Novas imagens capturadas em 26 de dezembro de 2025 revelam que o objeto interestelar 3I/ATLAS mantém um núcleo invulgarmente compacto e uma coma assimétrica em sua trajetória de aproximação ao planeta Júpiter, prevista para março de 2026. O comportamento contradiz a evolução típica de cometas após o periélio e reacende o debate científico sobre a composição e origem deste visitante externo ao Sistema Solar.
Anomalias detectadas e atividade pós-periélio
Descoberto pela pesquisa ATLAS no Chile em 1º de julho de 2025, o objeto afasta-se agora do Sol a uma velocidade superior a 60 quilômetros por segundo, após ter passado a 167 milhões de milhas da Terra em 19 de dezembro. A morfologia observada em 26 de dezembro mostra um “núcleo extremamente nítido envolto em uma coma assimétrica”, o que desafia as expectativas de arrefecimento gradual após a sua aproximação solar ocorrida em outubro.
Dados do Observatório do Teide, em Tenerife, identificaram jatos oscilantes na anti-cauda (voltada para o Sol) do 3I/ATLAS. Estas emissões giram com um período aproximado de 15,5 horas, sugerindo que o núcleo gelado possui uma rotação mais célere do que as estimativas iniciais indicavam. As observações foram consolidadas durante sete noites entre 3 e 29 de agosto de 2025.
Monitorização da NASA e a controvérsia de Harvard
Entre 18 de outubro e 5 de novembro de 2025, a Sonda Solar Parker da NASA monitorizou o cometa, captando cerca de 10 imagens diárias num período em que o objeto estava invisível para telescópios terrestres. A análise espectroscópica detectou a presença de hidroxila, dióxido de carbono (gás), gelo de água e jatos pré-periélio direcionados ao Sol.
Contudo, o físico de Harvard, Avi Loeb, apontou múltiplas anomalias químicas. Segundo Loeb, a proporção entre níquel e ferro é semelhante a ligas produzidas industrialmente, com vapor de níquel detectado sem a correspondente assinatura de ferro. Por outro lado, a NASA refuta a hipótese artificial. Tom Statler, cientista líder da agência para corpos pequenos, afirma que há “evidências esmagadoras” de que o objeto é natural, assemelhando-se em quase todos os aspectos aos cometas conhecidos.
Proximidade com Júpiter e missões futuras
O 3I/ATLAS deverá passar a 53,6 milhões de quilômetros (0,358 UA) de Júpiter em 16 de março de 2026. Esta passagem pela borda da esfera de Hill do gigante gasoso sujeitará o objeto a intensas forças gravitacionais. Cientistas esperam que este evento revele se a assimetria persistente é fruto de libertação direcional de gás ou da presença de materiais raros.
Olhando para o futuro, a missão Comet Interceptor da Agência Espacial Europeia (ESA), com lançamento previsto para 2029, poderá permitir a intercepção direta de novos visitantes interestelares, oferecendo respostas definitivas que o 3I/ATLAS ainda mantém sob mistério.
FAQ SEO
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O que é o 3I/ATLAS? É o terceiro objeto interestelar confirmado a atravessar o nosso Sistema Solar, descoberto em julho de 2025.
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Por que o cometa 3I/ATLAS é considerado anômalo? Porque mantém um núcleo nítido e jatos assimétricos pós-periélio, além de apresentar uma proporção de níquel similar a ligas industriais.
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Quando o 3I/ATLAS passará por Júpiter? A aproximação máxima está prevista para o dia 16 de março de 2026.
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O 3I/ATLAS é artificial? O físico Avi Loeb sugere anomalias metálicas industriais, mas a NASA sustenta que o objeto é de origem natural.
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Qual a velocidade do objeto? Ele se desloca a mais de 60 quilômetros por segundo para fora do Sistema Solar.
RAIO-X ESTRATÉGICO
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Gancho de Discover: O conflito direto entre a visão “tecnológica” de Avi Loeb e o conservadorismo científico da NASA cria um gatilho de curiosidade irresistível (“Alienígena ou Natural?”).
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Vantagem de Busca (SEO): O uso de termos como Esfera de Hill e a data exata da aproximação de Júpiter garante um posicionamento de autoridade para buscas de nicho astronômico.
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Ouro Editorial: A conexão técnica entre a proporção níquel/ferro e as “ligas industriais” é o diferencial analítico que gera valor e compartilhamento.
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Análise de Sentimento: Fascínio tecnológico misturado com ceticismo. Gera engajamento por meio de debates nos comentários.
