comets)

Serviço

NOVA TEMPORADA: a partir de 10 de março (5ªf), às 20h
Teatro PetraGold – Rua Conde de Bernadote, 26, Leblon / RJ
HORÁRIOS: sempre às 5ªf, às 20h / INGRESSOS: R$60 e R$30 (meia) / ONDE COMPRAR: https://bileto.sympla.com.br/event/66465/d/126549 ou na bilheteria do teatro / DURAÇÃO: 70 min / CLASS. INDICATIVA: 14 anos / GÊNERO: comédia dramática / TEMPORADA: até 07 de abril
– o espetáculo segue as normas de segurança sanitária para a covid-19 e são obrigatórios o uso de máscara e apresentação da carteira de vacinação completa

FICHA TÉCNICA

Texto: Claudia Mauro
Direção: Alice Borges
Diretor Assistente: Marcos Ácher
Elenco: Claudia Mauro e Édio Nunes
Cenografia: Nello Marrese
Figurinos: Ana Roque
Iluminação: Paulo Cesar Medeiros
Trilha Sonora: Claudio Lins
Pesquisa Musical: Patricia Mauro
Coach: Larissa Bracher
Supervisão de Movimento: Paula Águas
Coreografias: Édio Nunes
Assistente de Cenografia: Maria Stephania
Assistente de Figurino: Luiz Ikki
Costureira/Modelista: Ateliê Fátima Leo
Designer Gráfico: Marcos Ácher
Fotos: Caio de Biase
Produção executiva: Júnior Godim
Realização: Constelar – Arte, Diversão e Cultura
Assessoria de Imprensa: JSPontes Comunicação – João Pontes e Stella Stephany

CLAUDIA MAURO – autora e atriz

Atriz e bailarina, Cláudia Mauro estreou no teatro profissional em 1981. Atualmente está no ar na novela “Um Lugar Ao Sol”, da TV Globo.

No teatro, destacam-se “Salve Amizade”, de Flávio Marinho; “Bodas de Papel”, de Maria Adelaide Amaral; “Caixa Dois” e “A Flor do Meu Bem Querer”, de Juca de Oliveira e direção de Fauzi Arapi e Naum Alves de Souza, respectivamente; “Nada de Pânico” (Noises Off), tradução e adaptação de José Almino, com direção de Enrique Diaz, Marco Nanini e Guel Arraes; “OFF”, de Manoel Carlos; “Da Vida das Marionetes”, adaptação do filme homônimo de Ingmar Bergman, com direção de Guilherme Leme; “Eu e Ela” de Guilherme Fiúza com direção de Ernesto Piccolo. Ainda no teatro, trabalhou com Bibi Ferreira em “DNA, nossa Comédia” e José Possi Neto nos musicais “O Baile”, “Cabaré Melinda” e “Randevu do Avesso”, os dois últimos de sua autoria.

No cinema, trabalhou com Luiz Carlos Lacerda nos longas “For All” e “Viva Sapato”; com Paulo Cesar Saraceni em “O Viajante”; com Roberto Talma em “Minha Vida em suas Mãos”; com Maria Leticia em “O Amigo Invisível”; com Jorge Moreno na comédia Acredite, um espírito baixou em mim – ao lado de Marilia Pera – e com Geraldo Magalhães em “Amor Perfeito”, onde vivia a protagonista. Participou também dos curtas “Tangerine Girl” – com passagem pelo Sundance Festival – e “Cinema é uma Paixão” – curta mineiro premiado no Festival de Tiradentes no ano de 2000. Recentemente fimou o longa “Uma Fada Veio me Visitar”, com direção de Daniel Filho e Cris D`Amato, em circuito no momento.

Em 1990 participou da Oficina de Atores da TV Globo, sendo convidada para o humorístico “Escolinha do Professor Raimundo”, como a personagem D. Capitu. Atuou em novelas e programas da TV Globo como “História de Amor”, “Por Amor” e “O Beijo do Vampiro”. Esteve ainda na novela “Em Família”, de Manoel Carlos, em 2014, e na série “Romance Policial Espinosa”, no GNT, em 2015. Atuou ainda nas novelas “O Rico e Lázaro” e “Jesus”, da TV Record, e na série “Sem Volta” – uma coprodução da Panorâmica com a Chatrone Productions, produtora americana – exibida na Rede Record e Fox.

Como Autora

Claudia começou a escrever em 1988, após retornar de uma temporada em Londres, onde participou de algumas oficinas de teatro, dança e criação literária, quando tinha apenas dezoito anos. Na sequência, cursou a Faculdade de Letras na PUC / RJ e participou do workshop “O roteiro cinematográfico”, com Luiz Carlos Lacerda, e da “Oficina de criação de roteiro para TV”, com Luiz Carlos Maciel, na Casa da Gávea. Seu primeiro texto encenado, o musical “Cabaré Melinda”, teve boa repercussão e desdobramentos, ganhando uma segunda montagem em julho de 2013, revisada, com o nome de “Randevu do Avesso”. Recentemente associou-se a Lapilar Produções Artísticas e produziu o piloto da série “Maravilla”, de sua autoria em parceria com o ator Édio Nunes.

ALICE BORGES – diretora

Alice Borges começou sua carreira em 1977 e já atuou em variados espetáculos como atriz, cantora e bailarina. Entre as peças teatrais, destacam-se “Algemas do Ódio”, “MacBeth”, “Salve Amizade”, “Bodas de Papel”, “Theatro Muzical Brasileiro”, “A Maldição do Vale Negro”, “A Gente Se Ama”, “Eu Sou O Samba”, “O Baile”, “Era no Tempo do Rei”, “Tango Bolero e Chachachá”, “Zé Trindade”, “Timon De Atenas”, “Bilac Vê Estrelas”, entre outras. Trabalhou com os diretores Miguel Falabella, José Wilker, Amir Haddad, Antonio Pedro, Flavio Marinho, Stela Miranda, Luiz Arthur Nunes, José Possi Neto e João Fonseca.

Na televisão participou de programas como a minissérie “Labirinto”; as novelas “Desejos de Mulher”, “Malhação”, “I Love Paraisópolis” e programas de humor como “Chico Anysio Show”, “Escolinha do Professor Raimundo”, “A Diarista” e “Zorra Total”.

No cinema atuou nos longas “Amélia”, de Ana Carolina; “Histórias do Olhar”, de Isa Albuquerque; “De Pernas Para o Ar 2” e “Loucas Para Casar”, de Roberto Santucci; “Abismo Prateado”, de Karim Aïnouz, entre outros.

Alice também participou de espetáculos na função de assistente de direção, como “Futuro do Pretérito” com Lilia Cabral e “Porcelana Fina” com Vera Fischer, e durante 4 anos fez parte do grupo de teatro da UERJ (TUERJ), ministrando oficinas de expressão corporal e interpretação. Como produtora realizou o musical “Randevu do Avesso” em 2013, no qual participou também como atriz e codiretora do espetáculo.

Pelo espetáculo “Salve Amizade”, de Flavio Marinho, foi indicada aos Prêmios SHELL, SHARP E MAMBEMBE de 1997 como Melhor Atriz. Neste mesmo ano ganhou o Prêmio MAMBEMBE de Atriz Coadjuvante Infantil pelo espetáculo “Papagueno”. Em 1991 ganhou o Prêmio SATED de Atriz Revelação pelo espetáculo “Três Por Dois” e de Melhor Atriz Infantil pelo espetáculo “A Sereiazinha”, pelo qual também foi indicada ao Prêmio COCA-COLA. Em 2015 recebeu indicação ao Prêmio CESGRANRIO de Melhor Atriz em Musical por “Bilac Vê Estrelas”.

ÉDIO NUNES – ator

Ator, cantor, bailarino, coreógrafo, escritor e diretor, Édio começou a sua trajetória com a Cia Aérea de Dança em 1990. Formou-se em Teatro (Licenciatura Plena) pela Universidade do Rio de Janeiro (UniRio), onde fez pós graduação em teatro musicado. Estudou canto na Escola de Música Villa Lobos. Atualmente, dirige a Trupe Real em Cena e leciona teatro na Liceu Escola de Dança.

Édio atuou em importantes musicais brasileiros, participando de algumas turnês internacionais. Trabalhou com Miguel Falabella em “Império” e “South American Way”; com Stella Miranda em “Petralha”, sobre a vida de Nelson Gonçalves; e “Crioula”, baseada na vida de Elza Soares; com Adelia Sampaio em “Dois Nego e uma branca”; com Aderbal Freire-Filho em “Estatuto de Gafieira” e “Orfeu da Conceição”; com Pedro Paulo Rangel em “Um Homem Célebre”; com Paulo Betti em “Uma Canção Brasileira”; com Daniel Herz em “Geraldo Pereira, um escurinho brasileiro”; e com José Possi Neto em “O Baile”, “Cabaré Melinda” e “Randevu do Avesso” – nos dois últimos assinou também codireção, coreografia e colaboração de texto.

Recentemente participou como ator e/ou diretor de movimento nos musicais “Sambra”, com Diogo Nogueira; “Politicamente Incorretos – Uma revista do Ano” – de Ana Velloso, e na trilogia infantil “Sambinha”, “Bossa Novinha” e “Forró Miudinho”, indicada ao prêmio Zilka Salaberry de Menção Honrosa em 2016. Atualmente está indicado ao Prêmio Cesgranrio como Melhor Ator em Musical por seu trabalho em “Kid Morengueira – Olha O Breque!”.

Dirigiu os musicais “Noel Rosa – O Feitiço da Vila”, “Teatro do Absurdo”, “Mulheres Dramáticas”, “Chá das 5”, “Romeu e Isolda” e, mais recentemente, “Satã” – monólogo musical com Leandro Melo – e “Lapinha” – indicado aos Prêmios APTR e Shell de Direção Musical.

Em 2014, associou-se a La Pilar Produções artísticas e produziu com a atriz Cláudia Mauro o piloto da série “Maravilla”, da qual assina o argumento.

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