APAE de Búzios protesta por garantia de espaço para atendimento

Foto Graça Duarte

Integrantes da APAE e familiares dos assistidos promoveram, nesta segunda-feira, uma concentração em frente ao gabinete do prefeito de Búzios para cobrar explicações e soluções imediatas diante da desocupação da sede que abrigava a associação. O grupo busca respostas sobre a retirada da unidade e a situação dos atendimentos, que ficaram comprometidos com a saída do imóvel.

A mobilização chamou atenção para o impacto direto sobre pessoas com deficiência e suas famílias, que dependem dos serviços oferecidos pela instituição.
Os manifestantes conseguiram uma audiência com o prefeito Alexandre Martins, que afirmou que a APAE terá uma nova sede. O Prefeito propôs a troca de imóvel com o projeto assistencial Beija-flor, como alternativa para acomodar a associação. Estiveram presentes à reunião representantes da APAE, entre eles Luiz Valério, presidente da Federação Estadual do Rio de Janeiro; Márcia Rocha, gestora executiva da Federação; Luana Costa, presidente da APAE de Búzios; e Nilton César Santos, assessor da APAE de Búzios. E o apoio da Coordenação do Fórum dos Usuários – FMUSUAS RIO. A proposta do Executivo foi recebida com cautela pelos participantes, que exigem garantias concretas de continuidade do atendimento.

Segundo líderes e familiares no local, a desocupação deixou assistidos sem serviços essenciais e sem definição clara sobre onde serão atendidos nas próximas semanas. Profissionais de saúde, educadores e cuidadores apontam que interrupções abruptas prejudicam tratamentos, rotinas pedagógicas e a rotina das famílias, ampliando ansiedade e risco de retrocessos no desenvolvimento de usuários. Para muitos, a ausência de um plano de transição efetivo transforma uma medida administrativa em problema de saúde pública.

APAE importância da continuidade

A situação da APAE, atualmente sob intervenção, realça a importância da continuidade institucional dessas entidades, especialmente na unidade de Búzio, que atende populações vulneráveis e exerce papel insubstituível na rede de atenção à pessoa com deficiência. A garantia de serviços está ligada não apenas à infraestrutura física, mas também à preservação de equipes técnicas, programas de reabilitação e vínculos construídos ao longo do tempo, elementos que exigem planejamento e diálogo entre poder público, Federação, famílias e a própria APAE.

Os manifestantes cobram responsabilização dos órgãos públicos e exigem garantia imediata de continuidade dos atendimentos, com cronograma claro, alternativas de espaço e manutenção das equipes. A expectativa é que, além da proposta anunciada pelo prefeito, seja apresentado um plano detalhado e transparente que assegure direitos dos assistidos e evite novas rupturas. Enquanto isso, a mobilização segue como forma de pressão para que a transição ocorra com preservação da assistência e participação das famílias nas decisões.

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