Baseado em histórias de diversas mulheres, espetáculo “Outras Mulheres” realiza temporada em junho, no Rio

por Redação
Outras Mulheres

Uma manifestação artística e política da diversidade e resistência feminina,
baseadas nas histórias de mulheres oriundas das periferias do Rio de Janeiro: assim
é o espetáculo de dança Outras Mulheres, que realiza temporada na Região
Metropolitana do Rio de Janeiro e no Interior do Estado, no mês de junho, com
entrada gratuita.

Com música ao vivo, que mergulha nas raízes culturais de diversas mulheres, o
espetáculo fomenta a reflexão e a conscientização sobre temas fundamentais das
vivências das mulheres do Rio de Janeiro e conta com 4 dançarinas, 3
percussionistas em cena e possui a duração de aproximadamente 60 minutos.

“Através da linguagem da dança contemporânea permeada pelas danças populares
brasileiras e afro-cubanas, celebramos a força das mulheres que vieram antes de nós.
Trazemos essa pluralidade de histórias e memórias para a cena, por meio da
expressividade e poesia com voz, movimento e música ao vivo”, explica Tatiana Silva,
uma das diretoras do espetáculo.

Realizado pela Marimba Cultural , Outras Mulheres estreou em 2022 como uma
performance realizada no Museu do Samba, durante o evento Matriarcas do Samba
& Os Insurgentes e busca atingir mulheres de bairros da Zona Norte e periferias do
Rio, onde existe um número considerável de moradoras expostas à violência,
vivendo em situação de vulnerabilidade e de pobreza. Outras Mulheres é
contemplado na Lei Paulo Gustavo da Secretaria Municipal de Cultura do Rio de
Janeiro, Secretaria Municipal de Cultura de Maricá e a Secretaria de Cultura do
Estado do Rio de Janeiro.

Outras Mulheres não é apenas um espetáculo de dança, ele representa um
contraponto à narrativa convencional e elitizada da dança, exaltando a potência, a

riqueza e a autenticidade dos corpos periféricos e as histórias intrínsecas a essas
mulheres. Em vez de perpetuar a tradicional celebração do Ballet clássico, esse
espetáculo é um mergulho em diversas linguagens de dança, como a dança
contemporânea, danças populares brasileiras e afro-cubanas”, comenta Vitória Pedro,
que divide a direção com Tatiana Silva.

No ano de 2023, foram registrados 3.181 casos de violência contra as mulheres,
praticamente 8 registros por dia, um aumento de 22% em relação aos registros do
ano de 2022. Os dados estão no boletim 'Elas Vivem: Liberdade de Ser e Viver', da Rede de Observatórios da Segurança, publicado dia 7 de março deste ano, véspera
do Dia Internacional das Mulheres, como um alerta sobre a violência doméstica. A
situação se agrava para mulheres negras, que ainda são submetidas a salários
significativamente menores do que homens brancos e sofrem com a discriminação
no acesso à saúde.

“Este projeto entende a arte como um espaço de conscientização, reflexão e
acolhimento. Então, a partir de um resgate através da ancestralidade feminina,
valorizando aquelas que nos precederam e pavimentaram os caminhos pelos quais
hoje trilhamos, este objetivo é alcançado”, analisa Nathalia Leite, produtora do
espetáculo.

Segundo a produção, Outras Mulheres está ancorado na missão de promover e
fortalecer a diversidade e resistência feminina, encontrando respaldo jurídico em
importantes leis brasileiras que visam a promoção da igualdade de gênero e a
proteção dos direitos das mulheres, como a Lei Maria da Penha (Lei nº
11.340/2006), que visa coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a
mulher.

Além disso, o espetáculo também busca conscientizar e refletir sobre a urgente
necessidade de discutir e enfrentar tais questões violentas, através da Lei nº
12.288/2010, que institui o Estatuto da Igualdade Racial, visando garantir à
população negra a efetivação da igualdade de oportunidades, a defesa dos direitos
individuais, coletivos e difusos e o combate à discriminação e às demais formas de
intolerância racial.

“Além de se apresentar como uma expressão artística, o Outras Mulheres se
consolida como uma resposta direta às exigências sociais e legais de uma
sociedade que busca ser mais justa, igualitária e respeitosa com todas as suas
mulheres”, finaliza Tatiana Silva.

FICHA TÉCNICA 2024:
Realização e produção: Marimba Cultural
Produção Geral: Nathalia Leite, Tatiana Silva, Vitória Pedro
Assistentes de Produção: Anna Goulart, Deborah Leite, Fernanda Lima, Maria Clara
Maiorano, Stephanie Leite
Direção: Tatiana Silva e Vitória Pedro
Criação/Concepção: Coletiva
Social Media: Anna Goulart
Designer: Luis Artus
Filmagem: Nathalia Leite
Edição: Júlio Cesar
Fotografia: Gabriela Machado
Figurino: Amanda Fáveri
Técnica de som: Raquel Brandi
Técnica de Luz: Ileana Thaís
Elenco Dança: Bellas Silveira, Mirian Miralles, Tatiana Silva e Vitória Pedro
Elenco Música: Gabrielly Martins, Ingrid Machado e Marcia Guimarães
Assessoria de Imprensa: Alessandra Costa
Intérprete de Libras: Árvore Vicente

SERVIÇOS:

Espetáculo Outras Mulheres
Dias 12, 13, 20, 21, 22 e 23 de junho

12/6 – 19h30 – Teatro Sérgio Porto – Endereço: Rua Humaitá, 163 – Humaitá, Rio de
Janeiro – RJ

13/6 – 19h – Teatro Gonzaguinha – R. Benedito Hipólito, 125. Centro, Rio de Janeiro –
RJ

20/6 – 19h – Teatro Municipal de São Gonçalo – R. Dr. Feliciano Sodré, 100 – Centro,
São Gonçalo- RJ

21/6 – 19h30 – Teatro Sylvio Monteiro – R. Getúlio Vargas, 51 – Centro, Nova Iguaçu –
RJ

22/6 – 18h30 – Centro Cultural Maestro José Figueira – Praça Manoel Congo s/n –
Centro, Paty do Alferes – RJ

23/6 – 16h e 18h30 – Maricá (2 sessões) – Centro de Artes e Esportes Unificados –
CEU – Rod. Amaral Peixoto, Itapeba – Maricá, RJ

Entrada Gratuita

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