Após sucesso da primeira temporada, “O Grande Dia” reestreia no Terreiro Contemporâneo

O Grande Dia

Depois de uma temporada de sucesso nas zonas Norte e Sul, a peça-filme “O grande dia”, primeiro solo do ator Reinaldo Júnior, realizada pela Confraria do Impossível, com direção de André Lemos, que reestreia no Terreiro Contemporâneo neste final de semana, e fica em cartaz até 17 de julho, de quinta a domingo às 19h30. “É um solo sobre homens negros: avôs, pais, filhos, companheiros, famosos, anônimos, trabalhadores, intelectuais, vivos ou mortos, não como objetos de estudos, mas como protagonistas das suas próprias histórias, narrativas e vivências. Do nascimento até o presente momento, das travessias de ruas da Chatuba de Mesquita até à cidade de Pequim, na China”, ressaltou o ator, Reinaldo Júnior,

que protagoniza, e que evidencia a capacidade artística de um homem negro brasileiro nos palcos. 

Com participações especiais de Mariana Nunes, Cátia Costa, Vilma Melo, Tatiana Tibúrcio, Wilson Rabelo, Nando Cunha, WJ, Reinaldo Santos, Theo Costa, Zaion Salomão. Direção de produção de Jeff Fagundes,  supervisão artística de Tatiana Tibúrcio, Cenários de Tarso Gentil. Arte e realidade se misturam no jogo cênico com o trabalho visceral de Reinaldo que, em cena, desmistifica e desconstrói os preconceitos acerca das pessoas negras, sobretudo, dos homens. “Dos palcos aos ringues, da vida cotidiana, simples, em luta, de um corpo bélico, em trânsito, carregado de poesia, subjetividade e camadas que não interessam ao sistema que esteja vivo, pulsante e pensante. É uma obra construída sobre a vida para atravessar e transformar tantas outras, quebrando olhares viciados e construindo imaginários positivos sobre o ser negro”, frisa Reinaldo. 

Segundo  André Lemos, o encarceramento em massa, intolerância religiosa e discussões sobre o papel do homem negro dentro da contemporaneidade e da nova abordagem de protagonismo são alguns dos assuntos debatidos. “A ideia é trazer o homem negro para o centro da cena. É preciso entender esse discurso da descolonização. Este é o primeiro solo que estamos montando e, nesse momento, nós, que já trabalhamos com teatro, estamos entrando numa nova seara e tentando fazer um híbrido disso, dentro da nossa estética teatral, audiovisual e desses trabalhos que a gente vem adquirindo de intervenção urbana durante esses anos de pesquisa afrofuturista, do negro em cena em meio ao racismo estrutural”, pontuou o diretor. 

Mais um projeto que transborda toda pluralidade do ator, nascido em Mesquita, na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro. “Tenho uma equipe criativa ‘Excellence’ em todos os setores, a qual me permite trabalhar com confiança diante de um grande desafio. Cada projeto é um mergulho diferente. Entre mais de 30 espetáculos, 15 filmes, séries em TV, festivais nacionais e turnês internacionais, é a primeira vez que me debruço em uma narrativa solo”, revelou Reinaldo. 

De acordo com o ator, o processo de pesquisa completou 30 anos. “Este trabalho começou em 1991. Temos o mesmo tempo de vida, nos mesmos minutos e acréscimos e nascemos no mesmo lugar, na mesma batida e no mesmo ritmo. Mesmo com muitas vozes e com a diversidade de personagens em cena, encaro como uma grande aventura. Para um bate-bola durante este processo, convidei os atores e amigos, Wilson Rabelo e Wayne Marinho, para uma troca sobre a obra. Acredito na antiga filosofia que arte não se faz sozinho”, explica. 

Otimista para a estreia da peça-filme, o diretor André Lemos destaca. “Estou com boas expectativas para este trabalho híbrido artístico entre o cinema e teatro, com uma temática muito forte em torno do homem negro e dos atravessamentos durante os últimos séculos”. 

Para Reinaldo, o intuito é fazer com que outros homens negros se reconheçam. “Esperamos conduzir o espectador e o público para um olhar mais profundo e humanizado sobre a complexidade e as camadas de uma vida negra masculina em uma sociedade racista dominada pelo patriarcado branco, além de exaltar e homenagear a nossa ancestralidade preta através da arte, quebrando estereótipos e a falácia de que não existem bons atores negros no Brasil”, concluiu.

O Terreiro Contemporâneo fica localizado na Rua Carlos de Carvalho, 53, Centro, Rio de Janeiro, próximo a praça da Cruz Vermelha.

SERVIÇO 

Local: Terreiro Contemporâneo – Teatro Chica Xavier

Endereço: Rua Carlos de Carvalho, 53, Centro, Rio de Janeiro

datas: de 30 de junho a 17 de julho – de Quinta a Domingo às 19h30

Classificação: 14 anos

Ingressos: 

R$ 30 inteira

R$ 15 meia

R$ 10 lista amiga para nomes enviados no instagram @ograndediasolo

FICHA TÉCNICA

Idealização e Atuação: Reinaldo Junior 

Direção e Dramaturgia: André Lemos

Direção de Produção: Jeff Fagundes

Criação Audiovisual: Giulia Santos 

Supervisão Artística: Tatiana Tibúrcio 

Participações especiais: André Lemos, Cátia Costa, Gatto Larsen, Mariana Nunes, Miguel Kalahary, Nando Cunha, Reinaldo Santos, Tatiana Tiburcio, Theo Costa,Vilma Melo, Wilson Rabelo, WJ, Wayne Marinho e Zaion Salomão

Assistente de Direção: Wayne Marinho

Direção Musical: André Lemos

Supervisão de Movimento: Cátia Costa

Direção de Movimento/Preparação Corporal: Reinaldo Junior

Cenário: Tarso Gentil

Figurinos/Adereços: Raphael Elias

Projeto de Luz: Rommel Equer

Captação de Imagens e Som/Colaboração Artística: Luan de Almeida 

Assessoria de Imprensa: Monteiro Assessoria – Laís Monteiro

Operação de Áudio/Vídeo: Alex Nanin

Técnico de Som: João Nazaré

Operação de Luz: Thiago Viana

Produção Executiva: Jonathan Fontella, Rafa Correia e Wayne Marinho

Design: Giulia Santos

Parceria: Terreiro Contemporâneo

Sede: Teatro Negro Chica Xavier

Realização: Confraria do Impossível

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