A Arena Dicró, na Penha Circular, será palco da 2ª edição do Breaking Carioca, um dos eventos mais aguardados do Rio de Janeiro. A seletiva será realizada no dia 17 de novembro, a partir das 14 horas e as inscrições para as batalhas são gratuitas e devem ser feitas através do Perfil do Instagram.
O evento vai reunir diversos atores da cena carioca para celebrar a cultura Hip Hop, com os melhores b-boys e b-girls em batalhas que prometem surpreender o público. O time de jurados contará com a Bgril Amanda Baroni, e com os Bboys Max e Vinny UBI. Ao todo, o Breaking Carioca vai distribuir R$1.500,00 em premiação, sendo R$1000,00 para o 1° lugar e R$500,00 para o 2° lugar.
O Breaking Carioca é realizado pela IQfênix e Conexão Eventos, e recebeu incentivo da Secretaria Municipal de Cultura, através do edital Pró Carioca. Para o produtor artístico do Breaking Carioca, Lúcio Pedra, um dos principais objetivos do evento é revelar à cidade os talentos da cena breaking no Rio de Janeiro, que resistiram ao tempo e continuam fomentando a cultura Hip Hop.
“Nosso projeto busca dar visibilidade a esses jovens que procuram reconhecimento pelo trabalho que desenvolvem por meio da arte. Portanto, levar o breaking para espaços populares do Rio é ampliar seu alcance e proporcionar experiências concretas na vida das pessoas, principalmente de quem vem da periferia, o habitat natural do breaking”, pontua Lúcio.
Ainda de acordo com o produtor, o breaking atua como um agente catalisador de mudanças na vida de jovens periféricos ao redor do mundo. E nas comunidades do Rio, não tem sido diferente. “Em seu DNA, o breaking carrega componentes essenciais para o desenvolvimento de crianças e adolescentes, ajudando esses jovens a serem reconhecidos por sua capacidade de se expressar”, acrescenta.
Ser autêntico, espontâneo e criativo são ingredientes essenciais para ser um Bboy ou Bgirl respeitado na cena Hip Hop. Além disso, criar cultura e arte significa elaborar novas formas de comunicação. O poder de integração dessa arte permite ao indivíduo se conectar e interpretar um universo cultural pulsante e vivido, gerando trocas de vivências e experiências de diferentes lugares da cidade.
“O breaking nasceu nos bairros negros das grandes cidades americanas na década de 70, e sempre foi marginalizado por conta de sua gênese, assim como nossos movimentos populares, como o samba e a capoeira. No entanto, a conjuntura em que o breaking surgiu é marcada pela sua capacidade de unir jovens das comunidades de Nova York. Essa força revela o breaking como uma arte de resistência, permitindo ao jovem da periferia se manifestar e encontrar sua voz”, explica Lúcio Pedra, que é bboy desde 1990.
Breaking nas olimpíadas
As Olimpíadas de 2024, em Paris, na França, foi marcada pela estreia do breaking como modalidade dos jogos olímpicos. Pela primeira vez, 16 países mandaram representantes para a disputa no evento, com o total de 32 vagas, 16 por gênero. Lúcio reforça que estar em uma Olimpíada foi uma oportunidade que trouxe mais visibilidade ao breaking.
“Participar de um evento desse porte marcou toda nossa trajetória. No entanto, o evento passou, e o breaking não estará nas Olimpíadas de 2028. E agora, o que faremos? O de sempre: continuar trabalhando para que o breaking alcance o maior número possível de pessoas. Nosso objetivo é popularizar a dança, gerar mais participantes e, consequentemente, conquistar mais visibilidade e recursos para o seu desenvolvimento, tanto como arte quanto como prática desportiva”, finaliza o produtor.
Além das batalhas, o Breakin Carioca também contará com grafiteiros, DJs e MCs de diversas regiões do Rio de Janeiro, mostrando sua arte e fortalecendo a cultura Hip Hop.
Serviços
Breaking Carioca
17 de novembro – 14 horas
Arena Dicró – Parque Ari Barroso – Entrada pela, R. Flora Lôbo, s/n – Penha Circular, Rio de Janeiro