Nesta segunda-feira, dia 20 de novembro, se celebrou o Dia da Consciência Negra 2023, por isso, a Globo Livros preparou uma lista de títulos da editora que ampliam a compreensão e conscientizam sobre a intensa luta diária enfrentada pelos negros no Brasil. Esta data é um dia de resistência e deve ser entendida como tal. Todos precisam, enquanto sociedade, avançar na luta contra a discriminação e o preconceito. Que esta data tão importante inspire o ser humano a valorizar a diversidade e compreender melhor o passado para construir um futuro mais justo. Confira abaixo algumas sugestões de leitura:
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Escrito em linguagem simples e acessível, O Livro da História Negra é ricamente composto por infográficos, ilustrações e textos atraentes. A obra é fundamental e envolvente tanto para curiosos no assunto quanto para os estudantes mais entusiasmados. O título faz parte da coleção best-seller As Grandes Ideias de Todos os Tempos que tem mais de 20 títulos publicados pela Globo Livros e assuntos tão diversos como filosofia, mitologia, psicologia, economia, sociologia e história, entre tantos outros. O Livro da História Negra explora a rica e complexa história dos povos da África e da diáspora africana, além das lutas e vitórias do povo negro ao redor do mundo, e fornece explicações concisas e claras de eventos importantes e marcos culturais. Traz à luz histórias normalmente ignoradas e está repleto de citações memoráveis de grandes personagens, ilustrações fortes e infográficos didáticos que detalham conceitos complexos.
Nascida no subúrbio carioca, Ingrid Silva está hoje em um dos maiores postos do balé mundial. Aos 8 anos, ainda menina, conseguiu uma vaga em um projeto social que leva aulas de balé para as comunidades carentes do Rio de Janeiro e nunca mais parou de dançar. Ao entrar para a Dance Theatre of Harlem, Ingrid se deparou com mais um grande problema: a cor da sapatilha. Como o balé nasceu na Europa e foi idealizado predominantemente por pessoas brancas, as sapatilhas rosas sempre foram adotadas como um padrão. Ingrid passou onze anos pintando os próprios calçados até conquistar sapatilhas fabricadas com a cor da sua pele. Um ano após a transformação estrutural que causou, um par das sapatilhas que Ingrid pintava virou peça do Museu Nacional de Arte Africana Smithsonian, nos Estados Unidos. Ao longo de sua trajetória, Ingrid venceu obstáculos, sofreu preconceito e narra em A Sapatilha Que Mudou Meu Mundo toda a sua caminhada até aqui.
Em A Bailarina Que Pintava Suas Sapatilhas, Ingrid Silva traz um texto cheio de afeto e representatividade. Ela divide com os pequenos leitores sua história no balé, desde a infância no subúrbio carioca até sua experiência na Dance Theatre of Harlem, de Nova York, quando se torna mundialmente conhecida. Ingrid conta como enfrentou preconceitos raciais e sociais e inspira as crianças a se descobrirem através de sua trajetória. A autora também explica o motivo de ter passado anos pintando suas sapatilhas na cor de sua pele: “As sapatilhas de balé foram criadas pensando apenas em pessoas de pele clara, por isso aquele tom rosinha. Para mim, tinha que ter o tom da minha pele. Assim, passei a pintar as sapatilhas de marrom, pois não encontrava um par dessa cor para comprar em lugar nenhum“. O livro conta ainda com um glossário e transmite valores importantes para as crianças, destacando o respeito à diversidade de pessoas de cores, corpos, gêneros e estaturas diferentes no mundo da dança ― e na sociedade. Além disso, incentiva-as a ser o que quiserem e a não desistirem de seus sonhos.
Conquistar um cargo de diretoria é algo distante para a maioria da população. Imagine, então, quando se é mulher, negra e periférica. Caçula em uma família de sete irmãos, Rachel Maia estudou a vida toda em escola pública e dividia um quarto da casa com todas as irmãs. “Meu pai me ensinou que os estudos e a preparação são fundamentais. Minha mãe me mostrou que a coragem e a sensibilidade me levariam longe.” Em Meu Caminho Até a Cadeira Número 1, a respeitada executiva conta como construiu uma bem-sucedida carreira em importantes empresas globais, como Tiffany & Co., Pandora e Lacoste. Além de compartilhar com os leitores sua trajetória de vida, formação e convicções sobre o mercado de trabalho, diversidade e autoconfiança.
Luiza Brasil, criadora da plataforma Mequetrefismos e colunista da revista Glamour, lança sua obra de estreia: Caixa Preta. Com uma escrita potente e bastante afetuosa, Luiza se inspirou em sua coluna na Glamour para apresentar ao leitor diversos temas muito importantes que abraçam as suas vivências a respeito de identidade e protagonismo e que, com certeza, vão além de sua vasta experiência na área da moda. Através da moda, Luiza se conectou com a própria ancestralidade e aflorou sua criatividade. Também por meio dela, descobriu como sua imagem e seu intelecto podem constituir poderosas ferramentas políticas. Caixa Preta é, certamente, um livro feito com o objetivo de difundir a importância da representatividade e do pertencimento, assim como do respeito às múltiplas identidades.
Com uma pesquisa minuciosa, Laurentino Gomes leva o leitor a uma viagem pelos três séculos de escravidão no Brasil, percorrendo a história desde o primeiro leilão de cativos em Portugal até a Lei Áurea, revelando os horrores e as violências cometidas contra os negros africanos e seus descendentes. Além disso, a obra traz uma abordagem completa sobre a cultura, a política e a economia do país durante esse período. A trilogia Escravidão é um convite para o leitor ampliar seu conhecimento sobre a história do Brasil e refletir sobre as questões raciais que ainda permeiam a sociedade atualmente.
Estudar o período da escravidão no Brasil é essencial para entender o país nos dias de hoje. Este é o objetivo da edição juvenil ilustrada de Escravidão, a trilogia de Laurentino Gomes, adaptada especialmente para o público jovem pelo escritor Luiz Antonio Aguiar. Maior território escravocrata do hemisfério ocidental, o Brasil recebeu cerca de 5 milhões de cativos africanos. Todas as funções básicas que alimentavam a economia até o final do século XIX eram realizadas por mulheres e homens escravizados. Eles eram vendidos em leilões públicos, trabalhavam sob a ameaça do chicote e tinham uma expectativa de vida extremamente baixa. Embora oficialmente abolida pela Lei Áurea de 1888, a escravidão deixou uma herança que permanece até hoje como uma ferida mal curada. Último país da América a abolir o cativeiro, o Brasil abandonou os ex-escravizados e seus descendentes à própria sorte. Sem acesso à educação, moradia, saúde, renda e condições dignas de vida, a população afrodescendente continua marginalizada, vítima de racismo e, muitas vezes, explorada sob formas disfarçadas de trabalho forçado e mal remunerado. A escravidão é prova de que a história não é apenas coisa do passado, mas continua viva na sociedade.
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*Conteúdo produzido com informações da assessoria de imprensa.