No dia 07 de março, Christine Valença leva ao Centro da Música Carioca Artur da Távola o show Lentes de Âmbar, com direção da atriz, apresentadora e dramaturga Luisa Micheletti (ex-MTV / ex-Multishow). A artista carioca, prima do cantor Alceu Valença, vai cantar as faixas de seu álbum de estreia, que dá nome ao show, e também canções latino-americanas que sinalizam sua aposta na diversidade rítmica deste continente – entre as músicas que integram o repertório estão versões de Moacir Santos e Joyce Moreno. A formação de palco traz Christine Valença nos vocais e teclado; Rafa Paiva na guitarra; Luis Magalhães no baixo; Nando Menezes na bateria; e Pablo Silva nos backing vocals. Também participam da apresentação a cantora e compositora niteroiense Belliza Luar e o ator, cantor e compositor mineiro Wagner Café.
“Nossa ideia é transportar para o palco o universo interno dessa protagonista, poeta, compositora, musicista, cantora, bailarina… É algo como uma jornada de uma heroína que parte de um mundo comum e termina em uma redenção. Então o setlist foi todo pensado para contar essas fábulas de passagem, assim como as cores da iluminação”, revela Luisa Micheletti, que assina a direção geral do show.
O disco
Lentes de Âmbar fala sobre se dar novas chances, abrir-se a novos desejos, paixões, e encontros consigo e com o outro. “O título do disco chegou de forma inusitada. Foi durante um sonho. Despertar, levantar e gravar foi o caminho para muitos traços e construção da identidade das músicas. Registar esses desejos profundos através de canções foi um processo catártico”, comenta Christine.
As faixas foram gravadas sequencialmente de forma a deixar emergir livre e organicamente os elementos musicais – alguns deles reunidos por anos no gravador portátil da cantora, que faz uso de vários métodos criativos, com trechos de melodias, ritmos, timbres gravados e re-estudados de tempos em tempos.
A fácil conexão com o produtor Elísio Freitas a fez finalmente se sentir confiante para trabalhar os pilares de cada faixa e conseguir ordenar, decifrar, dar nome e sobrenome a tudo que cada música precisava. Escuta ampliada foi um trabalho à parte na criação do disco. Para atingir seu potencial expressivo, as músicas foram cuidadosamente refinadas. Partindo das referências mais díspares, desde a música cubana, o piano brasileiro, passando pela música folk americana, até o gospel e a Chanson française, o disco traz elementos importantes na história da artista, que considera a parceria muito frutífera.
SERVIÇO
- Data: Quinta-feira, 07 de março de 2024
- Horário: 18h30 (abertura) | 19h (show)
- Local: Centro da Música Carioca Artur da Távola | Rua Conde de Bonfim, 824 – Tijuca, Rio de Janeiro
- Classificação: livre
- Entrada Franca
FICHA TÉCNICA
- Direção Geral: Luisa Micheletti
- Voz e teclado: Christine Valença
- Guitarra: Rafa Paiva
- Baixo: Luis Magalhães
- Bateria: Nando Menezes
- Backing vocal: Pablo Silva
- Assistência de produção: Bianca Tossato
- Técnico de som: Gabriel Kley
- Iluminação: Thayssa Carvalho Dias
- Roadie: Neide Silva
- Fotógrafo: Emílio Sá
LINKS
DISCOGRAFIA
- Via Láctea (single, 2022)
- Rematilha (single, 2022)
- Para Não Tocar (Na Rádio) (single, 2022)
- Lentes de Âmbar (álbum, 2023)
CHRISTINE VALENÇA
A magia da arte sempre fez parte do mundo interior de Christine Valença. Nascida no Rio de Janeiro, fez cursos de Artes Cênicas e de Literatura e militou nos bastidores do espetáculo, mas o ímpeto da criação nunca deixou de acompanhá-la. Escreveu, encenou e protagonizou produções teatrais e, na música, saiu detrás do pano, integrando uma banda como instrumentista, mas não tardou a descobrir que a voz era a sua derradeira ferramenta de expressão, com a qual queria “atravessar as pessoas.” Concentrou-se, então, em tirar dela tudo o que podia, construindo um repertório “que potencializa a força feminina, da escrita, do gesto, do movimento, da voz, da criação e da coletividade”.
Lentes de Âmbar, o disco de estreia, em que colaborou com nomes como os cantores Wagner Café e Ilessi e o rapper Shock the Glock, é o resultado de anos de maquetes e esboços, impulsionado pela dor da perda e da separação, um registo de coração brasileiro e olhos posto.