Comédia O Porteiro terá 4 apresentações no Imperator, no Rio

por Jorge Rodrigues
O Porteiro

Uma das comédias de maior sucesso no Brasil, vencedor do prêmio FITA e indicado ao Prêmio do Humor idealizado por Fábio Porchat, o espetáculo O Porteiro, com o ator Alexandre Lino, faz quatro apresentações no IMPERATOR nos dias 22, 23, 29 e 30 de julho. Sábado às 20h e domingo às 19h. Lino, sobe pela quarta vez ao palco do IMPERATOR, a pedido do público, antes da chegada do filme aos cinemas de todo Brasil no dia 7 de setembro. Sessões com ingressos de R$ 20,00 a R$ 40,00 e gratuidade exclusiva para os porteiros que comprovarem que são profissionais da área.

Com direção de Paulo Fontenelle, que também assina o texto, a montagem faz uma grande e divertida homenagem a todos os porteiros do Brasil. A comédia já passou por diversos Estados, entre eles: Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Maranhão e o Distrito Federal. Com sessões lotadas e sucesso de crítica, o espetáculo também cumpriu circuito de festivais. Visto por mais de 100 mil espectadores só no Rio de Janeiro, a peça já cumpriu 10 temporadas com muitas sessões esgotadas. Baseada em histórias reais, o ator Alexandre Lino, todos os anos, volta à cena especialmente para comemorar o dia do Porteiro e dessa vez para comemorar o filme que celebra o sucesso da peça.

Com muito humor, o texto foi montado a partir de depoimentos coletados em entrevistas a vários porteiros nordestinos que deixaram sua cidade natal em busca da realização de seus sonhos. O espetáculo, por essa razão, gerou uma grande empatia e uma relação de pertencimento do público e dos inúmeros porteiros que assistiram à peça em todo país.

Pode-se dizer que “O Porteiro” não é uma peça comum, é uma experiência interativa em que os espectadores são convidados a participar de um grande e divertido encontro de condôminos. A plateia são os moradores deste edifício. E em todas as apresentações a espontaneidade do público torna cada espetáculo totalmente diferente um do outro e uma grande festa acontece nesta reunião coordenada pelo Porteiro Waldisney.

Personagem “Porteiro” não é novidade para Lino, pois como migrante nordestino considera que esta é uma das possibilidades reais para aqueles que buscam uma chance na “cidade dos sonhos”.Se na realidade ele nunca exerceu esse ofício, nas artes vem se tornando um especialista. Além da peça O Porteiro, Lino integrou o elenco da série A Cara do Pai, da Rede Globo, dando vida ao porteiro Gilmar, viveu outros em publicidade e no filme Apaixonados. E agora um filme para chamar de seu com grandes estrelas do humor.

Segundo Lino, é uma relação de afeto com essas pessoas, tão necessárias nas nossas vidas, que o faz nunca os perceber da mesma forma quando vai interpretá-los. “No meio de nossa sociedade existe um Brasil notado por poucos. Um grupo formado por pessoas que, apesar de conviver conosco, até frequentar nossa casa e fazer parte de seu dia a dia, é como se não estivesse lá. O espetáculo O Porteiro inverte tudo isso, e são eles, os porteiros, os protagonistas. Com sua irreverência e muito humor, deixam a invisibilidade para apresentar a realidade como um grande parque de diversão. Afinal, invisível não são as pessoas, invisíveis são suas histórias”, conclui Lino.

LINK: https://youtu.be/r2AKpuOyIQE 

FICHA TÉCNICA:

  • Texto e Direção: Paulo Fontenelle
  • Com: Alexandre Lino
  • Iluminação: Renato Machado
  • Cenário e Figurino: Karlla de Luca
  • Assistente de Direção: Rodrigo Salvadoretti
  • Preparação Corporal e voz: Paula Feitosa
  • Direção de Arte e Produção: Alexandre Lino
  • Produção Executiva: George Azevedo
  • Programação Visual: Guilherme Lopes Moura
  • Fotos: Janderson Pires
  • Produção: Márcia Andrade e Tom Pires

SERVIÇO

O PORTEIRO – A Comédia

  • Local: Imperator – Centro Cultural João Nogueira
  • Endereço: Rua Dias da Cruz, 170 – Méier
  • Informações: (21) 2597-3897
  • Capacidade: 607 lugares
  • APRESENTAÇÃO: 22, 23, 29 e 30 de JULHO
  • Dias e horários: SÁBADO às 20h e DOMINGO às 19h
  • Duração: 70 minutos
  • Classificação etária: 12 anos
  • Gênero: Comédia (adulto)
  • Ingressos: R$ 40 (inteira) R$ 20 (meia)
  • Horário da bilheteria: terças e quartas, das 13h às 20h. 
  • Quintas e sextas, das 13h às 21h30. Sábados e domingos a partir das 10h.
  • Vendas na bilheteria ou pelo site
  • https://www.showpass.com.br/ 
  • Mais informações: www.cineteatroproducoes.com.br 

O Amante estreia em teatro de Niterói

Filmado este ano na cidade de Prudentópolis, no Paraná, principal reduto de ucranianos no Brasil, o filme “The Exiled Team”, dirigido por 

Willy Hajli (Moonheist) e criado pela agência Africa Creative para a Brahma, ganhou o Leão de Prata em Entertainment for Sports e o Leão de Bronze em Social & Influencer – Context & Culture no Festival Internacional de Criatividade Cannes Lions no mês de junho na França. O filme é estrelado por Augusto Trainotti e Victor Grimoni, cujos personagens são filhos de imigrantes ucranianos.

 Realizado como um híbrido entre ficção e documentário, sua narrativa é construída em torno da transformação de um time de futebol local, o A.A Batel, no Mariupol F.C – time da região de Mariupol, leste da Ucrânia, que deixou de existir por conta dos conflitos. Victor comemora o prêmio do filme que estrelou sem descansar. No dia 28/07, ele estreia o espetáculo “O Amante”, de Harold Pinter, no Teatro Popular Oscar Niemeyer, em Niterói, no qual assina a idealização e a direção. “É muito gratificante ganhar um prêmio por uma obra audiovisual ainda mais tão perto do Dia Nacional do Cinema, que foi comemorado no último dia 19 de junho”, festeja Grimoni.

Ficha Técnica

  • Realização: Centro de Investigação Artística (CIA)
  • Texto: Harold Pinter
  • Direção e tradução: Victor Grimoni
  • Elenco: Mony, Leandro Moura, João Leite
  • Assistente de Direção: Gabi Soledade
  • Produção: Eduardo Segura
  • Cenografia: Marieta Spada
  • Iluminação: Paulo Denizot
  • Figurino: Dani Lima
  • Comunicação Visual: Agência Orca

Serviço:

  • Teatro Popular Oscar Niemeyer
  • End: rua jornalista Rogério Coelho Neto, s/n, centro, Niterói

Datas:

  • 28/07/23, sexta, às 20h
  • 29/07/23, sábado, às 20h
  • 30/07/23, domingo, às 19h

Ingressos a: R$ 30,00.
Link para venda: https://bileto.sympla.com.br/event/84552

A Reclamação da República em curta temporada

A Reclamação da República

A Reclamação da República – Foto de Tiago Costa

O espetáculo “A Reclamação da República”, comédia escrita e protagonizada por Graziella Moretto, retorna aos palcos para uma curtíssima temporada, até 03 de agosto, no Teatro MorumbiShoping. As sessões são as quartas e quintas, às 20h. Os ingressos estão à venda na plataforma Sympla e custam de R$30 (meia-entrada) a R$60 (inteira). A peça estreou em 02 de setembro de 2022, exatos 200 anos após o dia em que a Imperatriz Leopoldina assinara interinamente a Independência do Brasil. Em março de 2023, o espetáculo venceu o Prêmio PRIO do Humor, na categoria Melhor Texto.

 Impedida de chegar ao seu local de trabalho, uma atriz reflete sobre o fardo dos afazeres domésticos e a ausência de mulheres nos lugares de poder. Ao rememorar um trabalho de escola sobre a Independência do Brasil, a atriz resgata figuras femininas apagadas dos livros de história como a Imperatriz Leopoldina e a Marquesa de Santos, e ao investigar essas personagens históricas, tenta recompor o quebra-cabeças da organização social promovida pelo sistema patriarcal para uma melhor visão do panorama atual da nossa alquebrada República.

Sobre a construção do espetáculo, Graziella reflete como foi o processo. “Movida por um desejo pessoal de partilhar uma visão decolonial da história do Brasil com minhas filhas, me interessei pela trajetória da Independência à Proclamação da República, sob o ponto de vista da História das Mulheres. Ou da ausência delas nos livros didáticos, apesar da forte presença nas fontes e registros históricos. Precisamos de muitas vozes femininas para reconstruir essa bibliografia do zero. A minha é apenas uma delas. Precisamos de muitas, de todas. Passada a efeméride dos 200 anos da Independência, o que nos resta é continuar ‘reclamando’ uma República mais justa e igualitária, em que todas as pessoas tenham suas participações e contribuições reconhecidas.”, destaca.

Na grande maioria dos livros escolares tradicionais, a presença das mulheres nos processos históricos do Brasil é mínima, ou até inexistente. Será que elas não tiveram mesmo participação alguma nesses eventos épicos? Com muito humor, uma mulher revisita seu passado escolar para tentar entender a relação entre o apagamento das mulheres na História recente do Brasil e a dificuldade que ela própria encontra para administrar sua vida doméstica e permanecer no mercado de trabalho.

Ficha Técnica

  • Dramaturgia e atuação: Graziella Moretto.
  • Figurino: Giovanna Moretto.
  • Cenografia: Casa Amarela.
  • Consultoria Histórica: Patrícia Santos Hansen.
  • Mentoria texto-cena: Juliana Jardim.
  • Iluminação: Lica Barros
  • Som: Randal Juliano
  • Operação de vídeo: Lelê Siqueira
  • Produção de vídeo: Hernane Cardoso
  • Participação especial (vídeo): Estela Porto e Cecília Porto.
  • Assessoria de Imprensa: Afeto Comunicação.

Serviço

  • Local: Teatro Morumbi Shopping – Avenida Roque Petroni Júnior, 1089 – Jardim das Acácias – São Paulo.
  • Temporada: Até 03 de agosto. Quartas e quintas, às 20h.
  • Classificação: 14 anos.
  • Ingressos: R$60,00 (inteira) e R$30,00 (meia-entrada).
  • Duração: 80 minutos.
  • Classificação: 14 anos.
  • Informações: (11) 5183-2800.

Floresta volta a São Paulo

Espetáculo Floresta

Espetáculo Floresta – Foto de Otávio Dantas

Uma família isolada no meio de uma floresta, em um clima claustrofóbico, recebe a visita inesperada de uma mulher e de um homem desconhecidos. Essa é a trama principal de Floresta, com texto e direção de Alexandre Dal Farra, que volta a São Paulo, em curta temporada na Oficina Cultural Oswald de Andrade (Rua Três Rios, 363, Bom Retiro), Sala 7, de 12 a 29 de julho de 2023, de quarta à sexta-feira às 19h30, sábado às 18h. Os ingressos são gratuitos (retirada uma hora antes de cada sessão).

Um pai, uma mãe e uma filha encontram-se refugiados em uma casa isolada no meio da mata, por razão não muito clara a princípio. A família recebe dois visitantes inesperados, mas não sabe lidar com essa presença estranha. À medida que as relações se estabelecem, a tensão aumenta e o acerto de contas mostra-se algo mais complexo do que parecia. Enquanto eles são obrigados a rever as próprias convicções, o mundo lá fora parece entrar em colapso.

“Como lidar com o inimigo?” foi a provocação inicial de Dal Farra para compor a dramaturgia da peça. Quando estava escrevendo o texto de Floresta, Dal Farra entrevistou diversas pessoas, entre elas lideranças indígenas, como Ailton Krenak, para ampliar o olhar sobre o comportamento diante do medo e da chegada de um outro ao seu território. Segundo o dramaturgo, foi um processo de pesquisa amplo, longo e individual.

Apesar desse olhar voltado para os indígenas, a questão dos povos originários não surge diretamente em Floresta, mas guia os modos diversos de tratar como a família age diante do estranho. “Desde a peça anterior, Refúgio, de 2018, eu vinha pesquisando a questão da paranóia e do medo trabalhados cenicamente. Em Floresta, já era mais consciente a tentativa de pensar sobre o medo. Desdobrando isso, eu cheguei numa formulação que tem a ver com a questão do medo que é como lidar com o inimigo. Estamos em um ambiente dominado pela paranóia, pelo medo do outro. Pela fantasia de um outro perigoso”, conta Dal Farra.

Outra referência importante para a encenação é o trabalho do antropólogo Eduardo Viveiros de Castro, que estuda as sociedades ameríndias e propõe que elas não se fundam na conservação de suas estruturas (como a sociedade ocidental), mas na busca por capturar relações exteriores (mutáveis e inconstantes), em troca constante com o que vem de fora, mesmo que esse interesse seja fruto de uma vontade de vingança ou guerra. 

O medo, a desconfiança e os ódios conduzem os comportamentos dos personagens, colocados em um lugar desconhecido (floresta), com estranhos, o que gera ao mesmo tempo medo, curiosidade e disputas. A floresta é o território onde se instagram as relações entre os personagens por representar o “fazer parte” para sobreviver ao mesmo tempo que tem que prosseguir na luta (e na eventual eliminação).

A cenografia recria essa sensação de confinamento da floresta, com objetos comumente encontrados em um lar, mas ligeiramente estranhos, e fora de lugar. A luz, com as varas do teatro todas baixas, enfatiza esse espaço pressionado. Já a música sustenta o aspecto contraditório que a violência da peça engendra: ao mesmo tempo que é explosiva, envolve – proporcionando algo da sensação de imersão de uma floresta.

Estreado em 2020, o espetáculo volta à temporada na capital paulista, com o mesmo elenco: Gilda Nomacce, Nilcéia Vicente, Sofia Botelho, André Capuano e Clayton Mariano.

SINOPSE

Um pai, uma mãe e uma filha encontram-se refugiados em uma casa isolada no meio da mata, por razão não muito clara a princípio. A família recebe dois visitantes inesperados, mas não sabe lidar com essa presença estranha. À medida que as relações se estabelecem, a tensão aumenta e o acerto de contas mostra-se algo mais complexo do que parecia. Enquanto eles são obrigados a rever as próprias convicções, o mundo lá fora parece entrar em colapso.

FICHA TÉCNICA

  • Texto e Direção: Alexandre Dal Farra
  • Elenco: Gilda Nomacce, Nilcéia Vicente, Sofia Botelho, André Capuano e Clayton Mariano
  • Composição Original: Miguel Caldas
  • Operação de Som: Tomé de Souza
  • Desenho de Luz: Wagner Antônio
  • Assistente de Iluminação: Dimitri Luppi Slavov
  • Cenografia e Figurinos: Alexandre Dal Farra e Clayton Mariano
  • Vídeo: Flávio Barollo
  • Assessoria de Imprensa: Canal Aberto – Márcia Marques, Caroline Zeferino e Daniele Valério
  • Fotos: Otávio Dantas
  • Produção: Corpo Rastreado – Leo Devitto

Floresta

  • de Alexandre Dal Farra
  • 12 a 29 de julho de 2023, de quarta a sexta, 19h30; sábados, às 18h 
  • Local: Oficina Oswald de Andrade – Sala 7 
  • Endereço: Rua Três Rios, 363 – Bom Retiro
  • Ingressos: gratuitos, retirar na bilheteria com 1 hora de antecedência
  • Duração: 80 minutos | Classificação:  16 anos

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