“Corcunda – dueto para ator e catedral gótica” no OI Futuro

Maurício Grecco (Foto: Jackeline Nigri)

Com direção de Daniel Herz e atuação de Mauricio Grecco, a peça mergulha no romance “O Corcunda de Notre Dame”, do escritor francês Victor Hugo (1802-1885), para falar sobre como lidamos com a diferença.

O texto, um clássico da literatura, se mantém universal e contemporâneo ao dialogar com o mundo de hoje, em que povos ainda aprendem a lidar com os seus diferentes, sejam por suas etnias, origens ou posição social.

Poucos sabem que o romance de Victor Hugo foi responsável por salvar a Catedral de Notre-Dame da demolição.

Com direção de Daniel Herz (cia Atores de Laura), o ator Mauricio Grecco estreia no Centro Cultural OI Futuro a peça infantojuvenil “CORCUNDA – dueto para ator e catedral gótica”, inspirada em “O Corcunda de Notre-Dame”, obra icônica do romancista, poeta, dramaturgo, ensaísta e estadista francês Victor Hugo (1802-1885).

Poucos sabem que o romance de Victor Hugo foi responsável por salvar a Catedral de Notre-Dame da demolição. Com a revolução francesa e o renascimento, mudou a percepção dos franceses sobre a arquitetura gótica – ela passou a ser desprezada por representar as reminiscências de um passado medieval. Em 1830, a catedral encontrava-se condenada, com as estruturas abaladas devido ao seu uso como fábrica de pólvora durante a revolução. Mas uma história de ficção salvou a edificação: o escritor Victor Hugo, profundo admirador daquela arquitetura e disposto a evitar a sua demolição, escreveu a famosa história do corcunda que vivia escondido em seus interiores, e que um dia se apaixonou pela bela Esmeralda.

O grande sucesso do romance “O Corcunda de Notre-Dame” atraiu inúmeros visitantes à catedral, ávidos por ver de perto cada canto em que se passava a celebrada história. O prestígio renovado garantiu à catedral a sua restauração, devolvendo à cidade uma de suas referências mais importantes.

A PEÇA

“CORCUNDA – dueto para ator e catedral gótica” conta a história de um homem excluído por não se encaixar no que seria um padrão estético aceitável aos olhos do povo de sua cidade. Tanto o corcunda Quasímodo quanto a bela mas pobre cigana Esmeralda, por quem se apaixona, representam os párias de uma sociedade que contrapõe “o belo e o feio”, e hipervaloriza aparência e poder em detrimento da verdade e do amor.

“Todos nós somos singulares e diferentes vivendo num mundo normativo que cultua e impõe padrões estabelecidos. Tudo que escapa à norma vigente tende a ser incompreendido e rechaçado. O Corcunda de Hugo gira em torno da questão da intolerância com as diferenças, do processo de marginalização a que Quasímodo e a cigana Esmeralda são submetidos por não estarem enquadrados.”, explica Mauricio Grecco.

“Um ator sozinho enfrentando a saga de um palco com seu corpo, sua voz, sua energia, para mostrar, como diria o bardo: ‘o belo é feio e o feio é belo’!”, completa o diretor, Daniel Herz.

SINOPSE

O corcunda Quasímodo, um bebê deformado, é abandonado na porta da Catedral de Notre-Dame de Paris e passa a ser criado como filho pelo responsável pela Catedral, o poderoso Arquidiácono Claude Frollo. O Corcunda cresce longe da sociedade, dedicado à sua paixão – os sinos de Notre-Dame. Até que um dia, Frollo se apaixona pela bela cigana Esmeralda. Quasímodo também se apaixona pela moça, mesmo se dando conta da impossibilidade de realizar este amor. Frollo, rejeitado pela cigana, reage de forma violenta, num crescendo de destruição de si mesmo e da própria cigana. A partir daí, um inevitável confronto entre Frollo e Quasímodo vai ser estabelecido

A MONTAGEM
Numa performance com ênfase no trabalho corporal, Mauricio Grecco dá vida aos personagens Quasímodo, Frollo, Esmeralda e o Capitão Phoebus. Ao longo da encenação, o ator interage/contracena com uma maquete da catedral de Notre-Dame totalmente vazada em aramado cromado, que se articula através de imãs e mecanismos, num jogo de montar e desmontar como um grande quebra-cabeças. A Catedral é uma personagem viva na encenação, e cada cena remete a um espaço físico da sua arquitetura gótica. Este e outros elementos de cena como escadas, cordas e passarelas, são transformados pelo ator continuamente, criando variados ambientes que ora acolhem, ora desafiam as personagens e a narrativa. O ator ocupa o espaço como num vigoroso parkour.

O projeto é patrocinado pela Oi, Governo do Estado do Rio de Janeiro e Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura.

Serviço
ESTREIA: dia 26 de março (sábado), às 16h
LOCAL: Centro Cultural OI Futuro
– Rua Dois de Dezembro, nº 63, Flamengo / RJ Tel: (21) 3131-3060
HORÁRIOS: sab e dom às 16h / INGRESSOS GRATUITOS, retirada em https://www.sympla.com.br / DURAÇÃO: 60 min / CAPACIDADE: 63 espectadores / CLASS. INDICATIVA: livre e recomendada para a partir de 06 anos / TEMPORADA: até 01/05

FICHA TÉCNICA

Dramaturgia: Daniel Herz, Mauricio Grecco e Tiago Herz
Direção: Daniel Herz
Diretor Assistente: Tiago Herz
Elenco: Mauricio Grecco
Cenografia: Doris Rollemberg e Maurício Grecco
Música Original: Leandro Castilho
Figurinos e Adereços: Clívia Cohen e Lucila Belcic
Desenho de Luz: Renato Machado
Cenotécnico: Anderson Dias
Fotografia: Jackeline Nigri
Projeto Gráfico: Lygia Santiago
Patrocínio: OI, Governo do Estado do Rio de Janeiro e Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura
Produção Executiva: Monica Farias
Direção de Produção: Marta Paiva
Coordenação e Idealização: Mauricio Grecco
Realização: Horizonte Produções Artísticas
Assessoria de Imprensa: JSPontes Comunicação – João Pontes e Stella Stephany

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