O Centro Cultural Correios RJ abre a exposição ‘Fios da Vida’, apresentando o fio como elemento comum na arte e na cura, através de trabalhos de diferentes formas, suportes e técnicas, produzidos por arteterapeutas, artistas plásticos e artesãos, com curadoria e coordenação de Márcia Costa, produção de Angela Philippini, assistência de produção e montagem de Fabio Severin, e design de Beatriz Athaíde, a partir de 03 de agosto.
O objetivo é envolver o observador e fazê-lo interagir com esse elemento expressivo potente e múltiplo, que está integrado a uma diversidade de estratégias capazes de produzir efeitos terapêuticos transformadores.
“Fios estão presentes no imaginário humano como metáforas para caminhos, vínculos, elos, pertencimentos. Eventualmente, os fios representam também descaminhos, enredamentos e buscas de sentido. Expressões presentes no falar cotidiano ilustram essas antigas origens como: ter o ” Fio de Ariadne”, perder ou achar “o fio de meada”, a situação “deu um nó”, ficou “enrolada “, ou foi possível “ir de fio a pavio”…
Desses tempos ancestrais surgem outras referências, como destecer para tentar enganar o tempo e as ausências, como Penélope aguardando o retorno de Ulisses. Caminhando ainda mais para trás, em tempos ainda mais distantes, chega-se à rede de Indra e seu entrecruzamento de fios e materiais preciosos, ou ao Sutra, onde fio é a alegoria da vida. Na cultura milenar do Japão encontra-se o Aiki Ito, um fio imaginário interligando pessoas que estavam predestinadas em algum momento de suas vidas a se encontrarem”.
Fios da Vida
Nesta mostra estão presentes terapeutas que trabalham com materiais expressivos, produzem arte e através dela conduzem processos terapêuticos e de autoconhecimento, representam diferentes territórios pelo Brasil, unidos por cada imagem que é um fio de sentido em seu ofício, produzindo indicações e rotas para o labirinto do viver, representando desafios, obstáculos, possibilidades e descobertas.
O processo terapêutico é complexo e desafiador, que abrange imaginar, fazer, refazer, tramar, urdir, adornar, sustentar, desfazer ou transformar. Alianças como “Arte e Terapia” constroem redes de sentidos e símbolos, em que os fios visíveis ou invisíveis são a matéria prima que guia o caminhar.
“Fios da Vida” confirma a importância e necessidade da difusão da informação que a arte cura, transforma, oferece canais de livre expressão, atende a necessidade ancestral de comunicar afetos e interagir com as próprias potências de produzir imagens e cultura.
Durante a exposição, haverá performances, duas oficinas criativas para 20 pessoas em cada dia, como possibilidade de experimentação do processo criativo com a linguagem dos fios, projeção de vídeos dos expositores em processos expressivos diversos de criação com fios, produzindo tramas, urdiduras, tecelagens, bordados, instalações, construindo, desconstruindo, articulando e transformando.
Artistas participantes
Adélia Azevedo, Ana Lúcia, Angela Philippini, Bernardo Arraes, Betânia Malcher, Bruna Estrella, Cristiane Gerolis, Daniele Spada, Daniel Franco, Fernanda Amaral, Gaby Alves, Jussara Gomes, Marcelo Adão, Marcia Costa, Maria Raphael (in memoriam), Marie Thérèse Pfyffer, Robson Xavier, Rômulo Baldes, Ruth Casoy, Tania Terezinha (in memoriam), Vani Luiza Cipriano, Vera de Freitas e Wilma Santos Ribeiro.
Os artistas são terapeutas que trabalham com materiais expressivos, produzem arte e através dela conduzem processos terapêuticos e de autoconhecimento, representam diferentes territórios pelo Brasil, unidos por cada imagem que é um fio de sentido em seu ofício, produzindo indicações e rotas para o labirinto do viver, representando desafios, obstáculos, possibilidades e descobertas. São artistas plásticos e artesãos com formação acadêmica diversa e profundo conhecimento da subjetividade das linguagens expressivas.
Márcia Costa
Curadoria e Coordenação da exposição ‘Fios da Vida’.Curso EAV – Exposições de Artes Visuais – da Ideia à Realidade – Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Pós-Graduação em Psicologia Junguiana – Universidade Estácio de Sá. Especialização em Arteterapia – Clínica POMAR/SPEI. Formação em Arteterapia – Clínica POMAR. Graduada em Filosofia
Angela Philippini
Arteterapeuta, Psicóloga e Gestora da clínica Pomar. Mestre em Criatividade pela Universidade de Santiago de Compostela – Espanha. Doutora em Ecologia Social pelo EICOS-UFRJ
Fabio Severin
Assistente de produção e montagem. Artista Plástico, cursando em arteterapia pela POMAR. Pós-graduação em Comunicação pela FACHA. Produz arte a partir de materiais que recolhe nas ruas, como madeira, metal e outros resíduos, que são transformados em seu espaço de trabalho, o Atelier du Severin, onde também promove vivências e oficinas.
Serviço
Exposição: ‘Fios da Vida’
Artistas: Adélia Azevedo, Ana Lúcia, Angela Philippini, Bernardo Arraes, Betânia Malcher, Bruna Estrella, Cristiane Gerolis, Daniele Spada, Daniel Franco, Fernanda Amaral, Gaby Alves, Jussara Gomes, Marcelo Adão, Marcia Costa, Maria Raphael (in memoriam), Marie Thérèse Pfyffer, Robson Xavier, Rômulo Baldes, Ruth Casoy, Tania Terezinha (in memoriam), Vani Luiza Cipriano, Vera de Freitas e Wilma Santos Ribeiro.
- Curadoria e Coordenação: Márcia Costa
- Produção: Angela Philippini
- Assistente de produção e montagem: Fábio Severin
- Design: Beatriz Athaíde
- Assessoria de Imprensa: Paula Ramagem
- Abertura: 03 de agosto de 2023 às 15h
- Visitação: 03 de agosto a 16 de setembro de 2023
- De terça a sábado, das 12h às 19h
- Local:Centro Cultural Correios RJ
- Rua Visconde de Itaboraí, 20 – 20010-976 – Rio de Janeiro – RJ
- Censura Livre
- Gratuito
- Apoio: Centro Cultural Correios RJ
Como chegar: metrô (descer na estação Uruguaiana, saída em direção a Rua da Alfândega); ônibus (saltar em pontos próximos da Rua Primeiro de Março, da Praça XV ou Candelária); barcas (Terminal Praça XV); VLT (saltar na Av. Rio Branco/Uruguaiana ou Praça XV); trem (saltar na estação Central e pegar VLT até a AV. Rio Branco/Uruguaiana).
Informações: (21) 2253-1580 / E-mail: centroculturalrj@correios.com.br
A unidade conta com acesso para pessoas cadeirantes