Aos 41 anos, Fabrício Batista domina campeonato brasileiro de Jiujitsu e revela fábrica de campeões

Atleta veterano conquista dupla coroa e forma nova geração de lutadores através de projeto social

por Rafael Gomes

O veterano Fabrício Batista provou que experiência e determinação superam qualquer barreira etária ao conquistar o título duplo no campeonato brasileiro de jiujitsu olímpico. Aos 41 anos, o atleta dominou as categorias Gi e NoGi durante o evento da CBJJO realizado em 22 de junho, no Olaria Atlético Clube, finalizando seu adversário na decisão final.

A performance do lutador chamou atenção não apenas pela técnica apurada, mas pela capacidade de competir em categorias de idade mais novas, demonstrando condicionamento físico e preparo técnico excepcionais. “É muito gratificante esta vitória pois ela serve de incentivo aos meus alunos”, declarou o campeão, que também atua como formador de talentos.

O trabalho de Fabrício como professor está gerando frutos expressivos no cenário competitivo nacional. Seus pupilos já acumulam conquistas importantes: Manuella Luiza, de apenas 7 anos, e Miguel Nunes, de 9 anos, tornaram-se campeões brasileiros pela CBJJD no evento do clube municipal da Tijuca. Daniel Moura, também de 9 anos, completou o sucesso da equipe com o segundo lugar em sua categoria.

Em apenas três meses de competições, a equipe comandada por Fabrício soma 10 medalhas entre o pan-americano de jiujitsu e o campeonato brasileiro da FJJD. “Agora elas pegaram o gosto e não querem mais parar”, comemora o técnico, que oferece treinamento diário para jovens atletas dos bairros de Inhaúma e Pilares.

A metodologia de ensino aplicada por Fabrício tem se mostrado eficaz na formação de competidores, mesmo enfrentando limitações financeiras que dificultam a participação em torneios. “Existem muitos atletas bons nas comunidades, mas sem oportunidade de demonstrar seu potencial em competições”, analisa o professor-atleta.

O duplo título conquistado por Fabrício Batista representa não apenas uma vitória pessoal, mas o reconhecimento de um trabalho consistente na formação de novos talentos do jiujitsu brasileiro.

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