Argentina aumenta imposto sobre ‘Dólar turismo’, atingindo turista brasileiro

Argentina aumenta imposto sobre ‘Dólar turismo

Turistas brasileiros com planos de viajar para a Argentina vão ser atingidos por um aumento considerável no imposto que incide sobre operações em moeda estrangeira no chamado “Dólar turismo” ou “Dólar tarjeta”. O aumento, anunciado na quinta-feira (14) pela Administración Federal de Ingresos Públicos (Afip), organismo de arrecadação de impostos da Argentina, será de 10% – indo de 35% a 45%. No comunicado, a Afip descreveu a medida como destinada “a fortalecer a frente fiscal” do país.

Essa mudança atinge o consumo em viagens e gastos no exterior. Ou seja, turistas brasileiros serão afetados, principalmente se estiverem viajando com o intuito de fazer compras na Argentina, ou até mesmo gastar em cassinos, que são alguns dos principais destinos de quem viaja, já que a jogatina não é legal no Brasil. O lado bom é que é possível driblar os custos do Dólar turismo jogando de forma online com as plataformas disponíveis no cassinos.info – elas são licenciadas em seu país de origem e a legislação brasileira não as impede de atuar por aqui, já que elas possuem sede no exterior. Esses sites têm todos os jogos que vemos nos estabelecimentos físicos, com a vantagem de cobrarem em Real e oferecerem bônus de boas vindas e promoções a novos jogadores.

Brasil mais afetado

Além dos gastos no exterior, o aumento impactará os pagamentos em cartão de crédito para empresas sediadas fora do país, como serviços de streaming estilo Spotify e Netflix, por exemplo. Os argentinos também precisariam recorrer ao Dólar paralelo sem o Dólar turismo – o que encarece a viagem ainda mais. Segundo a nota oficial, essa decisão é parte das medidas tomadas para “garantir o equilíbrio fiscal e promover a solvência do Estado como promotor da atividade econômica”.

Isso indica que, além de afetar o turista brasileiro, o Brasil em si sofrerá certo baque com esta medida. O nosso país é o que mais recebe argentinos por ano. Em 2019, por exemplo, ano que antecedeu a pandemia, quase dois milhões de turistas argentinos entraram em território brasileiro. Em 2018, esse número era de 2,5 milhões, equivalente a 38% dos visitantes estrangeiros no Brasil.

Até mesmo durante a pandemia os índices de argentinos visitando o Brasil se mantiveram altos – 50% do fluxo habitual, mesmo com a prolongada quarentena argentina e as restrições de voos.

Segundo o presidente da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), Sílvio Nascimento, nosso país precisa recuperar os níveis de turismo estrangeiro anteriores à pandemia em 2023. Com essa notícia a respeito da Argentina, a meta se torna mais difícil de ser alcançada.

Conversões

Já para o tupiniquim que visita o país vizinho, é preciso prestar atenção no sistema argentino de câmbio, que conta com pelo menos 13 tipos de conversão. Além do Dólar comercial, paralelo e turismo, a Argentina conta com os câmbios “Bolsa”, “vinho”, “trigo” e muitos outros. Segundo o economista-chefe da Fundación Libertad y Progreso, Eugenio Mari, “tantas cotações são resultado de controles, impostos às exportações e política econômica errática”.

O economista acredita que a tendência é de ainda mais desvalorização para o Peso, principalmente com a combinação dessas distorções econômicas com os níveis baixíssimos de reserva – exatamente o valor mínimo definido pelo Fundo Monetário Internacional, US$3,2 bilhões. É discutida uma possível desvalorização da moeda de pelo menos 40% no mercado.

Já o brasileiro que viaja deve prestar atenção. Apesar do Real ter se valorizado em relação ao Peso, usar cartão de crédito na Argentina deve ser evitado ao máximo. Isso porque o câmbio através de um meio oficial é feito pelo Dólar, e sobre as compras no cartão também incide o IOF de 6,38%.

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