As Moiras, o mito grego das três irmãs que tecem o destino dos deuses e dos homens, retornam aos palcos em 2023 , escrito por Kako Soares, o espetáculo foi encenado pela primeira vez em 2013, agora 10 anos depois, o espetáculo retorna para uma nova roupagem apresentando a história de Joana em um formato mais intimista e dramático, garantindo muitas emoções para o público.
Após sofrer diversos abusos do próprio pai, Joana decide fugir de casa em busca de uma vida melhor e se vê obrigada a tomar uma decisão. Enquanto Joana está determinada a sobreviver e recomeçar sua vida, Pedro, o irmão mais novo de Joana, sofre dos mais diversos abusos do próprio pai por ser homossexual. Inevitavelmente, suas vidas tomaram rumos muito diferentes. E é nesse momento em que as três irmãs, As Moiras, decidem mudar os destinos dos personagens deixando que a escolha de cada possa conduzir o fio da vida até o seu corte.
Apresentado pela Cia. Os Hypócritas, As Moiras conta a história dessa extraordinária odisseia e o drama de Joana, a menina que nasceu com o brilho nos olhos. O espetáculo aborda questões ligadas à pedofilia e a homofobia; a história mescla entre o drama e a comédia ao expor que há sempre muitos caminhos ao se fazer uma escolha em nossas vidas.
A produção independente é da Cia. Os Hypócritas, o espetáculo é protagonizado por Vanessa Souza, como Joana, e por Chris Ferreira, como Demóstenes. A direção geral será de Kako Soares, diretor de “A Casa de Todos os Santos” vencedor do prêmio de melhor espetáculo com temática LGBTQIA+ de São Paulo em 2022, pelo Guia Gay SP. O espetáculo chegou na fase final do Mapa Cultural Paulista em 2015. Da formação inicial do espetáculo se mantem Jonatan Cabret e o ator Fabrizzio SanVarez que entrou para o elenco em 2015 dando vida a cafetina Dona Costância.
AS MOIRAS estreia neste domingo ( 5 de março) , na Associação Paulista de Imprensa, em São Paulo com 05 sessões aos domingo.
SERVIÇO:
AS MOIRAS
- ESTREIA 05 DE MARÇO DE 2023
- TEMPORADA ATÉ 02 DE ABRIL DE 2023 NA ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE IMPRENSA
- Sessões aos domingos às 19h
- Local: Associação Paulista de Imprensa – API
- Endereço: Rua Álvares Machado, 22 – 5º Andar – Centro Histórico de São Paulo, São Paulo – SP
- Classificação etária: 14 ANOS.
- Capacidade: 60 pessoas
- Gênero: Teatro Dramático
- Duração: 60 minutos
- Ingressos: R$30,00 a R$60,00
- Bilheteria física (Não há) Todos os ingressos são vendidos através do site da Sympla.com
FICHA TÉCNICA
Texto e Direção Geral
Kako Soares
Assessoria de Imprenssa
Jonatan Cabret
Fotografias de @studioj203
Design de Luz e Som
Kako Soares
Assistente de Produção
Eth Salopete
Rodrigo Simas em grande estilo com ‘Prazer Hamlet’
Dirigido por Ciro Barcelos, o ator se desnuda em seu primeiro monólogo
Rodrigo Simas vive um ator que está prestes a estrear seu primeiro monólogo inspirado no clássico texto de William Shakespeare, “Hamlet”. A trama poderia ser a do próprio Rodrigo que, pela primeira vez, também estará sozinho no palco com o espetáculo que estreou dia 4 de março, no Teatro Glaucio Gil, no Rio de Janeiro, sob a direção de Ciro Barcelos. “Prazer Hamlet” explora os medos, os questionamentos e os fantasmas internos desse ator que se vê obsediado por Hamlixo que o incita numa escavação pelos labirintos da hipocrisia social e do coração do Príncipe Hamlet, levando-o a uma questão jamais abordada nas inúmeras montagens teatrais da obra: Quem o príncipe amou afinal?
No texto original de Shakespeare, o Príncipe Hamlet corteja Ofélia. Há dúvidas se o príncipe está em êxtase com esse amor ou louco com a morte do pai e atormentado por seu fantasma. Os amigos não acreditam nesse amor. Quando ele se encontra sozinho com Ofélia no quarto, nada acontece e ela fica estarrecida. Depois, numa discussão, ele sugere que ela vá para um convento.
Com cenário, adereços e figurinos assinados por Claudio Tovar, Rodrigo se despe no palco, ficando em uma das cenas apenas com um cinto de castidade. Representando a sexualidade da personagem Hamlet, omitida por Shakespeare, que nunca foi abordada. Um figurino feito em couro preto que remete uma estética medieval e moderna ao mesmo tempo.
“A exposição é muito relativa, não necessariamente está ligada à nudez. Não tenho problema com a nudez e acho que a sociedade é que tem. É uma questão religiosa também. Com a criação de tabus e padrões, super valorizam e problematizam a exposição de um corpo”, analisa Simas.
A ideia do trabalho com o diretor Ciro Barcelos surgiu em 2012, quando os dois se encontraram no palco do “Dança dos Famosos”, do “Domingão do Faustão”. “Ele foi jurado técnico e no final conversamos e ali já havia uma vontade de trabalharmos juntos. 10 anos depois, eis que sou o seu Hamlet. Que responsabilidade!”, diz Rodrigo.
FICHA TÉCNICA
- Encenação: Rodrigo Simas
- Texto e Direção: Ciro Barcelos
- Cenário, figurino e adereços: Claudio Tovar
- Direção Musical: André Perine
- Desenho de Luz: Caetano Vilela
- Preparação Vocal: Glaucia Verena
- Fotografia: Ronaldo Gutierrez
- Assessoria de Imprensa: Dobbs Scarpa Assessoria de Comunicação
- Produção e Realização: Foco3 Produções Artísticas
SERVIÇO
Temporada: até 02 de abril
Sáb: e Dom: 20h
Ingresso: R$60
TEATRO GLAUCIO GILL – Praça Cardeal Arcoverde, s/n, Copacabana, CEP 22040-030, RJ Telefone da bilheteria (21) 2332-7904
Duração: 75min
Classificação: 16 anos
Para não silenciar as vozes femininas
Arte é resistência? Ou resistir também é uma forma do fazer artístico? Ou Quantas Malalas estão entre nós? Questões como essas perpassam “Rosa Choque”, um poema cênico musical virtual concebido e dirigido por Vanessa Bruno a partir da dramaturgia de Dione Carlos. A obra explora a luta mais recente das mulheres brasileiras pelo direito à educação.
A obra será exibida gratuitamente no dia 8 de março, às 20h – Dia internacional das mulheres #8M – no canal do Youtube da produtora Corpo Rastreado, seguida por uma live com a dramaturga e diretora abordando o tema “Ações contra o silenciamento das vozes femininas”.
Rosa Choque mescla a história da ativista paquistanesa Malala Yousafzai com a vida das estudantes secundaristas brasileiras que impediram o fechamento de 92 escolas estaduais em 2015. Na ocasião, mais de 200 instituições de ensino em São Paulo permaneceram ocupadas como uma forma de protesto contra essa medida.
Malala teve um papel de destaque na defesa dos direitos das mulheres pelo acesso à educação. Em 2012, quatro anos depois dela ter criado o blog “Diário de uma Estudante Paquistanesa” para escrever sobre seu amor pelos estudos e as dificuldades vividas no país, ela foi baleada ao voltar da escola e ficou em coma por três meses. Na época, ela tinha apenas 15 anos e os talibãs impediam as jovens de frequentarem instituições de ensino na região do vale do Swat. Algum tempo depois, no Brasil estudantes, juntos da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), a maior entidade de representação estudantil para o ensino médio, protestavam contra a reestruturação do sistema educacional estadual declarada pelo governo, que pretendia fechar 92 escolas e transferir mais de 300 mil alunos da rede pública.
A reflexão sobre como a história do Paquistão e sua transformação violenta baseada na ideia de teocracia estabelece paralelos com a história recente no Brasil foi o disparador para a construção textual da dramaturga Dione Carlos, pensado originalmente para o palco presencial. Ela partiu de três biografias disponíveis sobre Malala Yousafzai e documentários sobre o evento político histórico do movimento secundarista no Brasil para criação das suas duas personagens Malala e (A).
FICHA TÉCNICA
Dramaturgia: Dione Carlos
Concepção e direção: Vanessa Bruno
Elenco: Alice Quintiliano, Bia Miranda, Gabriela Rocha, Letícia Calvosa, Lilian Regina, Lisi Andrade, Livia Vilela, Luisa Coelho, Monalisa Silva e Rita Grillo
Assistente de direção: Elisa Volpatto
Preparação vocal e finalização sonora: Joana Duah
Colagens: Isabel Wilker
Edição e finalização: Thaís Fernandes e Joana Bernardes
Finalização e mixagem de som: Naira Marcatto
Consultoria slam: Luiza Romão
Produção: Corpo Rastreado
Realização: VULCÃO [criação e pesquisa cênica]
Deus de Spinoza no Teatro Itália Bandeirantes até abril
O espetáculo O Deus de Spinoza reestreou neste sábado (04 de março), no Teatro Itália Bandeirantes, com direção de Luiz Amorim, texto de Régis de Oliveira e direção musical de Marcus Veríssimo. Além de Amorim, estão no elenco Bruno Perillo, Juliano Dip (estreando nesta temporada), David Kullock e Roberto Borestein.
Vivemos num mundo conturbado e cheio de emoções. O momento pelo qual passamos necessita de reflexão, entendimento e clareza. A filosofia de Spinoza nos traz uma luz nestes tempos.
O jurista Régis de Oliveira, além de desembargador renomado, pessoa pública de notório saber, é também romancista e autor de vários livros. Dedicado ao estudo da Filosofia, ele agora se engendra pelo mundo da dramaturgia, trazendo-nos este texto sobre a vida de Spinoza.
Valorizando o pensamento e a visão de mundo do filósofo, a peça busca resgatar a nossa relação com a natureza. Spinoza foi acusado, julgado e condenado pela instituição religiosa mais poderosa da Holanda do Século XVII. Objeto de discussão em muitos pilares da educação, Spinoza continuou renegado. Hoje seu pensamento foi resgatado e é motivo de muitos estudos no mundo inteiro.
Sua ampla e densa obra trata da relação do ser humano com Deus e com a Natureza. Trata dos afetos, do direito natural, da essência humana. O espetáculo mostra Baruch de Spinoza logo depois de expor o seu pensamento, considerado herético, e a sua relação com os Rabinos mais importantes da comunidade judaica. A peça mostra ainda os seus delírios e sua clareza de pensamento, que são muito importantes nos dias de hoje.
A ação se passa na Holanda em seu período mais rico, comercial e cultural: o Século de Ouro dos Países Baixos. Ali estava Grócio, um dos pais do direito público. Descartes escolheu a Holanda como pátria espiritual. Rembrandt e Vermeer despontavam na pintura. O país fervilhava intelectual e economicamente.
Aqui encontramos Baruch de Spinoza e vemos a sua relação de amizade com o editor de seus livros, Jan Rieuwertsz, que acompanhou o amigo até seus momentos finais.
A dramaturgia de Régis de Oliveira nos traz muito da essência do pensamento de Spinoza. Régis há anos se dedica ao estudo de filosofia, e traz em sua primeira peça um recorte da vida de Spinoza, desde sua condenação – o herem, em 1656 – até a sua morte, em 1677.
“Através do pensamento de Spinoza, podemos reconhecer muitos comportamentos de nossa sociedade atual, com suas superstições, crenças ou mistérios. E podemos notar como os donos do poder sabem manipular as multidões através do medo e da imposição do sistema”, conta Régis.
“Eu sempre me dediquei ao pensamento e à reflexão. E já há anos tenho professores particulares ou consultores, especialmente para a Filosofia. Para escrever esta obra, contei muito com a assessoria do Professor Maurício Marsola, que me conduziu na interpretação de Spinoza”, diz nosso autor.
E segue: “Também tive assessoria para o estudo da filosofia e da doutrina judaica, tão importantes para entender a condenação de Spinoza, contextualizá-la e também para contar essa história. Spinoza é um dos mais notáveis filósofos de todos os tempos. Essa peça não é um estudo biográfico nem de análise de sua obra. Trata-se de localizar o autor em seu tempo, imaginar os confrontos que teve por força de sua crença religiosa em face de outra”.
“Spinoza balançou o mundo e o pensamento moderno. A montagem trata os personagens com humanidade, com seus erros e acertos e principalmente com as suas convicções. Busca trazer o pensamento de Spinoza de forma acessível, para que, como diz Spinoza, afete, ou seja, toque de alguma maneira o público. São as afecções. Toda obra pode ser boa ou ruim, depende de como ela toca o público”.
FICHA TÉCNICA
- Texto: Régis de Oliveira
- Direção e Adaptação: Luiz Amorim
- Direção Musical: Marcus Veríssimo
- Elenco: Bruno Perillo, Juliano Dip, David Kullock, Luiz Amorim, Roberto Borenstein
- Musicistas: Marcus Veríssimo, Margot Lohn e Giovani Ganzá.
- Desenho de Luz: César Pivetti
- Figurinos: João Pimenta
- Cenografia: Evas Carretero
- Visagismo: Beto Franca
- Registro Imagens: V Filmes
- Ilustração: Hidreley Dião
- Designer Gráfico: Luciano Alves
- Técnico e operador de luz: Rodrigo Pivetti
- Camareira: Alana Carvalho
- Contrarregragem: Magnus Odilon
- Produção Executiva: MV Produções
- Assessoria de imprensa: Pombo Correio
- Mídia Social: Priscilla Dieminger
- Realização: Régis de Oliveira
Serviço:
O DEUS DE SPINOZA
Temporada até 30 de abril. Sábados às 21h e domingos às 20h.
Local: Teatro Itália Bandeirantes
Endereço: Av. Ipiranga, 344 – Edifício Itália – República – São Paulo – SP
Duração: 80 minutos.
Classificação: 12 anos.
Capacidade: 290 lugares.
Ingressos: R$80 (inteira); R$40 (meia-entrada – estudantes, idosos, PCD e seus acompanhantes).
Vendas pelo site:
teatroitaliabandeirantes.com.br/detalhe/o-deus-de-spinoza
Instagram: @odeusdespinoza