Crítica | Skinamarink: Canção de Ninar

por Alyson Fonseca

Filme estreia exclusivamente nos cinemas brasileiros na quinta-feira, dia 23 de março, com distribuição da A2 Filmes

Por: Gabriele Slaffer*

Mesmo chegando só agora no Brasil, se o leitor é fã do gênero terror, já deve ter visto alguma cena desse filme passando nas suas redes sociais. 

Distribuído no Brasil pela A2 Filmes, com o título de Skinamarink: Canção de Ninar. Esse é um daqueles filmes: “ame ou odeie”, com roteiro e direção de Kyle Edward Ball.

De certa forma, Skinamarink abraça inspiração em outros filmes mais famosos e não foca em nenhum. Só para citar Bruxa de Blair, Cloverfield, e muitos outros exemplos. Com estética de fita cassete de baixa qualidade, repleta de ruídos e chiados, o longa segue dois pequenos irmãos que acordam em uma noite bastante macabra. Após perceberem que estão sozinhos em casa, o local começa a mudar de formas imprevisíveis, com portas e janelas desaparecendo. Para intensificar tudo, uma presença macabra começa a se comunicar com as crianças.

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O filme se passa em 1995 com isso, tudo o que o espectador vê, ou melhor, não vê, faz parte da história que se quer contar. Logo de início fica claro que nada é o que parece: os enquadramentos são levemente tortos e descentralizados, as vozes são abafadas ou cochichadas, e o público nunca vê realmente o rosto das crianças.

Tanto a garota Kaylee, interpretada pela atriz Dali Rose Tetreault, que aparenta ser mais velha que o garoto Kevin, interpretado por Lucas Paul, são nossos guias e faróis pelos acontecimentos que perpassam na tela. Do pouco que se fica sabendo, é que existe algo que está deturpando o clima daquela casa e que as crianças, aparentemente, não foram afetadas. Por conta disso, o pouco ou nada do que elas sabem e ficam sabendo, é também o mesmo conhecimento do que ronda a casa.

A produção cria aquela sensação que toda criança já teve, de acordar desorientado no meio da noite. E para dar mais ainda a sensação de terror e medo, apela para todas as vozes e vultos da escuridão que faziam sua mente correr loucamente pelos cenários mais assustadores que conseguiria imaginar. Além disso, por não haver uma história sendo desenvolvida de forma mais habitual, o filme desafia o espectador a ir montando o seu próprio desenrolar dos fatos.

É um filme que nunca deixará de ser discutido, e esse debate só prova que o longa conseguiu seu maior objetivo: entrar na mente do público e da crítica como um pesadelo de infância que você não consegue esquecer. Para quem gostou do filme e deseja conhecer melhor o trabalho do roteirista e diretor, seu canal no YouTube, o Bitesized Nightmares, é um ótimo começo.

Assista ao trailer:

*Especial para o Sopa Cultural em São Paulo

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