Corredor Cultural da PUC-Rio terá cerca de 20 atrações gratuitas

por Redação
PUC-Rio

A PUC-Rio promove, de 4 a 8 de novembro, a primeira edição do Corredor Cultural, evento que marca oficialmente o lançamento do projeto vea do Rio, que tem o objetivo de integrar o campus a outras instituições culturais da região. A programaçãé gratuita e aberta ao público.

Será uma semana repleta de atividades, entre elas, exposições, feiras, oficinas, performances, música e mesas-redonda que contam com a participação de diversos cursos da universidade, como Arquitetura e Urbanismo, Biologia, Ciências Sociais, Design, Instituto de Relações Internacionais, Letras, Serviço Social, além do Núcleo de Estudo e Ação Mundo da Juventude (NEAM), entre outros.

“Como uma nova plataforma, o projeto não só ressignifica o próprio campus da universidade como espaço plural artístico e cultural, como também o ensino, com a participação de alunos e do corpo docente com amostras de produções e resultados alcançados”, disse Nilton Gamba, coordenador da Comissão de Cultura que organiza o evento e diretor do Departamento de Artes e Design.

Parcerias

Corredor Cultural vai apresentar uma série de projetos realizados pela PUC-Rio com instituições da cidade. Entre elas, haverá a exposiçãPrimavera, que vai exibir obras de artistas que fazem parte do Ateliê Gaia, coletivo vinculado ao Museu Bispo do Rosário, e mostra do artista Arlindo de Oliveira, que cria peças escultóricas no formato de figuras humanas e de veículos. A exposição conta com uma visita guiada pelos próprios artistas.

Outro destaque será a PARLA!, sétima edição da Bienal Internacional de Design de Personagens, uma parceria do Laboratório de Design de Histórias (DHIS) da PUC-Rio, Instituto Confucius e Hebei University, com o apoio da Embaixada da República Popular da China no Brasil que celebra os 50 anos das relações diplomáticas entre os dois países. A mostra apresenta os trabalhos contemplados no formato de cartazes que participaram de edital lançado em abril de 2024.

Iniciado há um ano, o movimento Pegadas da Gávea reúne ateliês, lojas, galerias e restaurantes do Baixo Gávea, promovendo atividades criativas e solidárias que atraíram 7 mil pessoas em sua primeira edição. Em novembro, ele celebra seu aniversário em parceria com o Corredor Cultural, com atividades no campus da PUC e na Rua dos Oitis, conectando arte, design, moda e práticas sustentáveis.

Rocinha

Vizinha da PUC-Rio, a comunidade da Rocinha estará presente no Corredor Cultural com diversas atividades. Um dos destaques é a obra do artista Maxwell Alexandre, vencedor do Prêmio PIPA em 2020 e que já expôs no The Shed de Nova York e na Bienal da Tailândia. Criado na comunidade e ex-aluno de Design da PUC-Rio, ele produziu uma obra inédita para o evento em formato de site specific (obra elaborada especificamente para um determinado local), que poderá ser conferida em uma área aberta do campus.

Haverá ainda a exposição do fotógrafo Renato Errejota, a participação da Avassaladora, bateria com componentes da Escola de Samba da Rocinha, comidas de matriz africana feitas por moradores, os Artesãos da Rocinha, o lançamento do curta-metragem Crônicas Marginaisde Marcos Braz, Daniele Castro e Michele Estevam, idealizadores da Academia de Cinema da Rocinha, e uma mostra do Museu Sankofa, coletivo que desde 2007 propõe uma reflexão sobre como ações culturais podem colaborar com a qualidade de vida dos moradores. 

Semana de Design

Dentro da programação do Corredor Cultural, acontece também a 18° Semana de Design, que terá oficinas de estampa, bottons, tatuagem, caricatura e grafite, a exposiçãPré-Bienal Amazônia, que engloba o projeto Rio G20, integrando arte, design, educação e sustentabilidade em instalações e trabalhos artísticos e a Feira Pólen, com produtos desenvolvidos pelos alunos. 

Comemorando 30 anos de existência, o Programa de Pós-graduação em Design PUC-Rio vai apresentar um painel contando a história desta iniciativa pioneira no Brasil e na América Latina.

Haverá ainda a Mostra NEXT, do Núcleo de Experimentação Tridimensional, no Solar Grandjean de Montigny, com trabalhos que resultaram de processos experimentais em modelagem tridimensional.

Coroando a efeméride, haverá a exposição interativa Antropocruzo, que propõe narrativas com obras físicas e digitais elaboradas em parceria com professores e pesquisadores do Departamento de Artes e Design da PUC-Rio, do IFRJ e da UFRJ a partir da reflexão do Manto Tupinambá no desfile da Escola de Samba Acadêmicos do Grande Rio em 2024.

Depois de fazer sua estreia na Galeria Saphira & Ventura, em Nova York, e fazer sua estreia no Brasil no Rio Innovation Week, a exposição chega ao Campus da PUC-Rio dentro do Corredor Cultural.

Outras atrações

Corredor Cultural terá ainda mostras de cinema, desfile de roupas produzidas pelos alunos da graduação, disputa de rappers, Ballet Manguinhos, Folia de Reis do Morro Dona Marta, bate-bolas, a feira gastronômica Comida é Cultura, barracas de alimentação dos refugiados, entre outras produções culturais.

Destaque para o Cineclube Atlântico Negro, que vai exibir curtas com a temática da migração de corpos na diáspora, como Chache Lavi, de Clementino Junior, e Aureo & Mirelle, de Filipe Galvon. E o lançamento do Instituto Sandro Lopes, importante nome da animação brasileira que terá seu filme O Lá e O Aqui exibido.

Abertura

A abertura do Corredor Cultural será realizada no dia 4 de novembro, à17h nos pilotis do prédio Kennedy. A abertura será aberta à comunidade e vai contar com com o reitor da Universidade, os departamentos envolvidos, os parceiros no evento e com um cortejo que percorrerá o trajeto das instalações culturais. O cortejo se encerra em uma feira de alimentação de refugiados onde celebraremos o início das atividades.

A mesa de abertura dos 30 anos do PPG Design, no dia 5 de novembro, vai contar com representantes da CAPES e FAPERJ e com a presença dos acadêmicos latino-americanos Arturo Chicano (PUC-Valparaiso, Chile), Edward Bermudez (Universidad Iberoamericana Ciudad de México) e Cecilia Losquiavo (USP).

De acordo com o professor Nilton Gamba, o Corredor Cultural constituiu uma importante plataforma que ficará como legado para futuras ações“Tendo como base a integração entre setores da universidades e regiões da cidade,  o corredor parte do ensino e pesquisa em Projeto de Exposições, como, mobiliário para espaços públicos, recursos audiovisuais com interação e consultas à distância, sustentabilidade econômica, social e ambiental em projetos de integração com dinâmicas de visitação, democratização de acesso à materiais expositivos, além de plataformas digitais e analógicas de conteúdos customizáveis que se abrem a novas reflexões éticas, estéticas e operacionais”, concluiu.

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