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Centro Cultural Justiça Federal (CCJF) recebe a exposição “Recortes da vida e luta quilombola no Rio de Janeiro”, do fotojornalista AC Junior

Mostra retrata a realidade da população quilombola do estado, que reivindica direitos legítimos à terra e à sociabilidade.

No próximo dia 8 de junho, às 15h, o Centro Cultural Justiça Federal (CCJF), em parceria com a Comissão de Direitos Sociais e Interlocução Sociopopular da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB RJ), inaugura a mostra fotográfica Recortes da vida e luta quilombola no Rio de Janeiro, do fotojornalista AC Junior. A exposição, gratuita, traz à tona a cultura ancestral dos quilombos, os modos de ser e viver da população quilombola, além da urgente discussão sobre a realidade dessa comunidade, que há décadas busca por mais atenção e assistência. Ocupando a Galeria de Fotografia do CCJF, no 1º andar do prédio, o trabalho de AC Junior é um retrato das manifestações sociais, culturais e políticas de quilombolas do estado que lutam pelos seus direitos à terra e à sociabilidade. “Estamos muito honrados com a possibilidade de levar ao público a arte, cultura e história da população quilombola do estado do Rio de Janeiro. Dando visibilidade e voz às populações historicamente silenciadas, reafirmamos o compromisso do Centro Cultural Justiça Federal com a luta pelos direitos humanos e pela construção de uma sociedade verdadeiramente democrática”, ressalta Dra. Simone Schreiber, desembargadora do TRF2 e diretora-geral do CCJF.  

Segundo o Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com dados de 2022, o estado possui mais de 20 mil quilombolas, que vivem em 37 dos 92 municípios do Rio de Janeiro. Desses, 2.866 são da capital. Para a Comissão de Direitos Sociais e Interlocução Sociopopular da OAB RJ, até hoje, poucos foram titulados e tiveram territórios demarcados, apesar do reconhecimento constitucional e legal de que gozam. Eles consideram essa falha como “um inexorável desserviço do Estado aos afrodescendentes” e criticam a política quilombola do governo, por ser extremamente morosa. Contudo, exaltam a luta da comunidade para deter e fruir de direitos que irão servir para preservação dos conhecimentos ancestrais e futuro quilombola “cujas bases estão fincadas na Mãe África mas que se projeta, com toda a esperança, para um outro amanhã”. 

O lançamento de Recortes da vida e luta quilombola no Rio de Janeiro no CCJF contará com a presença de lideranças quilombolas do estado e representantes de instituições ligadas ao tema.  A exposição fica até dia 13 de julho de 2024 no CCJF. O horário de funcionamento ao público é de terça-feira a domingo, das 11h às 19h. 

Mais sobre o fotógrafo AC Junior

Fotojornalista com atuação na área socioambiental. Desde 1994, documenta quilombos pelo Brasil, destacando-se o Quilombo dos Kalunga (GO) e o Quilombo São José da Serra (RJ). Há 25 anos, desenvolve um trabalho no quilombo Negros da Boa Vista, região do Seridó (RN) pelo qual foi agraciado com o Premio Marc Ferrez – Funarte em 2021.

SERVIÇO:

Exposição Recortes da vida e luta quilombola no Rio de Janeiro

  • Data da abertura: 8 de junho, às 15h (sábado)
  • Período de visitação: de 8 de junho a 13 de julho, de terça a domingo, das 11h às 19h.
  • Valor do ingresso: gratuito
  • Local: Gabinete de Fotografia 
  • Atividade extra: mesa de abertura com lideranças quilombolas, dia 8/06, às 15h 
  • Centro Cultural Justiça Federal • CCJF
  • Avenida Rio Branco, 241 – Centro • Rio de Janeiro (há possibilidade de entrada pela Rua México, 57)

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