Complexidade e muito talento em ‘O Veneno do Teatro’

por Waleria de Carvalho
O Veneno do Teatro

Última semana para assistir a peça em cartaz no Teatro Sesi Firjan, no Rio de Janeiro

Até onde um cientista chega para conseguir o seu objetivo? E o quanto de veia artística pode existir num sangue de um ator quando se vê defrontado a fazer o papel mais difícil de sua vida  que requer interpretar a própria morte e, pasmem, de forma verdadeira?  Esse é o mote da peça O Veneno do Teatro,  texto do espanhol Rodolf Sirera com direção de Eduardo Figueiredo, em cartaz, até 2 de junho, no Teatro Sesi Firjan, no Rio de Janeiro. No palco, feras de gerações diferentes com talento de sobra. Osmar Prado, há 10 anos sem fazer teatro, dá um show de interpretação em um texto longo, com uma entonação que parece ser quase cantada. Já Maurício Machado, cria de teatro, dá vida, com maestria, a um artista de sucesso que acaba por cair numa “armadilha” muito bem delineada pelo personagem de Osmar, que engendra diversas reviravoltas deixando o artista confuso com as artimanhas propostas.

Em uma hora e dez minutos, o público fica atento e curioso para saber como cada cena irá se desenrolar e, apesar de a peça não ser uma comédia, risos na plateia são ouvidos. Vale a reflexão sobre a fala de um dos personagens sobre o quanto todo encenamos um papel e  a sociedade nos enxerga pela nossa posição social e não exatamente pelo que somos.

Destaque para o cenário: nos remete, de forma fiel, aos idos do século 19 e para a iluminação, de Paulo Denizot ,que dá o ar mais sombrio ou não durante todo o espetáculo, além do figurino  bem delineado . Todo o conjunto da obra corrobora para o sucesso de O Veneno do Teatro, que entra em sua última semana no Rio de Janeiro.

Ficha técnica:
Texto: Rodolf Sirera
Tradução: Hugo Coelho
Direção: Eduardo Figueiredo
Elenco: Osmar Prado e Maurício Machado
Músico: Matias Roque Fideles
Direção musical e trilha: Guga Stroeter
Assistente de direção musical e trilha: Pedro Pedrosa
Cenário e figurinos: Kleber Montanheiro
Desenho de luz: Paulo Denizot
Desenho de som: Anderson Moura
Fotografias divulgação: Priscila Prade
Programação visual: Raquel Alvarenga
Assistente de direção: Gabriel Albuquerque
Camareira: Charlene Soares
Técnico de som: Henrique Berrocal
Técnico de luz: Lucas Andrade
Contrarregra: Rodrigo Bella Dona
Cenotécnico: Evandro Carretero
Administrador: Marcelo Vieira
Produção executiva: Paulo Travassos

Assistente de produção: Renan Correia
Assessoria de imprensa: Flavia Fusco Comunicação

Fotos: Priscila Prade
Financeiro: Thais Vasconcellos
Leis de incentivo: Renata Vieira
Idealização e produção: manhas & manias projetos culturais

SERVIÇO – O VENENO DO TEATRO

Teatro Firjan – Sesi Centro

Avenida Graça Aranha,, 1, Rio de Janeiro – Rio de Janeiro

Quinta e Sexta às 19h00, Sábado e Domingo às 18h00

Até 2 de Junho 

Ingressos entre R$ 20,00 e R$ 40,00

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