Conversamos com Ivanir dos Santos, Babalawô, professor e orientador no Programa de Pós-graduação em História Comparada da UFRJ (PPGHC/UFRJ)

Ivanir dos Santos - foto de Brunno Rodrigues

A 18ª Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa acontece neste domingo (21), reunindo milhares de pessoas no maior ato inter-religioso do Brasil. Copacabana será palco da manifestação que se consolidou como referência nacional no combate à intolerância.

Sopa Cultural: O que diferencia a Caminhada de outros atos sociais?
Ivanir dos Santos: É um ato de fé, resistência e celebração. Além dos discursos, há manifestações culturais, apresentações musicais e a energia de pessoas que vêm de todo o Brasil para afirmar que a diversidade é força e não ameaça.

Sopa Cultural: Qual o papel dos grupos culturais e musicais nesse processo?
Ivanir dos Santos: Eles ajudam a transformar o ato em uma grande festa de resistência. O encontro “Cantando a Gente se Entende”, que encerra o evento, mostra que vozes e ritmos diferentes podem se unir em harmonia, traduzindo em música o espírito da Caminhada.

Sopa Cultural: Como a Caminhada acolhe a dor das vítimas de intolerância religiosa?
Ivanir dos Santos: Ela dá voz às vítimas, oferece espaço de visibilidade e transforma dor em luta coletiva. É também um gesto de solidariedade, já que ninguém caminha sozinho: todas as crenças se unem em defesa de quem sofre violência.

Spá Cultural De que forma a Caminhada impacta o cotidiano dos fiéis?
Ivanir dos Santos: Muitos encontram na Caminhada um lugar de pertencimento e de segurança. Saber que há uma multidão unida pelo mesmo direito dá força para enfrentar o preconceito e para continuar praticando sua fé sem medo.

Sopa Cultural Qual mensagem final a Caminhada transmite ao Brasil?
Ivanir dos Santos: Que a liberdade religiosa é inegociável. Que só é possível uma sociedade justa quando todas as crenças são respeitadas. E que, juntos — caminhando e cantando — podemos transformar a intolerância em diversidade celebrada.

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