Curta Terapia – A arte que cuida

Projeto social contemplado no Edital do Produtor Cultural do ISS do Rio de Janeiro sessões de curtas-metragens em hospitais cariocas

por Redação

Com a proposta de levar a sétima arte a pacientes em tratamento hospitalar, o projeto social Curta Terapia – O cinema nos hospitais promove sessão de curtas-metragens no Hospital Pediátrico Jutta Batista, em Botafogo, no próximo dia 13. Idealizado pela atriz, produtora e estudante de Psicologia Marcela Siqueira, o projeto vem levando momentos de diversão, alegria e leveza a adultos e crianças internados em instituições públicas e privadas.

“A importância do Curta Terapia para os profissionais e para os pacientes numa unidade hospitalar vai além de libertar a nossa imaginação e as nossas emoções. Ele transforma nossas perspectivas em relação ao cuidado que a gente tem com o paciente. E para o paciente humaniza o ambiente em que ele está confinado. Trazer a arte para dentro de um hospital, que tem tantas histórias desafiadoras, é muito inspirador e emocionante. Estou emocionada de participar desse evento. Agradeço demais essa iniciativa”, emocionou-se Laudicea Henriques da Silva, coordenadora do serviço de fisioterapia do Hospital Getúlio Vargas, onde foram oferecidas sessões para adultos e crianças.

Na sessão no Hospital Pediátrico Jutta Batista, o ator Cauê Campos – que, atualmente, interpreta o Basílio da novela “Garota do momento”, da TV Globo, e já foi o Capim da série “Detetives do prédio azul” – voltará a participar. Ele esteve na sessão no Hospital Getúlio Vargas – oferecida ao público infanto-juvenil.

“Achei o projeto de uma beleza surreal. A arte salva. A cultura cura. Então é uma alegria poder estar nesses espaços. Meu recado para os pacientes é para que se mantenham fortes. Gostei muito de participar desse projeto que beneficia tanto os pacientes quanto os funcionários. Afinal de contas, a arte nos conecta com coisas que estão fora de nós, nos leva para outros lugares e dá mais leveza ao ambiente hospitalar”, empolga-se Cauê.

Diretora médica do Jutta Batista, Cleyde Vanzillotta ressalta que projetos que promovam ações culturais em hospitais contribuem na recuperação do paciente, pois ajudam na promoção do seu bem-estar. “Nós sabemos o quanto é importante promover ações que humanizem o hospital e tornem o ambiente ainda mais acolhedor. Por isso ficamos muito felizes de poder receber essa edição do Curta Terapia. Temos a certeza de que as crianças vão adorar”, afirma.

A sessão contará também com mais dois convidados: o cineasta José Bial e a cantora Joyce Cândido. José Bial é um jovem cineasta carioca. Escreveu roteiros de longas-metragens como “Praça vazia”, a ser dirigido pelo avô Cacá Diegues e estrelado por Silvio Guindane; e “Marejada”, em etapa de captação, com Denise Fraga. Escreveu, produziu e dirigiu os curtas-metragens “Oma”, disponível na Globoplay, e “Pequenos traficantes brancos”, que participou da mostra competitiva do Festival do Rio. José também foi assistente de direção na série documental da Globoplay “O canto livre de Nara Leão”, dirigida por Renato Terra, assim como dirigiu o longa-metragem “8 Baixos de Alagoas”, produzido por Paulo Poeta, atualmente em pós-produção.

Já Joyce Cândido é cantora, compositora e pianista. Já gravou ao lado de grandes nomes como Elza Soares, Bibi Ferreira, João Bosco e Jorge Aragão. No momento, está em cartaz com o espetáculo “Os musicais de Chico Buarque” e com o musical infantil “Os Saltimbancos”.

Produzido pela Tom & Luz Produções, o Curta Terapia é um projeto social aprovado pelo ISS no Edital do Produtor Cultural, Lei Municipal de Incentivo à Cultura 5.553/13, Lei do ISS (RJ), WEC698/01/2023, com patrocínio da Prefeitura do Rio de Janeiro, Secretária Municipal de Cultura, Rede D’Or e CVA.

Como surgiu a ideia

Na faculdade de Psicologia, Marcela fez uma pesquisa sobre “O impacto da humanização via arte e cultura na saúde de pacientes oncológicos internados, segundo a perspectiva psicológica” e constatou o poder da arte no tratamento clínico. Isso contribuiu para o imenso novelo, que poderia até ser chamado de novela, que levou à criação do Curta Terapia.

Em 2016, Marcela viu um anúncio sobre o Festival de Cinema Celucine, criado por Marco Altberg, que anunciava um prêmio especial para curtas-metragens e foi dormir pensando que história gostaria de contar. No dia seguinte, ela acordou com o argumento do curta “Impermanência” na cabeça, escreveu o roteiro, levantou o orçamento, mas, quando percebeu que a quantia era muito alta, resolveu desistir de filmar.

“No entanto, uma visita inesperada mudou tudo. Recebi um senhor em minha porta, entregando equipamentos que eu havia comprado antes de desistir do projeto. Convidei-o para entrar e tomar um café. Durante duas horas, conversamos, e ele compartilhou histórias sobre sua família, incluindo um relato íntimo sobre a vivência do câncer entre seus filhos. Naquele momento, percebi que precisava retomar o roteiro e contar aquela história”, revela Marcela, que, motivada, reuniu amigos, empresas e uma equipe maravilhosa disposta a enfrentar o desafio.

Valeu a pena! O curta “Impermanência” foi premiado no Festival Celucine em 2016 e no Arraial Cine Fest em 2018. “Naquele período, eu estava começando como produtora e, embora tenha cometido vários erros, não deixei de acreditar no impacto social que o filme poderia ter na vida das pessoas”, conta a idealizadora.

Esse foi o pontapé inicial para o projeto Curta Terapia, que passou por um primeiro teste quando “Impermanência” foi exibido no Hospital Vitória, na Barra da Tijuca, contando com a visita de alguns artistas e profissionais do cinema. “Refletimos sobre a importância de levar esse projeto a hospitais e centros oncológicos do Rio de Janeiro, apresentando, curtas premiados, que são pouco acessados pelo público em geral, muitas vezes restritos a festivais e que merecem uma audiência maior”, explica Marcela, que acompanhou a exibição com uma hora de interação com pacientes, familiares e equipe hospitalar, proporcionando não só entretenimento e troca de experiências, como também apoio ao Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar (PNHAH), criado em 2003 pelo Ministério da Saúde. “Esse programa é fundamental para transformar a relação entre pacientes e profissionais de saúde, sempre buscando o melhor para aqueles em situação de vulnerabilidade. Acreditamos que a cultura é uma poderosa aliada nesse processo. Oito anos se passaram, e aqui estamos nós! De fato, essa história precisava ser contada para que pudéssemos criar novas possibilidades e projetos com propósito”, empolga-se a atriz e produtora.

Marcela Siqueira

Atriz desde 2006, formada pela UNESA e pela EAWM, com

diversas formações técnicas, atualmente prepara-se para um longa da Venkon Produções e prepara outros projetos para rodada de negócios. Sua experiência como atriz abrange novelas e

participações em programas como “Criança Esperança”,

“Encontro com Fátima Bernardes” e “Vem Com A Gente”. No teatro, recebeu indicações a prêmios e atuou também

como cenógrafa e produtora. Como dubladora, contribuiu

em produções como “Os Casagrande” (Nickelodeon) e “De

volta ao espaço” (Netflix). No cinema, produziu e dirigiu o premiado curta-metragem “Impermanência”; coproduziu

o longa-metragem “Sim – viver é uma aventura” (Luís Igreja) e atuou como atriz no filme “O meu, o seu, o nosso Natal” (Luan

Moreno). É fundadora e roteirista na Tom & Luz Produções e responsável pelo projeto “Curta Terapia”, que

leva o cinema aos hospitais no Rio de Janeiro.

Cursa Psicologia na UNESA e sua trajetória multifacetada proporciona a ela uma perspectiva artística e técnica em todo o processo criativo.

Sobre a Tom & Luz Produções

Fundada oficialmente em 2017, em homenagem aos filhos de Marcela Siqueira, Tom e Luiza, suas maiores inspirações, a empresa dedica-se ao desenvolvimento de projetos culturais com uma abordagem humanista e holística. Seu foco é, além de entreter, contribuir com o desenvolvimento humano do início ao fim de cada processo. Desde sua criação, a empresa tem sido reconhecida por seu impacto na área cultural, destacando-se pela qualidade e profundidade de suas produções.

Ficha Técnica

  • Diretora artística – MARCELA SIQUEIRA
  • Produtor executivo – RAFAEL D’ORAN
  • Produtor associado – CAIO LEITÃO
  • Técnico de som e imagem – HIRLAN DION
  • Assessora de imprensa: SHEILA GOMES
  • Fotografia e vídeo – ROBERTO PONTES E CAVI BORGES
  • Assessoria jurídica – PITANGA BASTOS
  • Contador – JOSÉ RICARDO NASCIMENTO DOS SANTOS
  • Psicólogo – EDUARDO PINHEIRO
  • Realização: TOM & LUZ PRODUÇÕES

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