Arte dos Povos: Rio de Janeiro ganha novo festival que reúne arte, cultura e meio ambiente

Em tempos de tantas questões sociais e políticas que dividiram opiniões e esquentaram os ânimos, uma novidade chega ao Rio de Janeiro para celebrar a relação do ser humano com a natureza, a diversidade cultural dos povos brasileiros e os saberes da matriz-africana e indígena, como alternativa de construção de um mundo melhor. Essa é a proposta do Arte dos Povos, que aterriza no Museu de Arte Moderna — MAM, do dia 3 ao dia 6 de novembro (quinta a domingo). O festival relembra ainda os 100 anos da Semana de Arte Moderna de 22 e a ECO 92, dois importantes marcos para a nossa cultura brasileira.

O evento vai agregar arte contemporânea, shows musicais, oficinas, seminários, mostra de cinema para refletirmos sobre a crise climática e sobre movimentos socioculturais. Dividido em 6 ambientes, o festival vai disponibilizar uma programação visando ampliar a mensagem acerca da crise climática e relação do ser humano com a natureza.

“O maior desafio do mundo contemporâneo é a crise climática e sem dúvidas, a arte e a cultura são ferramentas poderosas para reverter esta crise”, conta o metre Aderbal Ashogun, curador do Festival, que desenvolve ainda o trabalho da Rede Afroambiental desde 1992 e já participou da COP26. Aderbal ainda complementa que “dentro do festival acontece A Cúpula dos Povos, para marcar os trinta anos da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento do Rio de Janeiro, a ECO 92”. Será, ainda, construído um Dossiê em parceria com o Diversitas da USP e a Rede Afroambiental, que será entregue na ONU, ao Estado Brasileiro e à Organização COP27, no Egito. Este documento irá propor a construção de uma agenda climática com os povos e comunidades tradicionais.

Entre as atrações culturais e palestras, nomes como Denilson Baniwa, Carlos Vergara, Marcela Cantuaria vão falar sobre Artivismo e a Crise Climática. Helena Theodoro e Elisa Lucinda apresentam uma leitura sobre Mulheres Negras, ancestralidade, trabalho, matriarcado, arte e racismo religioso. A apresentação conta ainda com uma Roda de Candomblé realizada por 20 Sacerdotisas com simbolismos diversos como signos das águas e atabaques tradicionais de Candomblé.

Na cinemateca, a mostra de cinema “Outros Terreiros” traz como eixo central produções cinematográficas de longas, médias e curta metragens, debates cujo eixo temático se dá em torno da preservação da segurança alimentar, diversidade cultural, religiosa e biológica. Serão exibidas obras raras como o documentário “Imagens do Futuro” do cubano Santiago Alvarez, passando pela premiada produção alagoana Cavalo, por filmes que retratam ícones do Axé como Mãe Beata e Chica Xavier, e pela obra referencial “O Veneno está na mesa”, a mostra fará um breve panorama de experiências e vivências comunitárias que estão representadas nas discussões da Cúpula dos Povos Rio + 30.

Para conferir a programação completa, acesse o instagram do evento @artedospovos

Serviço:

FESTIVAL ARTE DOS POVOS
Data: 3, 4, 5 e 6 de novembro
Local: Museu de Arte Moderna MAM – Avenida Infante Dom Henrique, 85, Glória
PROGRAMAÇÃO COMPLETA: @artedospovos

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