“Comparsas do Riso” estreia no Espaço Cultural Sérgio Porto, com ingressos grátis e sessão especial com intérprete de Libras

por Redação
Comparsas do Riso, Alice Amarante

No próximo dia 05 de novembro, o Espaço Cultural Sérgio Porto recebe a peça infanto-juvenil “Comparsas do Riso”, um tributo amoroso ao circo.  Dirigido por Cláudio Baltar, o espetáculo origina-se do livro infantojuvenil homônimo do escritor alagoano Bernardo de Mendonça (1950-2017), com dramaturgia de sua filha, Sol de Mendonça, idealizadora do projeto. A obra de Mendonça é considerada “Altamente Recomendável pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil”. Apresentando números de palhaçaria, trapézio, tecido, elásticos e malabares, o espetáculo traz no elenco: Adelly Costantini, Alice Amarante, Juliete Schultz, Horácio Storani e Vicente Baltar. Em cena, os musicistas Lia Buarque e Horácio Storani acompanham a trupe. Sol de Mendonça é também coautora da trilha musical com Pedro Miranda e Guto Wirtti.

 

A história, originalmente escrita em versos, fala de um instante de arte, prazer e liberdade numa cidade em que os moradores passam os dias isolados. No circo local, a arquibancada, mais vazia do nunca, enche-se de vida com as gargalhadas de um menino, encantado com o que assiste no picadeiro. É o tipo de sessão que os artistas amariam eternizar. A emoção do menino, ao expressar gargalhadas tão sinceras, contagia de forma avassaladora a pequeníssima plateia.

 

Segundo o diretor Cláudio Baltar, os assuntos mais interessantes do espetáculo “Comparsas do Riso” são, por um lado, sobre o riso: “Por que é que a gente ri? Ri de quê? Ri de quem? Ri de si mesmo? Quem deu a primeira risada?” e, por outro lado, falar sobre a relação de empatia que se estabelece entre o artista e o público ou da busca dessa empatia. A cada espetáculo a plateia se renova e o artista precisa “ganhar o público”, missão ora mais fácil, ora mais difícil, de acordo com as circunstâncias do momento e a diversos fatores inexplicáveis.

 

“Comparsas do Riso” soma-se aos 45 anos de trabalho de Cláudio Baltar, que possui uma sólida carreira em direção circense, que inclui a companhia carioca Intrépida Trupe, em espetáculos de sucesso e parcerias com a Cia Bufomecânica e o Circo Crescer e Viver. A paixão pelo Circo surgiu no Grupo Manhas e Manias, nos anos 80, e consolidou-se com a Intrépida Trupe. Seus principais espetáculos são: Sonhos de Einstein (Direção, 2003 – 2010, Intrépida Trupe); Água de Beber – Pequenas Histórias de Capoeira (Direção, 2007 – 2014); Passos (Direção, 2011 – Circo Crescer e Viver); Two Roses for Richard III (Codireção, 2012 – World Shakespeare Festival – Londres e Stratford Upon Avon); Vertigem (Direção, 2016 – 2018, Dança Vertical).

 

Os caminhos antes da montagem

 

A ideia primeira, em meio à pandemia, era fazer uma peça de teatro para exibições on-line. Dessa forma, Cláudio Baltar gerou uma segunda obra de arte: o curta-metragem “Comparsas do Riso”, que pode ser visto no YouTube. “Mudamos o curso da história. Optamos por fazer um filme, ampliando as fronteiras da linguagem e da obra, que tem a grandeza de nos fazer pensar de onde surgiu o riso”, conta o diretor. Logo após, contemplada para a Mostra Primeiro Olhares, o trabalho foi apresentado no Sesc Tijuca. Em 2021 “Comparsas do Riso” foi selecionado nos editais Fomento à Cultura Carioca FOCA da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e Retomada Cultural 2 da Secretaria do Estado de Cultura Criativa do Rio de Janeiro. E assim, o espetáculo chega em novembro ao Espaço Cultural Sérgio Porto, no Humaitá, Zona Sul do Rio de Janeiro, além de outras apresentações que estão sendo programadas.

 

Trajetória do diretor Cláudio Baltar e da dramaturga Sol Mendonça

 

Nascido em 12 de janeiro de 1958 no Rio de Janeiro, Cláudio Baltar, embora tenha ingressado em 1977 na Escola de Engenharia da UFRJ, participou, nesse mesmo ano, de sua primeira peça de teatro: “Tribobó City” de Maria Clara Machado. Três anos mais tarde, abandonou os estudos universitários para dedicar-se exclusivamente à profissão de artista (ator e diretor). No entanto, o trabalho técnico retornaria mais tarde, quando Cláudio, já integrante da Intrépida Trupe, se tornaria diretor técnico, tendo desenvolvido com a Trupe durante os anos 90 e 2000, a chamada “engenharia circense”, especializando-se na criação de aparelhos e efeitos especiais aéreos. Acrobata, capoeirista, ator profissional e diretor desde 1979, fez diversos cursos e espetáculos, destacando-se em sua pesquisa pela busca de um teatro físico que, além da palavra, prima pelas imagens e pelo movimento. Desde o início, participou de diversas Companhias de Teatro e Circo, sendo as principais: o Grupo Manhas e Manias nos anos 80, a Intrépida Trupe nos anos 90 e 2000 e a Cia Bufomecânica nos anos 2010. A paixão pelo Circo surgiu no Grupo Manhas e Manias e consolidou-se com a Intrépida Trupe. Hoje, imprime em seus espetáculos as experiências e técnicas que acumulou ao longo de sua trajetória artística.

Sol de Mendonça é autora de livros para crianças e jovens desde 2011 e pesquisadora de literatura brasileira no NELIJ-UERJ. Em 2019, adaptou para o palco o livro “Comparsas do Riso”, de seu pai, unindo as maiores inspirações de sua vida: teatro, infâncias e música. Especialmente para a dramaturgia, compôs as letras que integram o espetáculo, que ganharam música de Pedro Miranda.

Ficha técnica

Direção: Cláudio Baltar
Dramaturgia e Idealização: Sol de Mendonça
Direção de Produção: Fernanda Avellar 
Pré-produção: Marina Gadelha
Elenco: Adelly Costantini, Alice Amarante, Horácio Storani, Juliete Schultz e Vicente Baltar
Musicistas em cena: Lia Buarque e Horácio Storani 
Iluminação: Paulo César Medeiros
Cenário e figurinos: Guilherme Reis
Direção Musical: Pedro Miranda e Guto Wirtti
Músicas Originais: Sol de Mendonça, Pedro Miranda e Guto Wirtti
Assistente de produção: Ana Clara Vendramini
Cenotécnica: Ana Clara Vendramini
Rigger: Alejandro Firmin Higuera Ângulo
Programação Visual: Kaka Palhano e Vicente Baltar
Assessoria de Imprensa: Ney Motta

Serviço

  • Espetáculo: Comparsas do Riso
  • Local: Espaço Cultural Sérgio Porto
  • Rua Humaitá, 163, Humaitá, Rio de Janeiro. Tel.: 21 2535-3846
  • Temporada de 05 a 13 de novembro de 2022.
  • Sábados e domingos, às 15h.
  • Quinta-feira (dia 10), às 11h e 14h.
  • Sexta-feira (dia 11), às 10h, com intérprete de Libras e às 14h.
  • INGRESSOS GRATUITOS, retirados na bilheteria a partir de 1 hora antes da apresentação.
  • Agendamento escolar pelo telefone 21 98434-2495.
  • Duração: 40 minutos
  • Classificação livre
  • Infantojuvenil

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