Comédia deliciosa ‘Troca-troca’ no Teatro Miguel Falabella

Com texto de Ingrid Zavarezzi, o espetáculo aborda as mesmices e a falta de desejo sexual em longos relacionamentos e questiona alguns valores. O elenco traz Oscar Magrini, Carla Pagani, Paula Zaneti e Rick Conte A direção é de Rogério Fabiano

por Redação
Troca-troca

Após sucesso de público recente temporada em São Paulo, a comédia deliciosa “Troca-troca” estreia na Cidade Maravilhosa, para apenas duas apresentações, nos dias 16 e 17 de agosto, no Teatro Miguel Falabella, no NorteShopping. Com os atores Oscar Magrini, Carla Pagani, Paula Zaneti e Rick Conte, essa comédia de alta voltagem aponta para o marasmo sexual e a rotina que assola os longos relacionamentos, se somando à avalanche de problemas que afeta uma geração em crise: os Millenials, que chegam aos 40 anos exaustos, endividados e inseguros “É uma sátira comportamental sobre os desafios do amor no século 21. Na escalada do humor, a encenação cria um espaço seguro de cumplicidade, levando a plateia às gargalhadas, enquanto questiona e ri das próprias imperfeições”, diz a autora Ingrid Zavarezzi. Com direção de Rogério Fabiano, o espetáculo poderá ser visto no sábado e no domingo, às 20h.

Diálogo ácidos, situações hilárias e identificação da plateia

Com diálogos ácidos e situações hilárias, a plateia se diverte, mas também reflete, já que temas muito importantes são abordados em cena, como as relações abusivas, a misoginia, os padrões de beleza, o diálogo entre casais e a aceitação. “Os personagens Bruno (Rick Conte), Ana (Paula Zaneti) e Débora (Carla Pagani), tentando solucionar a aparente ‘falta de desejo’ de seus parceiros, vivem um turbilhão de mentiras e desentendimentos, enquanto tentam ‘ser felizes’ se encaixando em padrões impostos pela mídia, onde o mundo virtual engole o real. Através do baby-boomer “redpill” Renato (Oscar Magrini), o picareta carismático que vive de golpes e seguidores, a trama expõe os perigos das filosofias misóginas e abusivas que contribuem para a desvalorização do feminino e a perpetuação de relações tóxicas”, entrega a autora Ingrid Zavarezzi, que coleciona trabalhos de sucesso na TV, no teatro e na web. Adaptou as peças “Nunca desista de seus sonhos” e “O futuro da humanidade”, ambas baseadas nas obras de Augusto Cury. O seriado “Beijo me liga” (Multishow – vencedor do prêmio Converge Mobile Marketing); “Malhação conectados” (Globo); e o canal de humor teenager “Planeta das gêmeas”, com milhões de visualizações na web, são outros destaques.

O diretor Rogério Fabiano defende que a peça é uma comédia de identificação superatual e moderna. “É uma DR de cutucadas. Todos os casais já passaram por algumas daquelas situações (em cena) ou conhecem quem já passou. É muito prazeroso, para mim, como diretor, ver a reação da plateia se cutucando, se olhando ou até falando baixinho no ouvido do parceiro ou parceira: ‘Viu? Eu te disse! ’ O teatro através das risadas ou apenas de sorrisos nos faz sonhar, repensar e discutir a vida a dois com mais leveza. ‘Troca-troca’ tem essa missão”, aposta ele, com ”. Com mais de 40 anos de carreira. Atuou nas novelas “Os Mutantes” (2009) e “Prova de amor” (2006), ambas da Record; e no teatro, atualmente estrela a peça “Allan Kardec”, há mais de dez anos em turnê pelo Brasil, atua na comédia “Sorria, você está no além” e assina a direção das peças “Nunca desista de seus sonhos”, “O futuro da humanidade” e “Casa comida e alma lavada” – todas em turnê pelo Brasil. E dirigiu o show da cantora Gina Garcia, mãe de Gloria Groove, “Gina canta Gal”, em homenagem à saudosa Gal Costa.

Nessa história, o espectador acompanha, como mesmo diz o nome do espetáculo, um troca-troca. Uma terapeuta tem um caso com o marido de sua paciente. Uma paciente se envolve com o ex-marido da terapeuta. E um caseiro que não aparece. Em um final de semana caótico, segredos e traições transformam uma tentativa de reacender o desejo de um casamento desgastado numa comédia de erros. Entre sessões de terapia, shows de stand-up e encontros inesperados, os personagens embarcam em um jogo perigoso de sedução, traição e autodescoberta.

Obsessão por beleza, misoginia, desilusão e rotina

Na pele de Renato está Oscar Magrini. Seu personagem é um cara que malha, obcecado por beleza e boa forma, carismático, porém falido, está sempre endividado e entrou na onda “redpill” – que, no vocabulário masculinista, esses são homens que veem as mulheres como um bando de interesseiras atrás de dinheiro e benefícios, não querem casar ou namorar, apenas fazer sexo.

“Renatão é um cara misógino, machista, mulher pra ele só é bom para transar e mais nada. Foi casado com a ex-mulher, Ana, durante 8 anos, e separado há dois anos. É um cara que se trata, que mente a idade, porque parece ter menos idade do que vende. Mas é um cara que fala tudo o que os homens pensam e as mulheres não concordam. É um papo do século 21, onde os casais não conversam, não se relacionam, cada um pensa uma coisa e vão procurar situações fora do casamento, autoafirmação e tudo mais. É muito gostoso, para rir e se divertir”, adianta Magrini, com uma carreira repleta de sucessos na TV, no teatro e no cinema. Entre eles: as novelas (Globo,1994), “O Rei do Gado” (Globo, 1995), “Quatro por quatro” e “Pé na Jaca” (Globo, 2007). No teatro: “As mentiras que os homens contam” (2015), “Doidas e santas” (2016), entre outras peças. E no cinema, os filmes “Carandiru” (2003), “Didi, o Cupido Trapalhão” (2003), “Vai que Cola” (2015) e “Os Praças” (2017) são alguns destaques.

 Já Carla Pagani vive Débora, uma mulher moderna, na faixa dos “enta”, perua, independente, trabalha muito e gasta demais com cuidados estéticos, porém, passa por uma crise no casamento de 10 anos com seu marido. “Ela é o retrato da mulher moderna de hoje em dia, que tem três turnos, e é super cobrada no trabalho, em casa e com autocuidados, que consomem muito tempo e dinheiro! E também pela pressão masculina do machista hétero top, redpill que diminuiu a mulher e se acha superior. Além da identificação direta pela relação amorosa, pois qual casal que não tem seus problemas, dúvidas e questões depois de dez anos de casados? Tudo de uma forma leve e engraçada, como diz o ditado em latim: ‘Castigat ridendo mores’, que significa ‘rindo, corrige-se os costumes’. ”, conta ela, que já fez mais de 20 espetáculos de teatro de importância nacional, entre eles o fenômeno “Trair e Coçar é só Começar” por 16 anos; há mais de 30 atua em peças, novelas, filmes, programas de TV e campanhas publicitárias; além de ser professora e diretora de Teatro.

Já Bruno, papel de Rick Conte, é um ator fracassado, que faz Uber para complementar a renda e gosta de rodar com seu carro para ficar mais tempo fora de casa. O relacionamento com Débora virou uma coisa morna, mas se acostumou com a rotina. “O Bruno é um ator que envereda para o stand-up para ganhar algum dinheiro, casado e com problemas no casamento. Um cara do bem, divertido e simpático, que flutua nas situações com leveza e uma certa ingenuidade”, descreve Rick Conte, que, recentemente, atuava no espetáculo “Um pelo outro, dois amigos dois irmãos “.

E Paula Zanetti interpreta Ana, que é psicóloga, divorciada do Renato, com quem teve uma relação tóxica, e está desiludida com os homens. “Para mim, ela é uma mulher que, depois de viver um longo relacionamento traumático com um homem machista, agora está em busca de si mesma e, entre outras coisas, está se permitindo a explorar a sua sexualidade. Muitas mulheres já tiveram conflitos parecidos com os dela. Muitas mulheres já se relacionaram com um homem como o Renatão”, pontua ela, que é locutora e dubladora de filmes e séries.

A produção é assinada pela APPLAUS ARTE Y ALMA, responsável por grandes sucessos como O Vendedor de SonhosO Homem Mais Inteligente da HistóriaNunca Desista de Seus Sonhos, A Turma da Floresta Viva e O Futuro da Humanidade.

Serviço: Troca-troca

Texto: Ingrid Zavarezzi. Direção: Rogério Fabiano. Elenco: Oscar Magrini, Carla Pagani, Paula Zaneti e Rick Conte. Sinopse: Uma terapeuta tem um caso com o marido de sua paciente. Uma paciente se envolve com o ex-marido da terapeuta. E um caseiro que não aparece. Em um final de semana caótico, segredos e traições transformam uma tentativa de reacender o desejo de um casamento desgastado numa comédia de erros. Entre sessões de terapia, shows de stand-up e encontros inesperados, os personagens embarcam em um jogo perigoso de sedução, traição e autodescoberta. Classificação: 14 anos. Duração: 70 minutos.

  • Dias 16 e 17 de agosto – Sábado e domingo, às 20h.
  • Teatro Miguel Falabella (NorteShopping) – Av. Dom Hélder Câmara 5.474, Cachambi.
  • Entrada: Plateia – R$ 140 e R$ 70 (meia). Social R$ 98 (com doação de 1kg de alimento);
  • Balcão R$ 120 e R$ 60 (meia). Social R$ 84 (com doação de 1kg de alimento)

Link de vendas: https://bileto.sympla.com.br/event/108474/d/328667

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