CAZAS DE CAZUZA: Ópera-rock de Rodrigo Pitta faz curta temporada a partir de 20 outubro no Rio Janeiro

CAZAS DE CAZUZA - Foto: Ricardo Nunes

Celebrado como uma pioneira e genuína ópera-rock, o musical criado na virada do milênio e recriado em 2021 em edição especial para homenagear os 40 anos do Rock brasileiro, volta aos palcos para uma curta temporada até o dia 23 de outubro no Teatro Claro Rio.

Após se apresentar no Festival “Rock Brasil – 40 anos”, que teve edições no Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Brasília, e realizar apresentações lotadas no Vivo Rio, “Cazas de Cazuza” está de volta aos palcos a partir de 20 de outubro. Recriado quando a presença de público precisava ser parcial e o uso de máscaras ainda era recomendável por conta da pandemia, o musical ganha finalmente agora uma primeira temporada.

Nascido no ano 2000, uma década após a morte de Cazuza, o espetáculo cumpriu uma trajetória incomum desde sua estreia. Sua mistura de show de rock e musical da “Broadway” transformou-o em sucesso meteórico que lotou por semanas as duas principais casas de espetáculos de São Paulo e Rio de Janeiro, o Tom Brasil e o mítico Canecão. O inesperado fenômeno de público, crítica e sucesso midiático, deveu-se em parte ao fato de ter sido o primeiro musical a misturar canções de Cazuza e do Barão Vermelho com um texto inédito, e ser apresentado por jovens artistas desconhecidos.

Já se passaram mais de 30 anos desde que Cazuza, um dos maiores poetas da história da música brasileira, nos deixou. Suas letras e canções, sua imagem irreverente e, principalmente, sua mensagem, deixaram uma marca e um legado únicos na história da MPB, transformando-o em um ícone jovem, cuja obra transcende o tempo e permanece viva.

“Cazas de Cazuza”, tributo escrito e montado em 2000, na virada do milênio, por um grupo de jovens artistas, tendo à frente o diretor e compositor Rodrigo Pitta, foi uma das maiores homenagens já prestadas a esse artista ímpar. O espetáculo teve enorme repercussão, sendo visto por mais de 80 mil pessoas.

Apesar de se passar no ano 2000 e conservar intacto seu texto e referências de época, “Cazas de Cazuza” se mantém atual por retratar um país em crise, convivendo com as consequências de uma epidemia.

Em dois atos, o musical mostra a história de oito personagens, Mia, Enrico, Justo, Bete, Deco, Vera, Ernesto e Dornelles, que vivem no Baixo Leblon, no Rio de Janeiro, abordando temas como preconceito, sexo, drogas, amor e desemprego presentes nas 20 músicas de Cazuza, entre elas “O Tempo não para”, “Pro Dia nascer Feliz”, “Um Trem para as Estrelas”, “Codinome Beija-Flor”, “Ideologia”, “Bete Balanço” e “Brasil”.

A nova montagem conta com 14 atores em cena e uma banda de 4 músicos. Nos papéis principais estão Fernando Prata (Enrico), Julianne Trevisol (Mia),Yann Dufau (Deco), Leandro Buenno (Justo), Marcella Bartolo (Bete Balanço), Janamo (Vera) e Alexandre Damascena (Ernesto). Dois componentes do elenco da versão original estão participando da nova montagem, entre eles o ator Fernando Prata, que interpretou Enrico em 2000, e volta a viver o papel do poeta desempregado depois de duas décadas. A versão 2021 tem ainda como Diretor Musical o cantor e compositor Jay Vaquer que fez parte do elenco da montagem original no papel de Justo.

Escrito e dirigido por Rodrigo Pitta, então com 22 anos, “Cazas de Cazuza” chamou atenção por apresentar uma genuína e pioneira ópera-rock nacional com arranjos e textos inéditos em um musical “estilo Broadway”, muito antes do Brasil ter se transformado em um polo consumidor e criativo de espetáculos do gênero.

No elenco original estavam Jay Vaquer, Lulo Scroback, Debora Reis, Rosana Pereira, Bukassa Kabenguele, Fernando Prata e Vanessa Gerbelli. “Cazas de Cazuza” causou “furor” como se dizia antigamente, foi fenômeno de público e teve excelentes críticas, reunindo em sua plateia uma gama impressionante de personalidades como Caetano Veloso, Ney Matogrosso, Gilberto Gil, Moraes Moreira e Marilia Pera, entre outros. Seu elenco foi convidado para se apresentar em programas como os de Fausto Silva, Jô Soares e Hebe Camargo, entre muitos outros lideres de audiência. Por onde passou, o espetáculo ganhou destaque na capa de jornais, chegou a virar tema de tese em universidade e, até hoje, é grande o número de pessoas que gostaria de revê-lo ou assisti-lo pela primeira vez.

“Cazas de Cazuza é um marco, foi a primeira grande homenagem feita a Cazuza e agora, 21 anos depois, ainda é muito atual. Eu fui ver todos os dias no Canecão e a cada dia era uma nova emoção. Não é uma biografia, não é um filme, são variações sobre um mesmo tema falando das várias facetas do Cazuza. É um musical muito bonito e vocês não podem perder, corram para comprar os ingressos”, afirma Lucinha Araújo, mãe do cantor e presidente da Sociedade Viva Cazuza.

FICHA TÉCNICA – CAZAS DE CAZUZA Um Musical de Rodrigo Pitta

Direção geral – Rodrigo Pitta

Codireção e direção musical – Jay Vaquer

Arranjos vocais – Daniel Salve

Arranjos vocais adicionais – Rodrigo Pitta e Jay Vaquer

Estrelando: Fernando Prata (Enrico) Julianne Trevisol (Mia) Leandro Buenno ( Justo Marcella Bartholo ( Bete Balanço) Yann Dufau(Deco) Janamô ( Vera) Alexandre Damascena (Ernesto) Gugu Peixoto (Dornelles) Amanda Brambill Ella Fernandes Grace Nascimento Mavi Carpin Alex-Ci Raí Valadão

Banda: Pianista / Tecladista – Anderson Nem Guitarrista / Violonista – Caio Barreto Baterista – Kelder Paiva Baixista – Lancaster Lopes

SERVIÇO:

Cazas de Cazuza

  • Local: Teatro Claro Rio – Rua Siqueira Campos, 143 – 2º piso – Copacabana.
  • Temporada: 20 a 23 de outubro
  • Horário: Quinta, sexta e sábado às 20h. Domingo às 16h.
  • Ingresso: R$ 160,00 (plateia e frisa) R$ 140,00 (balcão)
  • Vendashttps://bileto.sympla.com.br/event/75932/d/154618
  • Capacidade: 659 lugares
  • Classificação: 18 anos.
  • Duração: 135 minutos

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